sexta, 17 de janeiro, 2025
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Para ampliar a fiscalização da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) o governador Eduardo Riedel entregou 23 novos veículos à instituição, que ainda vai contar com 29 novos médicos-veterinários, que vão atuar na função de fiscais estaduais agropecuários. Todo este reforço vai contribuir para que Mato Grosso do Sul receba o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação.
A solenidade de entrega das chaves e apresentação dos novos servidores ocorreu nesta quinta-feira (16), na sede da Iagro, em Campo Grande. "Os novos veículos que chegaram são ferramentas importantes de trabalhos, preparados para chegar em qualquer lugar do nosso Estado, mesmo as áreas mais remotas como Pantanal e nossos técnicos farão bom uso dela. Assim a Iagro terá uma frota adequada, moderna e atual para atuar", afirmou o governador.
A aquisição de 23 novos veículos é o resultado de um investimento de cerca de R$ 6 milhões em recursos estaduais. Eles serão distribuídos entre as 11 regionais da agência, com o objetivo de modernizar as operações e garantir maior eficiência nas ações de fiscalização.
"A questão da nova frota vai seguir usando os critérios da meritocracia. Temos um sistema que mostra que fiscal fez mais fiscalizações em determinada área, este servidor por exemplo vai ser presenteado com uma nova ferramenta, que seja mais adequada para seu trabalho. Esta ação segue nossa linha de meritocracia e inclusão do produtor dentro do nosso sistema de trabalho", destacou o diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold.
Novos servidores
Durante o evento teve a apresentação dos novos fiscais estaduais agropecuários, que foram aprovados no último concurso público. São 29 médicos-veterinários, que vão atender 25 municípios do estado, para tornar a fiscalização da Iagro mais eficiente e assim promover o desenvolvimento sustentável das atividades agropecuárias.
Os municípios beneficiados são: Amambai, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Paranhos, Sete Quedas, Corumbá, Dois Irmãos do Buriti, Bodoquena, Camapuã, Sidrolândia, Paranaíba, Inocência, Coxim, Pedro Gomes, Rio Negro, Rio Verde, Deodápolis, Itaquiraí, Juti, Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul, Bela Vista, Porto Murtinho, Água Clara e Santa Rita do Pardo.
"Hoje nós temos um sistema de vigilância que abrange todo o Estado, que define quais são os quadrantes de risco, que precisa de mais vigilância. Dentro disto todo este monitoramento direciona onde os técnicos devem atuar com eficiência e segurança. O momento é de dar boas-vindas aos nossos concursados, que acabaram de entrar na nossa instituição e farão parte deste trabalho", explicou Ingold.
Reconhecimento
Todo este trabalho coletivo e reforço na fiscalização da Iagro vão contribuir para Mato Grosso do Sul buscar o reconhecimento internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação, que poderá ser concedido pela OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal), em maio na França.
"Uma conquista do Estado do Mato Grosso do Sul, onde a Iagro e Semadesc foram muito protagonistas. Assim como o produtor rural que no seu dia a dia fez o dever de casa, conquistou e fez por merecer este status, que é um benefício da própria produção, pois assim consegue atingir novos mercados e valorizar nossos produtos", disse o governador.
O secretário da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Veruck, avalia que este reconhecimento poderá vir com todo um trabalho coletivo, que contou com um processo de qualificação da Iagro, já que ao tirar a vacina (aftosa), teve que fortalecer a vigilância.
"Quando o Estado tomou a decisão de ser uma zona livre de aftosa, sem vacinação, nós tivemos que cumprir uma série de requisitos, porque ao tirar a vacina, precisa qualificar a vigilância. Isto segue com uma educação do produtor rural, dispondo de um sistema robusto de inteligência para monitorar toda esta estrutura de rebanho no Estado".
Ele destaca que este trabalho eficiente teve reconhecimento do Ministério da Agricultura e Pecuária, com a Iagro tendo a melhor nota do país em relação as agências de vigilância. "Todo este material é levado para Organização Mundial de Saúde Animal. Em maio vai ter esta avaliação internacional. O impacto disto é a abertura de mercado nacional e internacional".
Agronegócio
Relatório sobre as condições de desenvolvimento das lavouras da soja feito por técnicos do Projeto Siga/MS na segunda semana de janeiro mantém a expectativa de...
16 de janeiro de 2025
Relatório sobre as condições de desenvolvimento das lavouras da soja feito por técnicos do Projeto Siga/MS na segunda semana de janeiro mantém a expectativa de produção aproximada em 14 milhões de toneladas para a safra 2024/2025, com produtividade média de 51,7 sacas por hectare. Em média, as lavouras de soja em Mato Grosso do Sul estão em condições boas (70,9%) de desenvolvimento, enquanto 17,7% foram consideradas regulares e 11,4% ruins.
A Região Norte está em melhor condição, com 93,5% das lavouras em situação boa e 6,5% regular. Já as lavouras da região Sul apresentam as piores condições de desenvolvimento, com 39,5% consideradas boas, 34,6% regulares e 25,6% ruins. No total, foram cultivadas 4.501 milhões de hectares com soja na safra atual.
