sábado, 18 de janeiro, 2025
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Política
É importante que a população fique atenta e acompanhe os projetos das campanhas políticas nos programas eleitorais de rádio e TV, e principalmente, a trajetória de cada candidato na vida pública
8 de agosto de 2014
Carlos Pires
O voto, além de uma obrigação, é um dos maiores exercícios de cidadania do país, e é muito comum ouvir dizer que todos os políticos são iguais. Porém muitos não conhecem o poder do voto e o significado que a política tem em suas vidas. A sociedade tem a responsabilidade e uma missão importante de colocar na urna não só o voto pessoal, mas a consciência de que ele tem conseqüências diretas para suas vidas e para o futuro da sua comunidade.
Na democracia brasileira, as eleições são de fundamental importância, pois além de representar um ato de cidadania, possibilita a escolha dos representantes e governantes que redigirão e executarão leis que possivelmente interferirão no cotidiano da sociedade.
A escolha de um mau governante pode representar uma queda vertiginosa na qualidade de vida do país que já paga um alto preço por escolhas erradas. Esses maus governantes – sem generalizar – são os que gerenciam nossos impostos. Desta forma devemos valorizar o voto. Devemos votar de forma consciente e acompanhar com muita atenção as notícias e informações referentes aos candidatos com passado limpo e propostas voltadas para as melhorias de cada Estado e cidades conforme as necessidades de cada uma.
Infelizmente há em todo país políticos corruptos e incompetentes que usam a política apenas para enriquecer fazendo-a cair no descrédito popular. Porém uma boa parcela dos políticos são dedicados e procuram fazer um bom trabalho no cargo que exercem. Mas como identificar o bom político?
É importante que a população fique atenta e acompanhe os projetos das campanhas políticas nos programas eleitorais de rádio e TV, e principalmente, a trajetória de cada candidato na vida pública. É nesta época que a sociedade fica confusa com os programas, pois parecem ser todos iguais. É importante saber o que o representante está propondo e quais os projetos e idéias que ele pretende executar caso chegue ao poder e, sobretudo, se haverá recursos disponíveis para executar o que está sendo proposto.
Cada cidadão deve verificar os trabalhos anteriores de cada candidato e suas experiências com cargos públicos. Devem-se analisar possíveis processos judiciais e se houve algum envolvimento com atos ilícitos. Se a vida do político tem bons frutos, a cobrança também é um direito e um dever que o cidadão tem dentro de um verdadeiro sistema democrático.
Se votar conscientemente é difícil, é preciso saber antes que os resultados são extremamente positivos. Numa democracia a conquista do povo deve ser usada com responsabilidade. Votar em qualquer um que não tenha ideologias sérias e compromisso com a coletividade pode ter conseqüências sérias nos anos subseqüentes, e aí será tarde demais para arrependimentos.
O combate à corrupção começa antes e durante as eleições com o voto consciente. E continua depois, com a fiscalização e a cobrança de cada cidadão. Vendendo seu voto a troco de benefícios momentâneos, você estará vendendo também a saúde, a segurança e a educação de seus filhos e da comunidade que em que você vive. Por isso jamais seja um aliado da corrupção. Não seja conivente com ela. Não alimente este ‘leão’ para que depois, mais tarde, ele não te abocanhe.
Caros eleitores façam uma reflexão mais séria. Veja se por ventura alguma vez você já pediu algum tipo de favor a candidatos, tais como, combustível, remédios, passagens, materiais de construção, cesta básica, entre outras coisas? Se a resposta for sim, você automaticamente já vendeu seu voto, e isto terá conseqüências muito sérias para a sua comunidade.
Com estas atitudes você estará elegendo um mau político e contribuirá ainda mais com a expansão do câncer da corrupção ao invés de extirpá-lo. Corte o mal pela raiz antes que ele cresça. Como diz um ditado bem popular, é melhor prevenir do que remediar.
Policia
Um homem de 30 anos foi esfaqueado nas costas pela companheira, de 33 anos, na noite desta quinta-feira (17), por volta das 23h12, em frente à uma residência localizada na Rua Cinco de...
17 de janeiro de 2025
Um homem de 30 anos foi esfaqueado nas costas pela companheira, de 33 anos, na noite desta quinta-feira (17), por volta das 23h12, em frente à uma residência localizada na Rua Cinco de Maio, no bairro Santa Maria, em Coxim.
O Corpo de Bombeiros foi acionado e realizou o resgate da vítima, que apresentava uma única perfuração nas costas. Ele foi encaminhado ao Hospital Regional Álvaro Fontoura Silva, em Coxim, onde recebeu atendimento médico. Segundo informações preliminares, a vítima não soube informar o motivo da discussão que culminou no ataque.
Após o crime, a mulher fugiu do local e, até o momento, não foi localizada. A Polícia Militar esteve na cena, realizou buscas na região, mas não conseguiu encontrar a suspeita.
Economia
Reforma do tributo só deverá ser enviada ao Congresso após a votação do Orçamento deste ano
10 de janeiro de 2025
Sem a aprovação da reforma do IR (Imposto de Renda), que só deverá ser enviada ao Congresso após a votação do Orçamento de 2025, a tabela progressiva fica congelada neste ano. Quem ganha mais de R$ 2.824, pouco menos de dois salários mínimos, pagará o tributo. No fim de novembro, o governo tinha anunciado a intenção de elevar a faixa de isenção para R$ 5 mil, na segunda fase da reforma tributária, que trata do IR. Em troca, o governo pretendia introduzir uma alíquota em torno de 10% sobre os rendimentos mensais acima de R$ 50 mil, que compensaria o impacto fiscal do aumento do limite de isenção.
