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Política

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Começa a todo vapor o feirão da política

Essa feira é invisível aos olhos dos eleitores e dos agentes de fiscalização eleitoral

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24 de setembro de 2014

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No Brasil, sobram partidos e a grande maioria dos 32 existentes não tem nenhum compromisso com um conjunto de idéias ou diretrizes. Na verdade eles só têm donos e só existem de fato nos cartórios eleitorais. Desta forma, quase todos nanicos alugam tempo de TV e faturam algum dinheiro com o Fundo Partidário. A pequena feira começa quando os grandes partidos alugando os pequenos. Para completar a lógica, os maiores é que pagam todas as despesas de campanha dos pequenos.
Porém, essa feira é invisível aos olhos dos eleitores e dos agentes de fiscalização eleitoral. A população não vê a presença desses “feirantes” e enxerga apenas as pequenas celebridades que aparecem na TV e nelas, se espelham. Esta é a pequena feira, pois seus “produtos” já foram negociados e estão à “venda”.
Começa assim o grande “feirão”. Ou seja, a contratação de cabos eleitorais que decide os rumos das campanhas proporcionais tanto de deputados federais como estaduais e raras vezes dos majoritários, como senadores, governadores e presidente. É uma feira de alta complexidade e organização. Nela apenas uma mercadoria tem preço: o voto.
O início do grande “feirão” começa mesmo nos bancos. A difícil tarefa de ludibriar o saque de altas quantias conta com o apoio de gerentes ou uma rede de assessores de campanha, onde cada um fica encarregado de sacar menos de R$ 5 mil. De posse de grandes caixas - contendo notas de R$ 50 ou R$ 100, para facilitar o trabalho dos contratadores - os responsáveis por cada região, cidades ou bairros são reunidos. A distribuição do dinheiro tem caráter meramente científico e é feita a partir dos dados populacionais do IBGE, do TRE e das pesquisas eleitorais. Assim, a dispersão dos recursos pulverizados é menos vulnerável à fiscalização e pode resultar em maior produtividade para os grandes partidos.
Durante o período eleitoral, os contratadores organizam uma vasta rede de líderes de bairros, sindicais e associativos. Neste grande “feirão”, já estão montadas todas as “barracas”, que são os locais onde são contratados os cabos eleitorais. Os organizadores das “barracas” recebem de acordo com dois quesitos: confiabilidade e quantidade. 
Definitivamente não existem documentos nem qualquer tipo de papel, apenas confiança. São pessoas experientes e conhecidas por todos os políticos, e em seus locais de atuação. O segredo da transação é compartilhado por verdadeiras multidões que se dirigem às “barracas” empunhando seus títulos eleitorais, e são cadastrados para uma conferência a ser feita com os dados divulgados pelos TRE’s visando aferir a produtividade de cada “barraca”. Esta, por sua vez, ganhará ainda mais credibilidade se obtiver pelo menos 50% de resultados sob pena de ter sua imagem deteriorada para a próxima eleição caso o resultado seja inferior a 30%.
A contratação geralmente é feita usando o critério do pagamento de 50% do que for negociado na reunião que ocorre nas “barracas” e a outra metade após o resultado final da eleição. O valor médio da contratação é orçado em R$ 100, dada as dificuldades financeiras encontradas em todos os comitês eleitorais no atual cenário político. 
Cumpre-nos ressaltar que as campanhas eleitorais no Mato Grosso do Sul estão mais legalistas do que nunca, devido à ação dos juízes eleitorais, que cassaram uma grande quantidade de prefeitos eleitos no pleito passado. Devido a este fator, estabeleceu-se um clima de respeito quase perfeito às regras contábeis dos partidos. Resumindo, as finanças estão sendo contabilizadas no Estado com elevado percentual e os famosos “caixas dois” já estão enfraquecidos.
A idéia que temos é que o eleitor pegue o dinheiro que lhe é oferecido e vote contra ao candidato. Desta maneira estaremos contribuindo no combate à corrupção eleitoral.

Policia

Mulher esfaqueia companheiro nas costas e foge do local em Coxim

Um homem de 30 anos foi esfaqueado nas costas pela companheira, de 33 anos, na noite desta quinta-feira (17), por volta das 23h12, em frente à uma residência localizada na Rua Cinco de...

Mulher esfaqueia companheiro nas costas e foge do local em Coxim

17 de janeiro de 2025

Mulher esfaqueia companheiro nas costas e foge do local em Coxim

 

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Um homem de 30 anos foi esfaqueado nas costas pela companheira, de 33 anos, na noite desta quinta-feira (17), por volta das 23h12, em frente à uma residência localizada na Rua Cinco de Maio, no bairro Santa Maria, em Coxim.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e realizou o resgate da vítima, que apresentava uma única perfuração nas costas. Ele foi encaminhado ao Hospital Regional Álvaro Fontoura Silva, em Coxim, onde recebeu atendimento médico. Segundo informações preliminares, a vítima não soube informar o motivo da discussão que culminou no ataque.

Após o crime, a mulher fugiu do local e, até o momento, não foi localizada. A Polícia Militar esteve na cena, realizou buscas na região, mas não conseguiu encontrar a suspeita.

