domingo, 19 de janeiro, 2025
(67) 99983-4015
O garoto Vrajamany Rocha, de 11 anos, voltou à escola nesta semana. A rotina de estudos foi retomada, mas agora a família busca uma nova etapa na recuperação: Vrajamany já foi inscrito para tratamentos com especialistas e psicólogos e um dos objetivos é a colocação de uma prótese estética que ajude em seu equilíbrio.
Vrajamany teve o braço direito amputado depois de ter sido atacado por um tigre no zoológico de Cascavel, no Paraná, em 30 de julho, quando fazia uma visita ao pai dele, Marcos do Carlo Rocha. Em 7 de agosto, ele retornou a São Paulo, onde mora com a mãe, na Zona Norte da cidade, e tenta retomar a rotina de antes do incidente.
Segundo a mãe dele, Mônica Fernandes Santos, de 37 anos, o garoto sofre com a chamada "dor fantasma", uma espécie de efeito colateral psicológico decorrente da amputação do braço direito, mas está recebendo apoio da família e de amigos de escola para superar o trauma.
Para compartilhar as experiências que está tendo com o processo de recuperação e de adaptação do filho, Mônica criou um blog. Com cerca de uma semana no ar, uma média de 500 internautas por dia entraram em contato com Mônica pelo blog.
"Deram a sugestão de criar o blog para pedir doações, mas não achei isso legal, não. Mas como muita gente vinha me perguntar como ele estava, sobre a recuperação dele, achei que seria uma maneira direta e informal para falar sobre isso", explicou Mônica.
A quantidade de acessos e, consequentemente, de contatos, no entanto, criou uma dificuldade a mais. "Em uma semana, foi um número absurdo de contatos, e estou sem tempo para responder aos e-mails das pessoas. Ainda mais agora, que estou tendo de me dedicar ao meu filho. Mas estamos recebendo sugestões, inclusive sobre essa 'dor fantasma'", contou.
Segundo ela, pouco depois da amputação, o filho não sofria tanto com essas dores, que pioraram muito depois que ele voltou para São Paulo. "As dores aumentaram tanto que se tornaram insuportáveis. Então, eu decidi agarrá-lo por trás e pedi que ele massageasse o meu braço nos pontos onde ele estava sentindo estas 'dores'. Isso ajudou a aliviar. Experiências deste tipo que eu quero compartilhar com quem nos procura", disse.
Mônica diz que o filho já foi inscrito e está passando por triagem na Rede de Reabilitação Lucy Montoro do Hospital das Clínicas e deve iniciar em breve uma série de tratamentos, como o psicológico, terapia ocupacional, além de testes para a confecção e implantação de uma prótese estética.
"Esta prótese é necessária para fazer o balanceamento do corpo, que ficou assimétrico após a amputação do braço", disse.
Aos poucos, Vrajamany está retomando a rotina. Nesta semana, por exemplo, ele voltou à escola onde estuda. "Foi bastante emocionante porque, mais cedo, antes de ele chegar, alunos de várias classes deixaram recados de boas-vindas para ele. Os colegas se ofereceram para ajudar e não ficaram fazendo perguntas nem o provocando sobre o que aconteceu", contou Mônica.
A vontade de ajudar Vrajamany é tanta que, inclusive, tem gerado disputas entre as colegas de classe, segundo a mãe. "Até achei graça quando soube que as meninas estão brigando entre elas para ver quem o ajuda nas lições." A direção da escola ofereceu um notebook para que Vrajamany faça as lições, enquanto ele não aprende a escrever com a mão esquerda.
Para Mônica, não é possível falar em "normalidade" diante do que ocorreu e das consequências, mas o filho tem encarado todas as dificuldades "olhando para frente". "Ele está se sentindo acolhido. Foi ele mesmo que falou naquela entrevista (para o "Fantástico") que não estava olhando para trás", concluiu Mônica.
Mato Grosso do Sul
Durante uma expedição no rio Formoso, o fotógrafo Eli Martinez fez um registro notável da vida selvagem: duas impressionantes sucuris.
