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Imprensa estrangeira repercute resultado do 1º turno no Brasil

A disputa no segundo turno entre Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) foi notícia nas versões on-line de veículos como o espanhol “El País”, o americano “New York Times”

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6 de outubro de 2014

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G1

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Os jornais do exterior deram destaque ao resultado da primeira rodada das eleições presidenciais no Brasil. A disputa no segundo turno entre Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) foi notícia nas versões on-line de veículos como o espanhol “El País”, o americano “New York Times” e o britânico “The Guardian”.

Com 100% das urnas apuradas neste domingo (5), Dilma tem 41,59% dos votos no primeiro turno, seguida por Aécio com 33,55% e Marina Silva (PSB), que ficou em terceiro e saiu da disputa, com 21,32% dos votos.

O “El País” chamou a ex-ministra de “a grande derrotada deste primeiro turno”. “Marina Silva [...], que flertava com o triunfo há umas semanas, segundo as pesquisas, acabou despencando em uma queda inusitada.” Ao mesmo tempo, o jornal espanhol qualificou a retomada de Aécio de “inesperada e chocante”, lembrando que o tucano tinha 14% das intenções de voto nas pesquisas no início de setembro.

“A autêntica montanha-russa das pesquisas que sobem e baixam, simplesmente, são um reflexo de uma campanha imprevisível e hipnótica, marcada por um acidente aéreo que revolucionou tudo. No primeiro turno, os brasileiros decidiram, sobretudo, quem é o primeiro perdedor”, analisou o jornal, lembrando o acidente com Eduardo Campos (PSB), que levou Marina a se tornar candidata pela legenda.

O “New York Times” afirmou que a subida de Aécio representa “o desencanto entre muitos eleitores com esquerdistas do Partido dos Trabalhadores”, que pretende “permanecer no poder em meio a críticas sobre a economia lenta e um tremendo escândalo na indústria de petróleo do país”.

O jornal americano afirma que a ênfase de Dilma em proteger “os ganhos no padrão de vida” dos brasileiros ajudou a fortalecer a campanha da petista nos últimos meses. “Muitos eleitores expressaram preocupação de que os rivais poderiam desmontar a rede de programas de combate à pobreza que começou pelo Partido dos Trabalhadores, e essa preocupação eclipsou o ressentimento sobre a corrupção”, analisa NYT.

O periódico destacou que a eleição brasileira foi “acompanhada de perto por toda a América Latina” pelo apoio dado por Dilma a aliados de esquerda na Venezuela e em Cuba, e também pelo mercado financeiro, pois “grandes investidores manifestaram ansiedade sobre algumas políticas de Dilma, que expandiram a influência de grandes empresas estatais na economia”.

Sob o título “Eleições no Brasil: Dilma Rousseff vence o primeiro round”, o inglês “The Guardian” afirmou que a petista “montou o sucesso de seu programa de redistribuição de renda para sair por cima no primeiro turno” das eleições neste domingo. O jornal também destaca a recuperação de Aécio na reta final da disputa e o sobre-e-desce das pesquisas eleitorais durante a campanha presidencial.

“A batalha esquerda-direita entre os dois maiores partidos do país é uma decepção para aqueles que esperavam pela mudança na forma da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, que liderou as pesquisas em um cenário, mas desapareceu em um distante terceiro lugar”, avalia o “Guardian”, lembrando que Marina ficou na mesma colocação quando concorreu à Presidência em 2010.

Policia

Mulher esfaqueia companheiro nas costas e foge do local em Coxim

Um homem de 30 anos foi esfaqueado nas costas pela companheira, de 33 anos, na noite desta quinta-feira (17), por volta das 23h12, em frente à uma residência localizada na Rua Cinco de...

Mulher esfaqueia companheiro nas costas e foge do local em Coxim

17 de janeiro de 2025

Mulher esfaqueia companheiro nas costas e foge do local em Coxim

 

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Um homem de 30 anos foi esfaqueado nas costas pela companheira, de 33 anos, na noite desta quinta-feira (17), por volta das 23h12, em frente à uma residência localizada na Rua Cinco de Maio, no bairro Santa Maria, em Coxim.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e realizou o resgate da vítima, que apresentava uma única perfuração nas costas. Ele foi encaminhado ao Hospital Regional Álvaro Fontoura Silva, em Coxim, onde recebeu atendimento médico. Segundo informações preliminares, a vítima não soube informar o motivo da discussão que culminou no ataque.

Após o crime, a mulher fugiu do local e, até o momento, não foi localizada. A Polícia Militar esteve na cena, realizou buscas na região, mas não conseguiu encontrar a suspeita.

Economia

Tabela do IR é congelada em 2025 e quem ganha acima de R$ 2.824 pagará imposto

Reforma do tributo só deverá ser enviada ao Congresso após a votação do Orçamento deste ano

Tabela do IR é congelada em 2025 e quem ganha acima de R$ 2.824 pagará imposto

10 de janeiro de 2025

Tabela do IR é congelada em 2025 e quem ganha acima de R$ 2.824 pagará imposto

 

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Sem a aprovação da reforma do IR (Imposto de Renda), que só deverá ser enviada ao Congresso após a votação do Orçamento de 2025, a tabela progressiva fica congelada neste ano. Quem ganha mais de R$ 2.824, pouco menos de dois salários mínimos, pagará o tributo. No fim de novembro, o governo tinha anunciado a intenção de elevar a faixa de isenção para R$ 5 mil, na segunda fase da reforma tributária, que trata do IR. Em troca, o governo pretendia introduzir uma alíquota em torno de 10% sobre os rendimentos mensais acima de R$ 50 mil, que compensaria o impacto fiscal do aumento do limite de isenção.

