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Entrevista Especial - Vladimir Ferreira

O candidato Vladimir Ferreira concorre à uma vaga para Deputado Estadual. Sendo por duas vezes eleito vereador na cidade, tem um histórico ligado à saúde, e militância no partido dos Trabalhadores. Esta é a quarta eleição que concorre e para falar desta experiência e desse ultimo processo que está concorrendo, visitou o jornal Diário do Estado nesta quarta-feira para contar sobre seus projetos e aproveitar a oportunidade para demonstrar à população qual a sua visão da conjuntura política.

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2 de outubro de 2014

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Ana Flávia Dorsa

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Qual a sua bandeira de campanha?
Desde o início tínhamos uma estratégia. Estamos dizendo ao povo que nós teríamos que ter uma representação aqui na Região Norte, dando frente ao projeto liderado pelo ex presidente Lula e pela presidente Dilma Rousseff, e no Estado pelo Delcídio. Eu construí essa campanha dentro do meu partido, esse ano eu completo 20 anos de filiação ao PT e estamos fazendo ela com muita coragem. Aqui em Coxim estamos tendo uma boa recepção, vemos um esgotamento, um cansaço da população diante dos grupos que se alternam no poder há algum anos. Na minha opinião é um grupo só, que hora ou outra mudam seu representante. Depois de 22 anos de domínio, chegou ao seu esgotamento. 

 

Do que as pessoas estão cansadas? Qual a principal revolta da população?
São três pontos que estamos vendo com freqüência aqui em Coxim. O primeiro é que as famílias estão separadas e as pessoas estão sendo obrigadas a mudar do município para buscar oportunidades. Há pouco tempo atrás, Coxim era uma das dez economias do Estado e hoje é a décima nona. Das 152 indústrias que se instalaram recentemente no Estado, nenhuma veio para Coxim. Isso demonstra essa necessidade de sair para buscar um lugar ao sol e assim as famílias estão sendo apartadas.
O segundo ponto é a questão da saúde. Há uma frustração com a instalação do Hospital Regional, que era para ser administrado pelo Estado e foi empurrado para o município, sendo que ele mal dá conta de cuidar de seus postos de saúde. A melhora do atendimento à saúde não aconteceu, as pessoas querem resposta para isso, sabem que o Hospital é bonito, bem estruturado, mas não está funcionando como foi pensado. 
Outro ponto importante é questão habitacional. Quando a gente anda pela cidade temos encontrado pessoas que estão em uma fila contabilizando mais de uma década esperando casa popular. Por fim, a representação política também gera descontentamento. As pessoas estão muito decepcionadas, pois ouvem mais desculpa do resultado de trabalho.

 

Você ainda acredita em Coxim?
Acredito muito. Tenho falado isso há alguns anos na Câmara. Coxim tem tudo para dar certo, somos cortados pela BR-163, temos rios importantes como Taquari, Jauru, Coxim, temos a escola Federal e uma Escola Técnica. Há 20 anos temos a Universidade Estadual, e que neste tempo não conseguiu avançar. É uma cidade conhecida e reconhecida nacionalmente, mas que nos últimos 20 anos estacionou no ponto de vista econômico, cultural e social. Os coxinenses estão indo embora, chegou muita gente aqui para trabalhar nestes órgãos públicos, mas não superou o número de evasão. Infelizmente o grupo político que falamos nestes 22 anos não conseguiu fazer com que tudo isso fosse instrumento para promover o desenvolvimento, geração de renda e qualidade de vida. O coxinense com certeza sai daqui contrariado. 

 

Suas propostas estão sendo bem aceitas pela população?
A eleição não é para ninguém brigar com ninguém, é um momento oportuno para fazermos um debate das idéias e de propostas. Digo o seguinte, se eu for deputado estadual, vou defender na Assembléia um projeto para que o Estado tenha um plano de desenvolvimento industrial que contemple todas as regiões, pois não dá para se ter regiões que se tem muito e outras que não se tem quase nada. 
Para Coxim particularmente defenderei que o Estado contribua para que venha para cá a industria da tecnologia pois além de ser mais limpa que agride menos o meio ambiente, estamos formando na Universidade Federal e na Escola Técnica diversos profissionais na área. É uma mão de obra difícil e cara de se formar e que está indo embora para outros Estados e países. 
Também tenho me espelhado na zona franca de Manaus para defender um desenvolvimento para nós, pois o governo há 50 anos criou a zona franca para ocupar aquele território silvestre, e assim teve uma série de incentivos fiscais e tributários. Aqui no Pantanal temos que buscar alternativas semelhantes e Delcídio me prometeu enquanto governador, discutir a idéia. 
Para destacar minhas propostas, defendo a efetiva regionalização da saúde, assim como o PT sempre trabalhou. Se lembrarmos quando o Zeca do PT foi governador ele construiu vários Hospitais no Estado (nove no total) com a intenção de regionalizar a saúde, mas o atual governo não assumiu essa responsabilidade. 

 

O que nossa saúde precisa?
Temo que trabalhar frente à Brasília para aumentar o repasse  para média e alta complexidade. O Estado precisa assumir sua responsabilidade financeira e conseguindo a ampliação do repasse, deve fazer o condicionamento disso. Esse dinheiro tem que vir para o interior, para contratar médicos especialistas. Cada cidade pólo do Estado deve ter o Centro de Diagnóstico por imagem com sua tomografia e ressonância, pois a Medicina moderna exige isso, pois, não dá para fazer uma Medicina do século XXI com as condições  do século IXX. 

