Paulo Correa é entrevistado pelo Diário do Estado

Qual sua história com Coxim?

Minha história é comprida, mas teve início quando o empresário Rubens Dantas me abriu as portas. Lembro de Coxim quando era secretário de habitação no governo do Pedrossian, de 90 à 94, quando fizemos alguns conjuntos habitacionais na cidade com a ajuda dos interlocutores João Leite Schmidt, Ary Rigo e outros lideres da Região. Um pouco depois fui eleito deputado estadual, e a partir daí meu trabalho na região se intensificou com o projeto “onça Pintada” que previne o câncer de mama. O projeto atendeu mulheres do bairro Piracema, Silviolândia, do centro e outras localidades na cidade que receberam atendimento. 

O que este projeto já fez pelas mulheres do Estado?
 Este projeto nasceu após perder minha mãe que foi acometida pelo Câncer, também tenho outros históricos na família. Mesmo sem formação na medicina, pois sou engenheiro, fiz esse projeto acontecer devido o drama familiar. Hoje o “Onça Pintada” já atendeu mais de 50 mil mulheres e já realizou mais de 3.800 cirurgias. Contabilizamos muitas vidas salvas que obtiveram tratamento previamente ou no início. Também oferecemos próteses mamárias para não deixar ninguém mutilado. O projeto é completo e é um sucesso. O projeto ganhou do Ministério da Saúde um ultrassom por ser eleito o terceiro melhor projeto do país na prevenção do câncer de mama.

Existem solicitações de Coxim para que este projeto volte aqui?
Sim. O presidente do Sindicato dos trabalhadores, Flávio Duarte e professor Ubirajara têm solicitado a vinda do projeto em diversas colônias e bairros de Coxim. Esses pedidos com certeza serão atendidos logo após a campanha eleitoral.

Existem outras ações suas como deputado voltadas para Coxim?
Existem várias. Colaborei com a entrega da biblioteca do Sesi, realização de ação global, carreta com o curso de formação de padeiros entre outras atividades que propulsionam o empreendedorismo na cidade.   

Qual sua visão sobre a geração de emprego em Coxim?
Como presidente da comissão da indústria, comércio e turismo na Assembleia Legislativa, proponho um novo projeto político para a região, baseado no zoneamento ecológico e econômico (ZEE). Vejo a possibilidade de Coxim ser um pólo da borracha. Coxim tem muitas áreas que podem sair da pecuária e migrarem para atividades mais rentáveis. Os empresários fazem conta, precisamos dar incentivos, investir na infraestrutura a fim de melhorar o escoamento de toda a produção. Temos que dar mais que o terreno, mais outras atrações para ele se desenvolver na região. A BR 163 já é um grande avanço para as empresas. Entendemos que a pecuária é nosso forte, mas temos a suinocultura que está bem colocada no mercado, temos que diversificar, temos um mercado variado.

E como presidente da Comissão de Meio Ambiente?
Nesta outra função realizamos um trabalho de plantio de mata ciliar a fim de recuperarmos às margens dos rios para evitar o assoreamento que é visto hoje, sendo uma das maiores catástrofes do país. Uma questão que quero destacar é das pequenas centrais hidrelétricas que na minha visão é vista com muita emoção no processo de instalação. Existem mecanismos diferenciados que não agridem o meio ambiente como um pequeno desvio do rio que pode ser fonte de energia sem prejudicar o meio ambiente. As escadas também é outro mecanismo bastante utilizado para preservar os peixes. 

O que é necessário para os instrumentos públicos da cidade se desenvolverem?
Acredito que falta investimento da parte do governo. No caso do Hospital Regional, carece de melhorias, precisa crescer nos seus serviços, ampliação, equipamentos, exames. A educação também precisa de investimentos, temos que reconhecer que o deputado federal BIffi tem um legado em Coxim e que hoje precisam de apoio para continuarem funcionando nossas universidades e assim vislumbrar novos cursos como o de agronomia e veterinária. O Instituto federal aqui é muito bonito e também precisa de recorrentes atenção.

No seu entendimento, qual o principal papel de um político hoje para a Região Norte?
Precisamos trabalhar muito e não nos encostarmos, fazer valer o que propomos, cumprir com os compromissos assumidos, fazer um Estado melhor, com indústrias não poluentes, que tenham responsabilidade social e ambiental com geração de emprego e renda. Não queremos subempregos para Coxim e região.

O político deve ser transparente em suas ações, a ponto de não se importar com o que a imprensa lhe cobra?
Sim, a partir do momento que escolho ser um homem público, minha vida pública deve ser mostrada, cobrada por todos. Se alguém não quer aparecer é por que tem o rabo preso. Claro que a vida pessoal deve ser preservada, mas o diz respeito ao dinheiro, aos projetos e as ações, temos que ser transparentes.