sábado, 18 de janeiro, 2025
(67) 99983-4015
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto (SP) descobriram uma substância existente na carambola, fruta muito comum e apreciada em Mato Grosso do Sul, pode causar intoxicação e danos à saúde, principalmente em pessoas com problemas nos rins. De acordo com o estudo, a caramboxina pode provocar crise de soluço, epilepsia, convulsões e até levar à morte.
O nefrologista Miguel Moysés perdeu um paciente na década de 90 que morreu depois de sofrer várias convulsões e ficar em coma. Foi quando o médico decidiu estudar a relação entre o consumo da carambola e a intoxicação de pacientes com insuficiência renal.
A fruta é rica em vitaminas A, B e C. Além de cálcio, ferro, fósforo e antioxidantes, ela também ajuda a combater a febre e estimula o apetite. Mas, a carambola possui toxinas que atuam no sistema nervoso e que podem trazer danos para a saúde dos portadores de problemas renais.
Quando uma pessoa normal ingere a fruta, a caramboxina é absorvida pela digestão, filtrada pelo rim e excretada, sem nenhuma irregularidade. Entretanto, quando a situação é com alguém que já tenha problemas renais ou que tenha predisposição para isso, a absorção não acontece e as toxinas passam para o sangue.
Os efeitos podem surgir de duas a 12 horas depois da ingestão da fruta e vão depender da quantidade consumida, da predisposição do organismo, da quantidade de oxalato presente na fruta e também, do tipo da carambola. A toxina induz, ainda, a formação de cristais de oxalato de cálcio nos rins – as famosas pedras renais.
Vale lembrar que quanto mais doce e madura, menor será a quantidade do componente tóxico. Os principais sintomas são: soluços, vômitos, fraqueza muscular, insônia, distúrbios de consciência, agitação e convulsão, podendo levar à morte.
A carambola é uma aliada dos agricultores. Muitos plantam a carambola ao redor de pomares, em pontos estratégicos, para combater as moscas, que não chegam perto da fruta, ou seja, ela é um inseticida natural.
A pesquisa da USP já se estende por mais dez anos com o envolvimento de 19 profissionais, entre biólogos, químicos e médicos que fizeram teste em ratos de laboratório para comprovar os efeitos da fruta nos pacientes com problemas nos rins.
Segundo os pesquisadores, pessoas sem problemas nos rins, se comerem ou tomarem o suco da carambola em grandes quantidades, podem desenvolver problemas neurológicos e insuficiência renal aguda. O ideal é comer sem exageros alertam os pesquisadores.
Problemas renais e a alimentação
Os pacientes com problemas renais devem ter cuidado redobrado com a alimentação e sempre buscar seguir as dietas propostas pelos especialistas. Vale ressaltar que os alimentos ricos em potássio podem levar pessoas com problemas renais à fraqueza muscular, arritmias e até paradas cardíacas. Portanto, é bom evitar feijão, batata, soja, mandioca, mandioquinha, ervilha, ameixa preta, castanhas, chicória, cogumelo, beterraba, couve, banana, laranja, caldo de cana e água de coco.
Saúde
A equipe de Neurologia do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) está utilizando toxina botulínica para o tratamento de doenças neurológicas. A...
16 de janeiro de 2025
A equipe de Neurologia do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) está utilizando toxina botulínica para o tratamento de doenças neurológicas. A aplicação é para tratamento de distonias, que são doenças neurológicas que causam contrações musculares anormais e involuntárias. As distonias provocam dores musculares, torções, como torcicolos, deformidades nos membros e articulações, além de gerarem estigma social.
O tratamento está disponível para pacientes ambulatoriais encaminhados pela regulação estadual. Responsável pela primeira aplicação, a médica neurologista Aline Kanashiro explica que a distonia nem sempre tem uma causa evidente.
“Pode ter uma causa evidente e ser consequência de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) ou de um traumatismo craniano, por exemplo, ou ser idiopática, que é quando a causa não é definida ou não pode ser identificada”, afirma.
Nestes casos, a toxina botulínica reduz o excesso de contração muscular causado pela distonia. Com isso, o paciente tem alívio dos sintomas da distonia, já que os estímulos excessivos para a contração muscular são interrompidos e os espasmos musculares são reduzidos ou eliminados. O tratamento é paliativo e as reaplicações devem ocorrer no período de quatro a seis meses.
“Ao implantarmos o Ambulatório de Toxina Botulínica no HRMS, nossa intenção é garantir que esses pacientes tenham uma opção de tratamento e melhora da qualidade de vida. Também é uma oportunidade de ampliarmos as áreas de atuação da Neurologia do HRMS, além de proporcionar a disseminação do conhecimento, já que no hospital há o Programa de Residência Médica em Neurologia”, afirma a médica neurologista.
A primeira paciente a receber o tratamento no hospital foi a aposentada Reny Garnacho, de 86 anos. Ela tem diagnóstico de blefaroespasmo, que é um transtorno neurológico que causa contrações involuntárias das pálpebras, resultando em piscar involuntário e fechamento dos olhos, desde 2009.
“Por conta disso, quase não estava conseguindo dirigir. Só conseguia quando era bem próximo de casa. E também não conseguia ler mais, pois meu olho estava fechando demais”, contou.
Diretora-técnica do HRMS, a médica Patrícia Rubini explica que a implantação do ambulatório e o oferecimento desta opção de tratamento no hospital é resultado de esforços em conjunto com a SES (Secretaria de Estado de Saúde).
“Iniciamos as tratativas para oferecer o tratamento no segundo semestre do ano passado. Com o apoio da SES e, em especial da Casa da Saúde, conseguimos o treinamento da equipe de enfermagem, habilitação e também a disponibilização da toxina botulínica”, relembra.
Saúde
Conforme o boletim epidemiológico, outros dois casos da doença foram confirmados neste ano, em Campo Grande
14 de janeiro de 2025
Uma idosa, de 65 anos, é a primeira vítima da Covid-19 em Mato Grosso do Sul, em 2025. A vítima é de Bataguassu (MS), teria apresentado os primeiros sintomas da doença no final de 2024 e a morte foi confirmada no dia 4 de janeiro.
Segundo o boletim epidemiológico, divulgado nessa terça-feira (13), outros dois casos da doença foram confirmados em Campo Grande. Desde 2020, Mato Grosso do Sul registrou 636.589 mil casos da doença. Nesse tempo, 11.317 pessoas morreram.
A vacina contra o vírus está disponível em toda rede pública de saúde, conforme definido pelo plano nacional de imunização.