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EUA tentaram resgate pouco antes da morte de jornalista decapitado

O anúncio aconteceu após as autoridades americanas confirmarem a veracidade de um vídeo no qual o grupo jihadista mostra a decapitação do jornalista James Foley, sequestrado em 2012

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21 de agosto de 2014

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Os Estados Unidos lançaram no início de julho na Síria uma operação para libertar reféns americanos que estão nas mãos do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), mas a missão não teve sucesso porque não conseguiram acertar a localização, informou o Departamento de Defesa.

O anúncio aconteceu após as autoridades americanas confirmarem a veracidade de um vídeo no qual o grupo jihadista mostra a decapitação do jornalista James Foley, sequestrado em 2012.

"Foi uma operação por terra e ar focada em uma rede concreta do EI. Infelizmente, a missão não teve êxito porque os reféns não estavam nesse local, onde a inteligência americana pensava que estavam", explicou em comunicado o porta-voz do Pentágono, o contra-almirante John Kirby.

O governo não detalhou a quantos reféns estava dirigida a operação, nem se Foley estava entre eles, mas os jornais 'Washington Post' e 'New York Times' afirmaram, citando a fontes oficiais, que o jornalista teria sido um dos potenciais libertados se a missão tivesse dado certo.

Horas antes do anúncio do Pentágono, o presidente americano, Barack Obama, fez uma declaração pública breve e contundente em que garantiu que os Estados Unidos "estarão vigilantes e não descansarão para fazer o necessário para que se faça justiça" pela morte de Foley, de 40 anos.

"O presidente Obama autorizou a operação quando surgiu a oportunidade e se considerou que havia informação de inteligência suficiente", explicou a assessora de Segurança Nacional Lisa Monaco, em comunicado.

"Dada a necessidade de proteger nossa capacidade militar, não podemos revelar detalhes desta operação. Mas o presidente não poderia estar mais orgulhoso das forças americanas que realizaram esta missão e dos profissionais de inteligência e diplomatas que apoiaram estes esforços", acrescentou.

Foley foi sequestrado em novembro de 2012 quando se dirigia à fronteira com a Turquia, e embora a princípio tenha se pensado que era refém de milícias pró-governo, mais tarde se soube que foi detido pelos jihadistas do Estado Islâmico na Síria.

No vídeo publicado na terça-feira pelos extremistas, Foley se despede de sua família e acusa o governo dos EUA de ser o responsável por sua execução por causa da recente intervenção no Iraque, onde os Estados Unidos há mais de uma semana realizam ataques seletivos sobre posições do EI no norte do país.

"Como dissemos repetidamente, o governo de Estados Unidos está comprometido com a segurança e o bem-estar de seus cidadãos, particularmente dos que estão em cativeiro. Colocaremos o melhor de nossas forças militares para trazer nossos cidadãos de volta para casa", assinalou o porta-voz do Pentágono.

"Não toleraremos o sequestro de nossa gente, e trabalharemos sem descanso para garantir a segurança de nossos cidadãos e para fazer justiça", concluiu.

No vídeo da decapitação de Foley aparece outro jornalista americano sequestrado, Steven Joel Sotloff, cuja vida "depende da próxima decisão de Obama", disse o carrasco na gravação.

Apesar destas ameaças, os Estados Unidos prosseguiram nesta quarta-feira sua campanha aérea contra posições jihadistas do Estado Islâmico no norte do Iraque com 14 novos ataques aéreos perto da estratégica barragem de Mossul, dentro da campanha iniciada para ajudar s tropas iraquianas a repelirem o EI.

Economia

Tabela do IR é congelada em 2025 e quem ganha acima de R$ 2.824 pagará imposto

Reforma do tributo só deverá ser enviada ao Congresso após a votação do Orçamento deste ano

Tabela do IR é congelada em 2025 e quem ganha acima de R$ 2.824 pagará imposto

10 de janeiro de 2025

Tabela do IR é congelada em 2025 e quem ganha acima de R$ 2.824 pagará imposto

 

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Sem a aprovação da reforma do IR (Imposto de Renda), que só deverá ser enviada ao Congresso após a votação do Orçamento de 2025, a tabela progressiva fica congelada neste ano. Quem ganha mais de R$ 2.824, pouco menos de dois salários mínimos, pagará o tributo. No fim de novembro, o governo tinha anunciado a intenção de elevar a faixa de isenção para R$ 5 mil, na segunda fase da reforma tributária, que trata do IR. Em troca, o governo pretendia introduzir uma alíquota em torno de 10% sobre os rendimentos mensais acima de R$ 50 mil, que compensaria o impacto fiscal do aumento do limite de isenção.