 

O que representou a Inauguração do Hospital Regional em Coxim e como você o vê hoje?
Esta sim na inauguração e foi um sonho para todos, mas a realidade hoje é bem diferente. O governo do Estado repassa praticamente o mesmo valor que repassava na inauguração do Hospital há quatro anos atrás. Houve aumento dos produtos e tudo mais, as coisas inflacionaram, mas esse reajuste real não aconteceu. Vamos defender que o Estado assuma de forma direta o Hospital ou ao menos aumente consideravelmente esse aporte financeiro, fazendo com que boa parte dos procedimentos se resolva aqui e deixe de ser enviado para Campo Grande. Precisamos de mais resolutividade em todo o Estado.  Isso beneficiará o interior e a capital será desafogada. Infelizmente somos governados por um médico que deixou de investir no ano passado R$240 milhões na saúde. Tenho certeza que o Delcídio governador vai inverter essa lógica e vai priorizar o atendimento à saúde, regionalizando esse serviço à população com mais médicos especialistas.

 

O que você achou da passeata realizada em Coxim que misturou grupos do PMDB e do PSDB?
O presidente do PMDB do Estado mora em Coxim e é deputado, mas temos percebido que o grupo dele está fazendo a campanha do seu candidato à governo. O grupo está fazendo campanha do candidato do PSDB, é este tipo de comportamento, de postura que causa o desencantamento das pessoas com a política e com os políticos. Tenho 20 anos de partido, nunca ninguém me viu traindo o PT, mesmo que contrariado.  Sempre segui orientação partidária, não dá para a sociedade dizer uma coisa e operar outra. 

 

Acredita em segundo turno, ou mediante as pesquisas e os pontos marcados pelo candidato Delcídio o elegem no primeiro tempo?
Eu acredito que o Delcídio tem tudo para liquidar essa fatura no próximo dia cinco, a candidatura do PT tem um perfil de chegada. Quando se vê o histórico do PT em todas as eleições, temos uma tendência de crescer de 7 à 10% na última semana. Nas eleições de 2012 foi assim, nosso candidato tinha 24%, mas quando abriu as urnas tinha quase 37%. A militância do PT quando chega à reta final é muito mais forte e vai para cima. Tenho certeza que Delcídio tem todas as condições de ganhar no primeiro turno e não me espantará se a Dilma também não irá surpreender. Já vi pesquisa hoje no país que a Dilma está com 43% e a segunda colocada com 23%. Se crescer mais 3 à 4% nesta semana já não dará chance para mais um turno.

 

Como vê a parte administrativa do município que conta com certos apoios políticos desde a campanha?
Vejo que o prefeito até tem uma boa vontade em fazer as coisas e ele se equivoca com relação às parcerias que ele está selando. Temos parlamentares que trabalham por Coxim, independente da disputa local, esses parlamentares deveriam ter mais atenção e serem mais procurados. Temos outros que poderiam contribuir muito mais, porém colaboram muito menos. Acho que o prefeito atual e a prefeita anterior não tiveram o apoio necessário para fazer as coisas que para eles foram prometidas. Acho que tem alguns problemas sim com a gestão local, temos uma série de obras paralisadas no município e isso precisa ser resolvido de forma administrativa ou de forma judicial. Não dá para as obras ficarem três, quatro, cinco anos paradas.  Foi o tempo que o Brasil funcionava assim, onde a obra não era realizada por incapacidade técnica ou financeira das empreiteiras que ganharam a licitação. Isso precisa ser resolvido. 

Mediante esses históricos administrativos, você acredita que existe uma resistência para se criar a terceira liderança no município?
Tenho uma tese quanto ao desenvolvimento econômico. A história comprova que onde se instalou novas forças econômicas, logo essas se tornaram novas forças políticas, por isso que acredito que estamos estacionados, na verdade até andando para trás. Não há interesse para quem tem a força econômica aqui para que venham novas atividades industriais, empresariais com o medo que essas forças tomem o poder político. Esse é um processo que eles podem até segurar por um tempo, mas não para a vida toda, não vão deter essa força da base. Novas lideranças vão surgir. As pessoas estão cansadas desse grupo aqui em Coxim.  (Ana Flávia Dorsa)

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Futebol Estadual

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Com mais de 40 anos de história, o Campeonato Sul-Mato-Grossense possui grandes campeões. Na disputa de 2025, três dos concorrentes ainda mantém o sonho de levantar a taça do estadual pela primeira vez. Confira a lista:

Aquidauanense
Campeão da segunda divisão, em 2018, o Aquidauanense Futebol Clube é um dos times que disputam o Campeonato Sul-Mato-Grossense 2025, em busca do primeiro título.
Fundado em Aquidauana (MS) no ano de 2001, o time começou com o nome de Escolinha de Futebol Aquidauanense. Em 2007 o clube foi promovido para a primeira divisão do estadual e, quatro anos depois, alcançou a primeira final, mas foi derrotado pelo CENE, em 2011.
Ao longo dos 23 anos de história, o time chegou a repetir a posição de vice-campeão, em 2019 e 2020.

Dourados
O Dourados Atlético Clube, sediado na cidade com o mesmo nome em MS, foi fundado em 2020. Segundo a história do time, a criação recente aconteceu por conterrâneos que desejavam resgatar o futebol da cidade
Na estreia, o clube venceu de forma invicta a segunda divisão estadual, em 2020, e no ano seguinte, foi vice-campeão da primeira divisão, perdendo para Costa Rica.
Em 2024, o clube voltou a ocupar o cargo de vice-campeão, perdendo para o Operário.

Pantanal
Fundado em 2004, O Futebol Clube Pantanal SAF (ex-Portuguesa), conquistou seu primeiro acesso à primeira divisão estadual na história em 2023.
No mesmo ano, se consagrou campeão da segunda divisão, após vencer Corumbaense.
Em 2024, o clube anunciou sua transformação em Sociedade Anônima do Futebol (SAF), tornando-se o primeiro clube de Mato Grosso do Sul a adotar esse modelo de gestão.