Originalmente anunciada para tramitar junto do pacote de corte de gastos aprovado no fim de dezembro, a proposta ficou para este ano. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, “inconsistências” nos modelos estatísticos da Receita levaram o Fisco a rever os cálculos. Caso o Congresso aprove o Orçamento em fevereiro, a proposta pode ser enviada no mesmo mês ou no início de março.

Veja como ficam as alíquotas
Até R$ 2.259,20 - 0%
De R$ 2.259,21 até R$ 2.826,65 - 7,5%
De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05 - 15%
De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 - 22,5%
Acima de R$ 4.664,68 - 27,5%

Correspondente ao piso da tabela progressiva, a faixa de isenção foi elevada pela última vez em fevereiro de 2024, de R$ 2.640 para R$ 2.824. As demais faixas de tributação permanecem sem mudanças desde 2015. O projeto de lei do Orçamento de 2025, enviado ao Congresso em agosto, não prevê mudanças na tabela do Imposto de Renda.

Oficialmente, o limite máximo da alíquota zero está fixado em R$ 2.259,20. No entanto, para garantir a isenção para quem recebe até R$ 2.824, equivalente a dois salários mínimos, haverá um desconto simplificado de R$ 564,80 da renda sobre a qual deveria incidir o imposto. Esse desconto corresponde à diferença entre os dois valores: limite de isenção e dois salários mínimos.

A Receita Federal esclarece que esse desconto simplificado é opcional. Nada mudará para quem tem direito a deduções maiores pela legislação atual, como dependentes, pensão alimentícia, gastos com educação e saúde.
Propostas

A gestão federal trabalha com duas propostas: isenção do IR para quem ganha até R$ 5.000 e um imposto de 10% para aqueles que recebem mais de R$ 50 mil por mês. A ideia inicial é apresentar os temas em conjunto, de maneira que um compense o outro na questão arrecadatória. Há, inclusive, um acordo entre os Poderes Legislativo e Executivo para os projetos serem apreciados na condição de neutralidade, ou seja, sem perda ou ganho de arrecadação.

No final do ano passado, o governo apresentou a medida de isenção do IR dentro do pacote fiscal, cujo impacto é de R$ 327 bilhões em cinco anos. A proposta não foi bem recebida pelo mercado, e o dólar ficou acima dos R$ 6 em dias consecutivos. Parte das medidas foi aprovada pelos parlamentares nos últimos dias de 2024, e a previsão é de continuidade neste primeiro semestre.
Neste momento, a Receita Federal trabalha com o novo modelo idealizado pelo governo, mas percebeu inconsistências. De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a inconsistência se dá em um dispositivo que faz a calibragem do IR de pessoa jurídica. O tema foi alvo de uma reunião ainda na segunda-feira (6).

“Eu vou saber hoje, a bem da verdade. Porque a Receita não rodou o novo modelo ainda. Estávamos terminando o ano com muitas coisas, mas isso deve ficar pronto nos próximos dias”, disse Haddad. A Receita vai solucionar os ajustes nos cálculos e terminar o novo modelo em breve. A questão chave é corrigir as distorções ao mesmo tempo em que é mantida a arrecadação da soma do Imposto de Renda para Pessoa Jurídica e do Imposto de Renda da Pessoa Física.

No final do ano passado, o ministro havia comentado sobre a inconsistência no modelo estatístico do IR para pessoa jurídica. “Está sendo cuidado tanto da questão da neutralidade quanto da justiça tributária. Uma coisa pode ser neutra e injusta. Então, está rodando o modelo para identificar como calibrar em busca da justiça tributária, e não só da neutralidade tributária”, afirmou o ministro em 20 de dezembro de 2024 durante café da manhã com jornalistas, em Brasília.
Impacto nas contas

Para especialistas ouvidos pelo R7, no entanto, apesar de a medida favorecer a população, pode trazer impactos negativos para o equilíbrio das contas do governo. Menos de 1% da população do país recebe acima de R$ 50 mil, e hoje essa parcela da população paga uma alíquota de imposto de renda de 27,5%.
“O impacto fiscal estimado em R$ 45 bilhões por ano exige soluções robustas para compensação de receitas. O ministro fala em tributar quem ganha mais de R$ 50 mil, mas é fundamental fechar brechas como a pejotização e a falta de tributação sobre lucros e dividendos, que hoje permitem que muitas rendas altas escapem do alcance do imposto”, afirma o presidente da Unafisco, Mauro Silva.

O economista Hugo Garbe comenta que ampliar a faixa de isenção tem desvantagens e vantagens. Entre os fatores positivos, ele cita a justiça fiscal e o aumento da renda da população. Por outro lado, o especialista comenta que a medida também traz impacto fiscal negativo e risco inflacionário, além de possuir uma sustentabilidade limitada.
“Sem compensações, a medida compromete a sustentabilidade das contas públicas, podendo gerar desconfiança no mercado”, explica. Segundo ele, taxar mais quem recebe R$ 50 mil não resolve o problema. “É uma medida populista em termos econômicos para dizer: estou cobrando mais dos ricos e tirando imposto dos mais pobres”, destaca.