Economia

Tabela do IR é congelada em 2025 e quem ganha acima de R$ 2.824 pagará imposto

Reforma do tributo só deverá ser enviada ao Congresso após a votação do Orçamento deste ano

Tabela do IR é congelada em 2025 e quem ganha acima de R$ 2.824 pagará imposto

10 de janeiro de 2025

Tabela do IR é congelada em 2025 e quem ganha acima de R$ 2.824 pagará imposto

 

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Sem a aprovação da reforma do IR (Imposto de Renda), que só deverá ser enviada ao Congresso após a votação do Orçamento de 2025, a tabela progressiva fica congelada neste ano. Quem ganha mais de R$ 2.824, pouco menos de dois salários mínimos, pagará o tributo. No fim de novembro, o governo tinha anunciado a intenção de elevar a faixa de isenção para R$ 5 mil, na segunda fase da reforma tributária, que trata do IR. Em troca, o governo pretendia introduzir uma alíquota em torno de 10% sobre os rendimentos mensais acima de R$ 50 mil, que compensaria o impacto fiscal do aumento do limite de isenção.

Originalmente anunciada para tramitar junto do pacote de corte de gastos aprovado no fim de dezembro, a proposta ficou para este ano. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, “inconsistências” nos modelos estatísticos da Receita levaram o Fisco a rever os cálculos. Caso o Congresso aprove o Orçamento em fevereiro, a proposta pode ser enviada no mesmo mês ou no início de março.

Veja como ficam as alíquotas
Até R$ 2.259,20 - 0%
De R$ 2.259,21 até R$ 2.826,65 - 7,5%
De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05 - 15%
De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 - 22,5%
Acima de R$ 4.664,68 - 27,5%

Correspondente ao piso da tabela progressiva, a faixa de isenção foi elevada pela última vez em fevereiro de 2024, de R$ 2.640 para R$ 2.824. As demais faixas de tributação permanecem sem mudanças desde 2015. O projeto de lei do Orçamento de 2025, enviado ao Congresso em agosto, não prevê mudanças na tabela do Imposto de Renda.

Oficialmente, o limite máximo da alíquota zero está fixado em R$ 2.259,20. No entanto, para garantir a isenção para quem recebe até R$ 2.824, equivalente a dois salários mínimos, haverá um desconto simplificado de R$ 564,80 da renda sobre a qual deveria incidir o imposto. Esse desconto corresponde à diferença entre os dois valores: limite de isenção e dois salários mínimos.

A Receita Federal esclarece que esse desconto simplificado é opcional. Nada mudará para quem tem direito a deduções maiores pela legislação atual, como dependentes, pensão alimentícia, gastos com educação e saúde.
Propostas

A gestão federal trabalha com duas propostas: isenção do IR para quem ganha até R$ 5.000 e um imposto de 10% para aqueles que recebem mais de R$ 50 mil por mês. A ideia inicial é apresentar os temas em conjunto, de maneira que um compense o outro na questão arrecadatória. Há, inclusive, um acordo entre os Poderes Legislativo e Executivo para os projetos serem apreciados na condição de neutralidade, ou seja, sem perda ou ganho de arrecadação.

No final do ano passado, o governo apresentou a medida de isenção do IR dentro do pacote fiscal, cujo impacto é de R$ 327 bilhões em cinco anos. A proposta não foi bem recebida pelo mercado, e o dólar ficou acima dos R$ 6 em dias consecutivos. Parte das medidas foi aprovada pelos parlamentares nos últimos dias de 2024, e a previsão é de continuidade neste primeiro semestre.
Neste momento, a Receita Federal trabalha com o novo modelo idealizado pelo governo, mas percebeu inconsistências. De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a inconsistência se dá em um dispositivo que faz a calibragem do IR de pessoa jurídica. O tema foi alvo de uma reunião ainda na segunda-feira (6).

“Eu vou saber hoje, a bem da verdade. Porque a Receita não rodou o novo modelo ainda. Estávamos terminando o ano com muitas coisas, mas isso deve ficar pronto nos próximos dias”, disse Haddad. A Receita vai solucionar os ajustes nos cálculos e terminar o novo modelo em breve. A questão chave é corrigir as distorções ao mesmo tempo em que é mantida a arrecadação da soma do Imposto de Renda para Pessoa Jurídica e do Imposto de Renda da Pessoa Física.

No final do ano passado, o ministro havia comentado sobre a inconsistência no modelo estatístico do IR para pessoa jurídica. “Está sendo cuidado tanto da questão da neutralidade quanto da justiça tributária. Uma coisa pode ser neutra e injusta. Então, está rodando o modelo para identificar como calibrar em busca da justiça tributária, e não só da neutralidade tributária”, afirmou o ministro em 20 de dezembro de 2024 durante café da manhã com jornalistas, em Brasília.
Impacto nas contas

Para especialistas ouvidos pelo R7, no entanto, apesar de a medida favorecer a população, pode trazer impactos negativos para o equilíbrio das contas do governo. Menos de 1% da população do país recebe acima de R$ 50 mil, e hoje essa parcela da população paga uma alíquota de imposto de renda de 27,5%.
“O impacto fiscal estimado em R$ 45 bilhões por ano exige soluções robustas para compensação de receitas. O ministro fala em tributar quem ganha mais de R$ 50 mil, mas é fundamental fechar brechas como a pejotização e a falta de tributação sobre lucros e dividendos, que hoje permitem que muitas rendas altas escapem do alcance do imposto”, afirma o presidente da Unafisco, Mauro Silva.

O economista Hugo Garbe comenta que ampliar a faixa de isenção tem desvantagens e vantagens. Entre os fatores positivos, ele cita a justiça fiscal e o aumento da renda da população. Por outro lado, o especialista comenta que a medida também traz impacto fiscal negativo e risco inflacionário, além de possuir uma sustentabilidade limitada.
“Sem compensações, a medida compromete a sustentabilidade das contas públicas, podendo gerar desconfiança no mercado”, explica. Segundo ele, taxar mais quem recebe R$ 50 mil não resolve o problema. “É uma medida populista em termos econômicos para dizer: estou cobrando mais dos ricos e tirando imposto dos mais pobres”, destaca.