segunda, 13 de janeiro, 2025
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Prefeitos de sete municípios da região Norte do Estado visitaram o Câmpus Coxim do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS). A visita aconteceu na última sexta-feira, 29, e foi coordenada pelo diretor-geral do câmpus, Ubirajara Garcia, e acompanhada pela reitora, Maria Neusa de Lima Pereira.
Os prefeitos de Alcinópolis, Camapuã, Coxim, Figueirão, Rio Negro, Rio Verde e São Gabriel do Oeste conheceram o trabalho desenvolvido pelo Câmpus Coxim. Uma representante do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/MS) também participou da visita.
O grupo visitou salas de aula, laboratórios, biblioteca, e recebeu explicações sobre os cursos e programas ofertados pela instituição.
“A visita foi muito importante para que todos os prefeitos possam conhecer a estrutura física e os profissionais do IFMS, e o que a instituição pode representar para o desenvolvimento da região”, afirmou o prefeito de Coxim, Aluízio São José.
A reitora destacou que o IFMS tem a função de contribuir para o desenvolvimento regional. ”O Instituto Federal, por meio dos câmpus, atua em áreas de abrangência, ou seja, cada câmpus é responsável por atender também aos municípios do entorno. A função social do Instituto é ajudar no desenvolvimento das diferentes regiões”, reforçou.
“A presença dos prefeitos no câmpus é o plantio de várias sementes, cujo resultado será a vinda de comunidades da região Norte ao IFMS e a transformação da vida dessas pessoas por meio da educação profissional”, afirmou o diretor-geral do câmpus.
Parcerias – A visita serviu para a busca de parcerias com os municípios da região. ”Eu ainda não conhecia o IFMS. Irei convidar minha equipe de gestão para visitar o câmpus e tentar firmar parcerias com a instituição”, afirmou o prefeito de Rio Verde, Mário Alberto Kruger.
Na ocasião, os prefeitos realizaram uma reunião de trabalho do Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia Hidrográfica do Taquari (Cointa).
Economia
Reforma do tributo só deverá ser enviada ao Congresso após a votação do Orçamento deste ano
10 de janeiro de 2025
Sem a aprovação da reforma do IR (Imposto de Renda), que só deverá ser enviada ao Congresso após a votação do Orçamento de 2025, a tabela progressiva fica congelada neste ano. Quem ganha mais de R$ 2.824, pouco menos de dois salários mínimos, pagará o tributo. No fim de novembro, o governo tinha anunciado a intenção de elevar a faixa de isenção para R$ 5 mil, na segunda fase da reforma tributária, que trata do IR. Em troca, o governo pretendia introduzir uma alíquota em torno de 10% sobre os rendimentos mensais acima de R$ 50 mil, que compensaria o impacto fiscal do aumento do limite de isenção.
Originalmente anunciada para tramitar junto do pacote de corte de gastos aprovado no fim de dezembro, a proposta ficou para este ano. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, “inconsistências” nos modelos estatísticos da Receita levaram o Fisco a rever os cálculos. Caso o Congresso aprove o Orçamento em fevereiro, a proposta pode ser enviada no mesmo mês ou no início de março.
Veja como ficam as alíquotas
Até R$ 2.259,20 - 0%
De R$ 2.259,21 até R$ 2.826,65 - 7,5%
De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05 - 15%
De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 - 22,5%
Acima de R$ 4.664,68 - 27,5%
Correspondente ao piso da tabela progressiva, a faixa de isenção foi elevada pela última vez em fevereiro de 2024, de R$ 2.640 para R$ 2.824. As demais faixas de tributação permanecem sem mudanças desde 2015. O projeto de lei do Orçamento de 2025, enviado ao Congresso em agosto, não prevê mudanças na tabela do Imposto de Renda.
Oficialmente, o limite máximo da alíquota zero está fixado em R$ 2.259,20. No entanto, para garantir a isenção para quem recebe até R$ 2.824, equivalente a dois salários mínimos, haverá um desconto simplificado de R$ 564,80 da renda sobre a qual deveria incidir o imposto. Esse desconto corresponde à diferença entre os dois valores: limite de isenção e dois salários mínimos.
A Receita Federal esclarece que esse desconto simplificado é opcional. Nada mudará para quem tem direito a deduções maiores pela legislação atual, como dependentes, pensão alimentícia, gastos com educação e saúde.
Propostas
A gestão federal trabalha com duas propostas: isenção do IR para quem ganha até R$ 5.000 e um imposto de 10% para aqueles que recebem mais de R$ 50 mil por mês. A ideia inicial é apresentar os temas em conjunto, de maneira que um compense o outro na questão arrecadatória. Há, inclusive, um acordo entre os Poderes Legislativo e Executivo para os projetos serem apreciados na condição de neutralidade, ou seja, sem perda ou ganho de arrecadação.