15 de janeiro de 2025
Durante uma expedição no rio Formoso, localizado em Bonito, Mato Grosso do Sul, o fotógrafo Eli Martinez fez um registro notável da vida selvagem: duas impressionantes sucuris. Conhecidas por seu tamanho e comportamento, essas serpentes atraem a atenção de muitos cientistas e entusiastas da natureza. A gravação feita por Martinez foi amplamente divulgada nas redes sociais, despertando grande interesse entre os internautas.
Segundo o fotógrafo, a experiência de estar nas proximidades de uma sucuri foi única. Observou que um dos exemplares havia se alimentado recentemente e estava em estado de repouso, economizando energia para a digestão. A cobra, aparentemente, não se incomodou com a presença da equipe de filmagem, continuando a descansar na margem do rio.
Como as Sucuris Digerem Presas de Grande Porte?
A digestão das sucuris, especialmente depois de ingerir presas de grandes dimensões, é um processo fascinante. Juliana de Souza Terra, doutora em Ecologia e especialista em répteis, explica que essas cobras possuem várias adaptações anatômicas para engolir animais grandes. A flexibilidade de sua mandíbula permite que possam abrir a boca em ângulos surpreendentes, em alguns casos até 180°, tornando possível a ingestão de presas como capivaras.
A elasticidade da pele e as costelas móveis também são fatores-chave que auxiliam na capacidade de consumo dessas serpentes. Após uma refeição substancial, sucuris podem levar semanas, ou até meses, para completar a digestão, devido à complexidade e ao tamanho dos animais ingeridos.
O Habitat e Comportamento das Sucuris
As sucuris habitam regiões como o Pantanal, sendo frequentemente encontradas nas águas calmas dos rios, como o Formoso. Durante a expedição, Martinez encontrou uma segunda sucuri em seu habitat natural, aproveitando a tranquilidade da vegetação ao redor. Esses répteis são mestres em movimentar-se através de túnel, uma habilidade que lhes permite viajar por locais inacessíveis aos predadores.
O comportamento discreto das sucuris é uma característica que fascina pesquisadores e biólogos. O fotógrafo conseguiu capturar imagens da serpente em sua toca, uma das experiências mais emocionantes da expedição. Caminhar em meio a uma vegetação densa e rastejar por sistemas de túnel só reforçou o respeito e a admiração que Martinez, e muitos outros, têm pela biodiversidade local.
Por que as Sucuris Causam Tanto Fascínio?
As sucuris representam um componente vital do ecossistema do Pantanal e são vistas com misto de temor e fascínio pelo público geral. Seu imponente tamanho, aliado ao comportamento singular, suscita muitas perguntas e teorias. A obra de Eli Martinez evidencia não apenas a majestade dessas criaturas, mas também a rica biodiversidade de Mato Grosso do Sul.
A exploração e estudo contínuo desses animais contribuem para o desenvolvimento de um maior entendimento sobre seu papel no meio ambiente. À medida que o conhecimento se amplia, cresce também o interesse pela conservação e respeito a esse animal tão intrigante. Os registros de Martinez servem como testemunho do delicado equilíbrio natural e a importância de preservá-lo. Seja em suas andanças aquáticas ou repousando entre as margens verdejantes, as sucuris permanecem como símbolos poderosos da dinâmica e vigorosa fauna brasileira.
Desenvolvimento
Formação em Fruticultura é oportunidade para aproveitar o "boom" da produção de laranjas no estado
14 de janeiro de 2025
Com o desenvolvimento econômico impulsionado, principalmente, pelo setor agropecuário, Mato Grosso do Sul deve ser um dos estados de maior destaque no país em 2025. A projeção do Produto Interno Bruto (PIB) de MS, segundo a Semadesc, para este ano indica um aumento de 6,8%, superando os R$ 227 bilhões, impulsionado pela chamada revolução do agronegócio e da agroindustrialização.
Além dos grandes empreendimentos no setor de florestas e celulose, a citricultura se destaca como um expoente de crescimento e investimentos na região. O Senar/MS oferece oportunidades de capacitação gratuita nas cadeias produtivas mais promissoras do estado.
