domingo, 05 de janeiro, 2025
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Secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, ao lado de caminhão que exportou carne para China / Arquivo pessoal
O governo chinês iniciou uma investigação sobre as importações de carne bovina brasileira, o que pode resultar em tarifas mais altas para o produto. A medida, anunciada na última sexta-feira (28), foi tomada com o objetivo de avaliar possíveis salvaguardas, diante do aumento das importações e das alegações de produtores locais da China, que afirmam que a crescente presença de carne estrangeira em seu mercado está prejudicando a indústria nacional.
Esse movimento traz desafios significativos, mas também abre oportunidades estratégicas para Mato Grosso do Sul, que depende amplamente desse mercado para suas exportações. Pelo menos é o que avalia o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck.
"A dependência de um único mercado pode expor o estado a riscos econômicos. Por isso, é fundamental que Mato Grosso do Sul esteja preparado para esse tipo de eventualidade, que impacta diretamente os nossos frigoríficos e toda a cadeia produtiva", afirmou.
No entanto, Verruck vê essa situação também como uma oportunidade para fortalecer a economia do estado. Segundo ele, é o momento ideal para transformar esse desafio em um processo de inovação e sustentabilidade. "Mato Grosso do Sul tem grande potencial para se destacar por sua qualidade e práticas sustentáveis. Esse é o caminho para garantir nossa competitividade no mercado global", ressaltou o secretário.
A investigação se concentra no período de 2019 até o primeiro semestre de 2024 e é resultado de um pedido dos produtores chineses. Embora a medida ainda não tenha implicado em mudanças nas tarifas, que permanecem em 12%, a incerteza gerada pela apuração já afeta o setor de frigoríficos brasileiros, com impacto direto sobre estados como Mato Grosso do Sul, que tem a China como principal parceiro comercial. Em 2024, o Brasil exportou mais de 1 milhão de toneladas de carne bovina para a China, um aumento de 12,7% em relação ao ano anterior.
Estratégia - Para que o estado possa tirar o melhor proveito dessa situação, Verruck destaca algumas ações essenciais. A primeira delas é a diversificação dos mercados. "Precisamos expandir nossas exportações para outros países e também fortalecer o mercado interno. Quanto menos dependermos de um único destino, maior será nossa segurança econômica", defendeu.
Além disso, ele enfatiza a importância da adaptação às exigências internacionais, principalmente em relação a padrões ambientais e sanitários, que têm se tornado cada vez mais exigentes. "A carne bovina brasileira, especialmente a produzida em Mato Grosso do Sul, tem um enorme potencial de competir com outros países, desde que atendamos aos mais rigorosos padrões de qualidade", afirmou.
Outro ponto fundamental é o investimento em sustentabilidade e valor agregado. Verruck acredita que a promoção de práticas sustentáveis e o investimento em produtos processados podem agregar valor à carne bovina do estado, tornando-a ainda mais atrativa para o mercado internacional. "O mundo está cada vez mais voltado para a sustentabilidade, e podemos usar isso a nosso favor, não apenas para aumentar as exportações, mas também para melhorar a competitividade do produto", disse.
Além disso, o secretário ressaltou a importância de se investir em infraestrutura e logística para reduzir custos e aumentar a eficiência. Projetos como a Rota Bioceânica, que visa melhorar a conectividade do estado com novos mercados, são fundamentais para aumentar a competitividade do setor agropecuário. "A modernização das ferrovias, rodovias e portos é uma necessidade para que possamos manter a nossa posição no mercado global, especialmente em momentos de incerteza como o que estamos vivendo agora", afirmou.
Para o governo brasileiro, que se manifestou sobre a investigação chinesa, a prioridade será buscar um entendimento com as autoridades chinesas para garantir que as exportações brasileiras de carne bovina continuem sem impactos negativos. Em nota, o governo reafirmou o compromisso de defender os interesses do agronegócio, destacando que a carne brasileira complementa a produção local chinesa e não causa prejuízos à indústria do país asiático
Economia
Valor do piso nacional subiu 7,5% em comparação com os R$ 1.412 válidos em 2024.
3 de janeiro de 2025
O novo salário mínimo subiu de R$ 1.412 em 2024 para R$ 1.518 em 2025, uma alta de 7,5%. A mudança, que passou a valer em 1º de janeiro, impacta uma série de benefícios e serviços que usam o piso nacional como referência.
Entre os benefícios que terão mudanças nos valores, estão:
Entenda abaixo os principais reflexos do aumento do salário mínimo.
O abono salarial PIS/Pasep é um benefício anual pago aos trabalhadores do setor público e privado que recebem, em média, até dois salários mínimos mensais com carteira assinada.