No final do ano passado, o governo apresentou a medida de isenção do IR dentro do pacote fiscal, cujo impacto é de R$ 327 bilhões em cinco anos. A proposta não foi bem recebida pelo mercado, e o dólar ficou acima dos R$ 6 em dias consecutivos. Parte das medidas foi aprovada pelos parlamentares nos últimos dias de 2024, e a previsão é de continuidade neste primeiro semestre.
Neste momento, a Receita Federal trabalha com o novo modelo idealizado pelo governo, mas percebeu inconsistências. De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a inconsistência se dá em um dispositivo que faz a calibragem do IR de pessoa jurídica. O tema foi alvo de uma reunião ainda na segunda-feira (6).
“Eu vou saber hoje, a bem da verdade. Porque a Receita não rodou o novo modelo ainda. Estávamos terminando o ano com muitas coisas, mas isso deve ficar pronto nos próximos dias”, disse Haddad. A Receita vai solucionar os ajustes nos cálculos e terminar o novo modelo em breve. A questão chave é corrigir as distorções ao mesmo tempo em que é mantida a arrecadação da soma do Imposto de Renda para Pessoa Jurídica e do Imposto de Renda da Pessoa Física.
No final do ano passado, o ministro havia comentado sobre a inconsistência no modelo estatístico do IR para pessoa jurídica. “Está sendo cuidado tanto da questão da neutralidade quanto da justiça tributária. Uma coisa pode ser neutra e injusta. Então, está rodando o modelo para identificar como calibrar em busca da justiça tributária, e não só da neutralidade tributária”, afirmou o ministro em 20 de dezembro de 2024 durante café da manhã com jornalistas, em Brasília.
Impacto nas contas
Para especialistas ouvidos pelo R7, no entanto, apesar de a medida favorecer a população, pode trazer impactos negativos para o equilíbrio das contas do governo. Menos de 1% da população do país recebe acima de R$ 50 mil, e hoje essa parcela da população paga uma alíquota de imposto de renda de 27,5%.
“O impacto fiscal estimado em R$ 45 bilhões por ano exige soluções robustas para compensação de receitas. O ministro fala em tributar quem ganha mais de R$ 50 mil, mas é fundamental fechar brechas como a pejotização e a falta de tributação sobre lucros e dividendos, que hoje permitem que muitas rendas altas escapem do alcance do imposto”, afirma o presidente da Unafisco, Mauro Silva.
O economista Hugo Garbe comenta que ampliar a faixa de isenção tem desvantagens e vantagens. Entre os fatores positivos, ele cita a justiça fiscal e o aumento da renda da população. Por outro lado, o especialista comenta que a medida também traz impacto fiscal negativo e risco inflacionário, além de possuir uma sustentabilidade limitada.
“Sem compensações, a medida compromete a sustentabilidade das contas públicas, podendo gerar desconfiança no mercado”, explica. Segundo ele, taxar mais quem recebe R$ 50 mil não resolve o problema. “É uma medida populista em termos econômicos para dizer: estou cobrando mais dos ricos e tirando imposto dos mais pobres”, destaca.
Politica
Segundo o presidente, Luiz Eduardo dos Santos (PP), a regulamentação das gratificações era uma das prioridades
8 de janeiro de 2025
Menos de uma semana após ser empossada, a Câmara de Coxim conseguiu regulamentar as gratificações de funcionários que eram pagas de forma irregular até o mês passado. Segundo o presidente, Luiz Eduardo dos Santos (PP), a regulamentação das gratificações era uma das prioridades, uma vez que os servidores perderam esse benefício por força de decisão do TCE/MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul).
“É difícil ter o salário reduzido do dia para noite, sem conseguir se organizar financeiramente, mesmo que de forma mínima. Por isso, do dia 2 de janeiro, começamos a trabalhar para regularizar a situação. Somos gratos aos colegas, vereadores, por entenderem a necessidade de aprovar o projeto com esse fim”, ponderou o presidente da Casa de Leis.
Vale lembrar que, em dezembro, a Corte determinou a suspensão imediata do pagamento de gratificações concedidas a servidores comissionados da Câmara Municipal de Coxim. Os auditores identificaram ilegalidades no pagamento das gratificações, que foram fixadas por ato infralegal do presidente da Câmara, nas legislaturas passadas.
Para o TCE/MS, as gratificações estavam fundamentadas em dispositivos legais considerados inconstitucionais por não especificarem critérios objetivos ou justificativas claras para os pagamentos.
De acordo com o relatório técnico, a ausência de parâmetros permitiu que os percentuais fossem estabelecidos de forma discricionária pelos presidentes da Câmara de Coxim, desde 2019, violando os princípios constitucionais da moralidade e impessoalidade.