Originalmente anunciada para tramitar junto do pacote de corte de gastos aprovado no fim de dezembro, a proposta ficou para este ano. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, “inconsistências” nos modelos estatísticos da Receita levaram o Fisco a rever os cálculos. Caso o Congresso aprove o Orçamento em fevereiro, a proposta pode ser enviada no mesmo mês ou no início de março.
Veja como ficam as alíquotas
Até R$ 2.259,20 - 0%
De R$ 2.259,21 até R$ 2.826,65 - 7,5%
De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05 - 15%
De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 - 22,5%
Acima de R$ 4.664,68 - 27,5%
Correspondente ao piso da tabela progressiva, a faixa de isenção foi elevada pela última vez em fevereiro de 2024, de R$ 2.640 para R$ 2.824. As demais faixas de tributação permanecem sem mudanças desde 2015. O projeto de lei do Orçamento de 2025, enviado ao Congresso em agosto, não prevê mudanças na tabela do Imposto de Renda.
Oficialmente, o limite máximo da alíquota zero está fixado em R$ 2.259,20. No entanto, para garantir a isenção para quem recebe até R$ 2.824, equivalente a dois salários mínimos, haverá um desconto simplificado de R$ 564,80 da renda sobre a qual deveria incidir o imposto. Esse desconto corresponde à diferença entre os dois valores: limite de isenção e dois salários mínimos.
A Receita Federal esclarece que esse desconto simplificado é opcional. Nada mudará para quem tem direito a deduções maiores pela legislação atual, como dependentes, pensão alimentícia, gastos com educação e saúde.
Propostas
A gestão federal trabalha com duas propostas: isenção do IR para quem ganha até R$ 5.000 e um imposto de 10% para aqueles que recebem mais de R$ 50 mil por mês. A ideia inicial é apresentar os temas em conjunto, de maneira que um compense o outro na questão arrecadatória. Há, inclusive, um acordo entre os Poderes Legislativo e Executivo para os projetos serem apreciados na condição de neutralidade, ou seja, sem perda ou ganho de arrecadação.
No final do ano passado, o governo apresentou a medida de isenção do IR dentro do pacote fiscal, cujo impacto é de R$ 327 bilhões em cinco anos. A proposta não foi bem recebida pelo mercado, e o dólar ficou acima dos R$ 6 em dias consecutivos. Parte das medidas foi aprovada pelos parlamentares nos últimos dias de 2024, e a previsão é de continuidade neste primeiro semestre.
Neste momento, a Receita Federal trabalha com o novo modelo idealizado pelo governo, mas percebeu inconsistências. De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a inconsistência se dá em um dispositivo que faz a calibragem do IR de pessoa jurídica. O tema foi alvo de uma reunião ainda na segunda-feira (6).
“Eu vou saber hoje, a bem da verdade. Porque a Receita não rodou o novo modelo ainda. Estávamos terminando o ano com muitas coisas, mas isso deve ficar pronto nos próximos dias”, disse Haddad. A Receita vai solucionar os ajustes nos cálculos e terminar o novo modelo em breve. A questão chave é corrigir as distorções ao mesmo tempo em que é mantida a arrecadação da soma do Imposto de Renda para Pessoa Jurídica e do Imposto de Renda da Pessoa Física.
No final do ano passado, o ministro havia comentado sobre a inconsistência no modelo estatístico do IR para pessoa jurídica. “Está sendo cuidado tanto da questão da neutralidade quanto da justiça tributária. Uma coisa pode ser neutra e injusta. Então, está rodando o modelo para identificar como calibrar em busca da justiça tributária, e não só da neutralidade tributária”, afirmou o ministro em 20 de dezembro de 2024 durante café da manhã com jornalistas, em Brasília.
Impacto nas contas
Para especialistas ouvidos pelo R7, no entanto, apesar de a medida favorecer a população, pode trazer impactos negativos para o equilíbrio das contas do governo. Menos de 1% da população do país recebe acima de R$ 50 mil, e hoje essa parcela da população paga uma alíquota de imposto de renda de 27,5%.
“O impacto fiscal estimado em R$ 45 bilhões por ano exige soluções robustas para compensação de receitas. O ministro fala em tributar quem ganha mais de R$ 50 mil, mas é fundamental fechar brechas como a pejotização e a falta de tributação sobre lucros e dividendos, que hoje permitem que muitas rendas altas escapem do alcance do imposto”, afirma o presidente da Unafisco, Mauro Silva.
O economista Hugo Garbe comenta que ampliar a faixa de isenção tem desvantagens e vantagens. Entre os fatores positivos, ele cita a justiça fiscal e o aumento da renda da população. Por outro lado, o especialista comenta que a medida também traz impacto fiscal negativo e risco inflacionário, além de possuir uma sustentabilidade limitada.
“Sem compensações, a medida compromete a sustentabilidade das contas públicas, podendo gerar desconfiança no mercado”, explica. Segundo ele, taxar mais quem recebe R$ 50 mil não resolve o problema. “É uma medida populista em termos econômicos para dizer: estou cobrando mais dos ricos e tirando imposto dos mais pobres”, destaca.