Com o aumento do salário mínimo, o valor do abono salarial passará a variar de R$ 126,50 a R$ 1.518,00, de acordo com a quantidade de meses trabalhados. Só receberá o valor máximo quem trabalhou os 12 meses do ano.
O cronograma do PIS/Pasep de 2025 já foi divulgado, com pagamentos a partir de 17 de fevereiro para os nascidos em janeiro. Os valores estarão disponíveis para saque até o encerramento do calendário, em 29 de dezembro de 2025.
Ao todo, serão disponibilizados R$ 30,7 bilhões para pagamento do benefício a cerca de 25,8 milhões de trabalhadores, segundo o Ministério do Trabalho.
Tanto os trabalhadores da iniciativa privada quanto os servidores públicos vão receber de acordo com o mês de nascimento de cada beneficiário.
Veja as datas de pagamento:
Calendário de Pagamento Abono Salarial PIS-Pasep 2025 (Ano-Base 2023)
Nascidos em |
Recebem a partir de |
Janeiro |
17 de fevereiro |
Fevereiro |
17 de março |
Março |
15 de abril |
Abril |
15 de abril |
Maio |
15 de maio |
Junho |
15 de maio |
Julho |
16 de junho |
Agosto |
16 de junho |
Setembro |
15 de julho |
Outubro |
15 de julho |
Novembro |
15 de agosto |
Dezembro |
15 de agosto |
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego
Supersalários
Com um aumento de 96%, seu vencimento passará dos atuais R$ 21.263,62 para R$ 41.845,62 a partir de fevereiro
3 de janeiro de 2025
A partir do próximo mês, a prefeita reeleita em Campo Grande, Adriane Lopes (PP), vai sacar o maior salário entre os gestores das capitais brasileiras. Com um aumento de 96%, seu vencimento passará dos atuais R$ 21.263,62 para R$ 41.845,62, superando o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que receberá R$ 38.039,38 mensais.
Na sequência, aparecem os prefeitos de Palmas (TO) e Porto Velho (RO), com salários já atualizados em 2025 para R$ 37.627,28 e R$ 37.366,93, respectivamente. Na outra ponta, o menor valor entre as capitais é o de Teresina (PI), onde o prefeito recebe R$ 17.690,57 mensais.
Ranking dos salários dos prefeitos das capitais brasileiras levantados pela reportagem:
Campo Grande (MS) – R$ 41.845,62
São Paulo (SP) – R$ 38.039,38
Palmas (TO) – R$ 37.627,28
Porto Velho (RO) – R$ 37.366,93
Florianópolis (SC) – R$ 36.980,70
Rio de Janeiro (RJ) – R$ 35.608,27
Curitiba (PR) – R$ 35.246,33
Manaus (AM) – R$ 35.000,00
Rio Branco (AC) – R$ 35.000,00
Porto Alegre (RS) – R$ 34.900,00
Belo Horizonte (MG) – R$ 34.604,05
Goiânia (GO) – R$ 34.556,93
Cuiabá (MT) – R$ 33.157,53
Salvador (BA) – R$ 32.000,00
Macapá (AP) – R$ 31.900,00
Aracaju (SE) – R$ 28.173,60
João Pessoa (PB) – R$ 28.051,52
Fortaleza (CE) – R$ 27.391,06
Natal (RN) – R$ 26.000,00
Belém (PA) – R$ 25.332,25
Recife (PE) – R$ 25.000,00
São Luís (MA) – R$ 25.000,00
Boa Vista (RR) – R$ 23.364,00
Maceió (AL) – R$ 20.000,00
Vitória (ES) – R$ 19.217,12
Teresina (PI) – R$ 17.690,57
O reajuste é resultado de um projeto de lei aprovado em fevereiro de 2023 pela Câmara Municipal e entrará em vigor no próximo mês. A medida também beneficiará a vice-prefeita e os secretários municipais, além de 408 servidores que recebem o teto salário do município, vinculado ao vencimento da prefeita.
A decisão, aprovada por 26 votos a dois após intensos debates, gerou polêmica, especialmente entre categorias de base do funcionalismo, como professores. A justificativa dos vereadores favoráveis ao aumento foi a necessidade de corrigir a defasagem salarial das autoridades municipais. O então presidente da Câmara Municipal, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), defendeu que o reajuste ajudaria a destravar o salário de profissionais efetivos, como médicos e diretores de escolas, cujos vencimentos estavam congelados.
O teto salarial do funcionalismo brasileiro está atrelado ao vencimento dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), que será de R$ 46.366,19 a partir de fevereiro de 2025. Assim, o reajuste em Campo Grande permanece abaixo desse limite, mas marca um patamar recorde entre os gestores municipais do país.