De acordo com o Departamento Técnico do Sistema Famasul, o setor cítrico apresenta um potencial significativo de expansão em Mato Grosso do Sul, com a possibilidade de alcançar cerca de 30 mil hectares de laranja plantados nos próximos anos. A região conta com condições climáticas e de relevo favoráveis, disponibilidade de terras para cultivo, condições fitossanitárias adequadas e uma legislação rígida de controle de doenças, principalmente contra a ameaça do “greening”, que afetou pomares em todo o mundo, incluindo o maior produtor nacional, o Estado de São Paulo.
O ambiente favorável fez com que Mato Grosso do Sul fosse considerado o novo “cinturão citrícola” do país, atraindo grandes investimentos. O Grupo Cutrale, por exemplo, líder nas exportações brasileiras de cítricos, anunciou um aporte de R$ 500 milhões para o plantio de 5 mil hectares na Fazenda Aracoara, localizada na BR-060, entre Sidrolândia e Campo Grande. Já o Grupo Junqueira Rodas iniciou um projeto em Paranaíba, na região do Bolsão, com a meta de cultivar 1,5 mil hectares. Além disso, a Citrosuco, uma das maiores produtoras de suco de laranja do mundo, está avaliando a instalação de um empreendimento no estado, considerando municípios como Campo Grande, Três Lagoas e Paranaíba.
Incentivo
Com o intuito de impulsionar ainda mais a expansão da citricultura, desde dezembro, o Governo do Estado reduziu a carga tributária nas operações interestaduais com laranjas destinadas à industrialização. Até 2032, vigora a redução de 80% sobre o valor do ICMS próprio debitado na operação de saída com o produto, a título de montante do imposto cobrado nas operações ou nas prestações anteriores.
A medida de incentivo à citricultura coloca o estado em posição de destaque em nível nacional. O Brasil já é o maior produtor de suco de laranja do mundo, responsável por 80% de todos os copos consumidos globalmente. A cadeia é uma alternativa estratégica para a diversificação agrícola do estado, promovendo desenvolvimento com práticas sustentáveis e melhorando a qualidade do solo.
Senar capacita
A expansão do mercado de cítricos exige mão de obra qualificada para atender à demanda criada pelos novos empreendimentos. Pessoas que buscam capacitação formal para trabalhar nas lavouras de citros ou desejam uma mudança de carreira para iniciar uma jornada no agro têm à disposição o Curso Técnico em Fruticultura.
O Senar/MS está com inscrições abertas para a formação gratuita e semipresencial: 70% da carga horária acontece a distância e 30% de forma presencial, no polo de Campo Grande. A organização curricular oferece o desenvolvimento das competências profissionais referentes à produção, gestão e controle do processo produtivo de frutíferas.
O diretor do Centro de Excelência em Bovinocultura de Corte do Senar/MS, Gustavo Cavalca, destaca a oportunidade. “É evidente o crescimento da citricultura em Mato Grosso do Sul com a produção de laranja, e o limão também vem expandindo. Empresas do mercado mundial anunciam investimentos e empreendimentos no nosso estado. A expansão agroindustrial vai demandar muita mão de obra. Nosso curso técnico é perfeito para quem quer aproveitar o momento, entrar no agro, ser um técnico novo e diferente. Basta estudar conosco.”
Além da formação em Fruticultura, há outros seis cursos disponíveis, com 480 vagas abertas ao todo para 13 municípios.
As oportunidades incluem os cursos de Agropecuária, Florestas, Sistemas de Produção de Animais Ruminantes, Agronegócio, Zootecnia, Agricultura e Fruticultura. Com duração de dois anos, as formações têm como objetivo preparar os profissionais para as demandas do mercado e as inovações do setor agropecuário.
As inscrições vão até o dia 17 de janeiro de 2025, e todas as demais informações sobre os editais dos processos seletivos podem ser obtidas no site: etec.senar.org.br.
MAIS LIDAS