Originalmente anunciada para tramitar junto do pacote de corte de gastos aprovado no fim de dezembro, a proposta ficou para este ano. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, “inconsistências” nos modelos estatísticos da Receita levaram o Fisco a rever os cálculos. Caso o Congresso aprove o Orçamento em fevereiro, a proposta pode ser enviada no mesmo mês ou no início de março.

Veja como ficam as alíquotas
Até R$ 2.259,20 - 0%
De R$ 2.259,21 até R$ 2.826,65 - 7,5%
De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05 - 15%
De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 - 22,5%
Acima de R$ 4.664,68 - 27,5%

Correspondente ao piso da tabela progressiva, a faixa de isenção foi elevada pela última vez em fevereiro de 2024, de R$ 2.640 para R$ 2.824. As demais faixas de tributação permanecem sem mudanças desde 2015. O projeto de lei do Orçamento de 2025, enviado ao Congresso em agosto, não prevê mudanças na tabela do Imposto de Renda.

Oficialmente, o limite máximo da alíquota zero está fixado em R$ 2.259,20. No entanto, para garantir a isenção para quem recebe até R$ 2.824, equivalente a dois salários mínimos, haverá um desconto simplificado de R$ 564,80 da renda sobre a qual deveria incidir o imposto. Esse desconto corresponde à diferença entre os dois valores: limite de isenção e dois salários mínimos.

A Receita Federal esclarece que esse desconto simplificado é opcional. Nada mudará para quem tem direito a deduções maiores pela legislação atual, como dependentes, pensão alimentícia, gastos com educação e saúde.
Propostas

A gestão federal trabalha com duas propostas: isenção do IR para quem ganha até R$ 5.000 e um imposto de 10% para aqueles que recebem mais de R$ 50 mil por mês. A ideia inicial é apresentar os temas em conjunto, de maneira que um compense o outro na questão arrecadatória. Há, inclusive, um acordo entre os Poderes Legislativo e Executivo para os projetos serem apreciados na condição de neutralidade, ou seja, sem perda ou ganho de arrecadação.

No final do ano passado, o governo apresentou a medida de isenção do IR dentro do pacote fiscal, cujo impacto é de R$ 327 bilhões em cinco anos. A proposta não foi bem recebida pelo mercado, e o dólar ficou acima dos R$ 6 em dias consecutivos. Parte das medidas foi aprovada pelos parlamentares nos últimos dias de 2024, e a previsão é de continuidade neste primeiro semestre.
Neste momento, a Receita Federal trabalha com o novo modelo idealizado pelo governo, mas percebeu inconsistências. De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a inconsistência se dá em um dispositivo que faz a calibragem do IR de pessoa jurídica. O tema foi alvo de uma reunião ainda na segunda-feira (6).

“Eu vou saber hoje, a bem da verdade. Porque a Receita não rodou o novo modelo ainda. Estávamos terminando o ano com muitas coisas, mas isso deve ficar pronto nos próximos dias”, disse Haddad. A Receita vai solucionar os ajustes nos cálculos e terminar o novo modelo em breve. A questão chave é corrigir as distorções ao mesmo tempo em que é mantida a arrecadação da soma do Imposto de Renda para Pessoa Jurídica e do Imposto de Renda da Pessoa Física.