A escassez de chuvas impactou a Agricultura especialmente a região Sul do Estado, com cerca de 24 municípios considerados abaixo da produtividade média estadual estimada. Em 30 dias de seca moderada, ocorreram poucas chuvas variando entre 1,4 milímetro e 66,6 milímetros, e 10 dias de seca severa sem precipitações na região.
Entretanto, nos últimos dias foram registradas chuvas importantes em todo Estado. Observou-se um acumulado de chuva em 72 horas de 54,6 milímetros em Fátima do Sul, 76,6 milímetros em Cassilândia e 40 milímetros em Rio Verde de Mato Grosso. De qualquer forma, a estiagem entre setembro e meados de outubro afetou consideravelmente as lavouras da região Sul, que estavam na fase de desenvolvimento das plantas. Em dezembro, essas lavouras iniciaram o período de enchimento de grãos e, agora, em janeiro, estão no período de maturação e colheita.
Os técnicos do Siga/MS estimam que as próximas semanas serão decisivas para a região Sul. Nesta semana é previsto o retorno das chuvas em alguns municípios. Se a previsão de 16 dias se confirmar, espera-se volumes de até 203 milímetros para a região, “o que ainda pode salvar muitas lavouras que não iniciaram o período de enchimento de grãos, especialmente aquelas implantadas em outubro e novembro”, avaliam.
O Projeto Siga/MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) é coordenado pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) em parceria com a Aprosoja/MS (Associação de Produtores de Soja de MS) e Famasul (Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul).
Mato Grosso do Sul
Durante uma expedição no rio Formoso, o fotógrafo Eli Martinez fez um registro notável da vida selvagem: duas impressionantes sucuris.
15 de janeiro de 2025
Durante uma expedição no rio Formoso, localizado em Bonito, Mato Grosso do Sul, o fotógrafo Eli Martinez fez um registro notável da vida selvagem: duas impressionantes sucuris. Conhecidas por seu tamanho e comportamento, essas serpentes atraem a atenção de muitos cientistas e entusiastas da natureza. A gravação feita por Martinez foi amplamente divulgada nas redes sociais, despertando grande interesse entre os internautas.
Segundo o fotógrafo, a experiência de estar nas proximidades de uma sucuri foi única. Observou que um dos exemplares havia se alimentado recentemente e estava em estado de repouso, economizando energia para a digestão. A cobra, aparentemente, não se incomodou com a presença da equipe de filmagem, continuando a descansar na margem do rio.
Como as Sucuris Digerem Presas de Grande Porte?
A digestão das sucuris, especialmente depois de ingerir presas de grandes dimensões, é um processo fascinante. Juliana de Souza Terra, doutora em Ecologia e especialista em répteis, explica que essas cobras possuem várias adaptações anatômicas para engolir animais grandes. A flexibilidade de sua mandíbula permite que possam abrir a boca em ângulos surpreendentes, em alguns casos até 180°, tornando possível a ingestão de presas como capivaras.
A elasticidade da pele e as costelas móveis também são fatores-chave que auxiliam na capacidade de consumo dessas serpentes. Após uma refeição substancial, sucuris podem levar semanas, ou até meses, para completar a digestão, devido à complexidade e ao tamanho dos animais ingeridos.
O Habitat e Comportamento das Sucuris
As sucuris habitam regiões como o Pantanal, sendo frequentemente encontradas nas águas calmas dos rios, como o Formoso. Durante a expedição, Martinez encontrou uma segunda sucuri em seu habitat natural, aproveitando a tranquilidade da vegetação ao redor. Esses répteis são mestres em movimentar-se através de túnel, uma habilidade que lhes permite viajar por locais inacessíveis aos predadores.
O comportamento discreto das sucuris é uma característica que fascina pesquisadores e biólogos. O fotógrafo conseguiu capturar imagens da serpente em sua toca, uma das experiências mais emocionantes da expedição. Caminhar em meio a uma vegetação densa e rastejar por sistemas de túnel só reforçou o respeito e a admiração que Martinez, e muitos outros, têm pela biodiversidade local.
Por que as Sucuris Causam Tanto Fascínio?
As sucuris representam um componente vital do ecossistema do Pantanal e são vistas com misto de temor e fascínio pelo público geral. Seu imponente tamanho, aliado ao comportamento singular, suscita muitas perguntas e teorias. A obra de Eli Martinez evidencia não apenas a majestade dessas criaturas, mas também a rica biodiversidade de Mato Grosso do Sul.
A exploração e estudo contínuo desses animais contribuem para o desenvolvimento de um maior entendimento sobre seu papel no meio ambiente. À medida que o conhecimento se amplia, cresce também o interesse pela conservação e respeito a esse animal tão intrigante. Os registros de Martinez servem como testemunho do delicado equilíbrio natural e a importância de preservá-lo. Seja em suas andanças aquáticas ou repousando entre as margens verdejantes, as sucuris permanecem como símbolos poderosos da dinâmica e vigorosa fauna brasileira.
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