No final do ano passado, o ministro havia comentado sobre a inconsistência no modelo estatístico do IR para pessoa jurídica. “Está sendo cuidado tanto da questão da neutralidade quanto da justiça tributária. Uma coisa pode ser neutra e injusta. Então, está rodando o modelo para identificar como calibrar em busca da justiça tributária, e não só da neutralidade tributária”, afirmou o ministro em 20 de dezembro de 2024 durante café da manhã com jornalistas, em Brasília.
Impacto nas contas

Para especialistas ouvidos pelo R7, no entanto, apesar de a medida favorecer a população, pode trazer impactos negativos para o equilíbrio das contas do governo. Menos de 1% da população do país recebe acima de R$ 50 mil, e hoje essa parcela da população paga uma alíquota de imposto de renda de 27,5%.
“O impacto fiscal estimado em R$ 45 bilhões por ano exige soluções robustas para compensação de receitas. O ministro fala em tributar quem ganha mais de R$ 50 mil, mas é fundamental fechar brechas como a pejotização e a falta de tributação sobre lucros e dividendos, que hoje permitem que muitas rendas altas escapem do alcance do imposto”, afirma o presidente da Unafisco, Mauro Silva.

O economista Hugo Garbe comenta que ampliar a faixa de isenção tem desvantagens e vantagens. Entre os fatores positivos, ele cita a justiça fiscal e o aumento da renda da população. Por outro lado, o especialista comenta que a medida também traz impacto fiscal negativo e risco inflacionário, além de possuir uma sustentabilidade limitada.
“Sem compensações, a medida compromete a sustentabilidade das contas públicas, podendo gerar desconfiança no mercado”, explica. Segundo ele, taxar mais quem recebe R$ 50 mil não resolve o problema. “É uma medida populista em termos econômicos para dizer: estou cobrando mais dos ricos e tirando imposto dos mais pobres”, destaca.

Catástrofe

Nos EUA há dois anos, sul-mato-grossense fala sobre incêndios em Los Angeles

Waldir Silva é de Campo Grande (MS) e atualmente mora com a esposa e a filha em Torrance, uma cidade que fica há 40 minutos de onde estão os focos mais graves do incêndio.

Nos EUA há dois anos, sul-mato-grossense fala sobre incêndios em Los Angeles

10 de janeiro de 2025

Nos EUA há dois anos, sul-mato-grossense fala sobre incêndios em Los Angeles

 

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Na Califórnia há dois anos, o barbeiro sul-mato-grossense, Waldir Silva, contou ao g1 a situação catastrófica que Los Angeles tem enfrentado. Vivendo o pior incêndio da história do estado, a cidade já registrou cinco mortes em meio as chamas.

"Algumas cidades foram destruídas, ficaram derretidas. É uma situação muito crítica, muitas famílias e animais morreram. Deus abençoe a Califórnia e o mundo", disse Waldir Silva. Ao g1, o campo-grandense disse que mora com a esposa e a filha em Torrance, uma cidade que fica há cerca de 40 minutos de onde estão os focos mais graves do incêndio. Porém, no trabalho, ele conseguiu flagrar as chamas que atingiram Hollywood. Veja o vídeo acima.

Segundo Waldir, a barbearia fica próximo a Hollywood Hills, um dos bairros de Los Angeles também afetado pelo fogo. "O cheiro de fumaça é muito forte e tem uma nuvem de fumaça na cidade", contou.
"Eu nunca havia passado por uma situação dessa. A Califórnia tá sofrendo com incêndio por todos os lados e o vento forte tá fazendo com que os focos se alastrem. Tenho amigos e clientes que tiveram que evacuar urgentemente", relatou.

Ainda conforme o barbeiro, ele a família estão em uma área segura, onde o fogo não chegou, porém a fumaça já tomou conta do céu, deixando o tempo nebuloso.
Condições para o fogo

A região da Califórnia vem sendo alvo de incêndios de grandes proporções nos últimos anos, mas raras vezes eles ocorreram no inverno. Segundo o governo americano, apenas seis incêndios florestais queimaram mais de 5 km² em janeiro na Califórnia desde 1984. As chamas que consomem cidades na região hoje já atingiram mais que o dobro dessa área.
 

De acordo com os meteorologistas, o incêndio de grandes proporções fora de época está relacionado às condições climáticas enfrentadas pela região.
Antes das chamas, a região passou por dois invernos com chuvas intensas que deixaram cidades alagadas e isoladas entre 2022 e 2023. O excesso de chuva modificou a paisagem na região, aumentando a vegetação.