sábado, 18 de janeiro, 2025
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Pense bem no que significa o simples gesto de jogar lixo na rua ou em terrenos baldios de Coxim, quando este parte de alguém minimamente munido de informação e educação. Isto significa um imenso desprezo com o outro, ou seja, as pessoas que passam pelas ruas. Seja o outro a cidade em que se mora, ou o espaço público, ou até mesmo o meio ambiente que dá e mantém as condições de vida daquela criatura sujismunda e incauta.
Jogar lixo na rua é não estar nem aí com absolutamente ninguém e nem com si próprio. É não dar a mínima para o vizinho, para o coletivo e para as gerações que vierem depois. Parece exagero, mas até diria que é um dos símbolos mais banais do egoísmo humano, e um dos mais freqüentes, independente de classe social. Dizer que estava distraído só piora a situação. Atesta que a pessoa, em sua essência, age assim mesmo tanto em casa quanto nas ruas, a não ser que esteja vigilante ou sendo vigiada por alguém. O seu estado ‘natural’ é o de jogar o lixo na rua.
Em uma segunda análise, jogar lixo na rua significa um desprezo com o próprio material jogado fora. Jogado fora por quê? É algo que deve mesmo ser rejeitado, ou se trata de um material que poderia ser reutilizado, transformado em outra coisa ou valer dinheiro para quem o vende como material reciclável? Tratar como lixo um material que pode ser matéria-prima de outra coisa também é desprezar todo o recurso, esforço e energia que foram despendidos naquele objeto.
Multar o responsável pelo lixo jogado na rua seria um bom começo para cobrar de forma mais justa o preço da poluição. Ora, a poluição é algo que prejudica as pessoas e a vida ao entorno delas, e por isso não pode sair de graça. Cobrar uma tarifa bem ‘salgada’ funciona tanto como um inibidor para um comportamento prejudicial quanto para formar um fundo que ajude a remediar o problema. Além, é claro, de ser altamente educativo. Tem constrangimento maior do que ser autuado em flagrante e pagar uma polpuda multa?
Mas não basta apenas punir, é preciso premiar ou remunerar quem presta serviços sociais e ambientais. Além do ‘poluidor-pagador’, existe o princípio do ‘protetor-recebedor’ e uma política de pagamentos por serviços ambientais que pode ser colocada em prática, assim como incentivos tributários ecológicos.
Muitas cidades brasileiras já adotaram medidas semelhantes. A questão é saber usar as ferramentas econômicas a serviço da busca de um bem comum. Poder-se-ia levantar a hipótese de que uma fiscalização mais rigorosa seria no mínimo difícil e dispendiosa para os cofres públicos, mas não quando o fiscal passar a ser cada cidadão que resolva colaborar para um melhor visual da cidade fazendo apenas o trivial: denunciar às autoridades àqueles que insistem em manter hábitos nocivos à saúde humana.
Afinal de que vale a pena só cobrar do poder público ações efetivas de limpeza se não fazemos nós, a parte que nos cabe como vigilantes do meio ambiente? Para isso basta que cada cidadão de bem faça a sua parte denunciando os ‘porcalhões’ para depois sim, cobrar do poder público, o exemplo dado pela própria sociedade.
Mato Grosso do Sul
Durante uma expedição no rio Formoso, o fotógrafo Eli Martinez fez um registro notável da vida selvagem: duas impressionantes sucuris.
15 de janeiro de 2025
Durante uma expedição no rio Formoso, localizado em Bonito, Mato Grosso do Sul, o fotógrafo Eli Martinez fez um registro notável da vida selvagem: duas impressionantes sucuris. Conhecidas por seu tamanho e comportamento, essas serpentes atraem a atenção de muitos cientistas e entusiastas da natureza. A gravação feita por Martinez foi amplamente divulgada nas redes sociais, despertando grande interesse entre os internautas.
Segundo o fotógrafo, a experiência de estar nas proximidades de uma sucuri foi única. Observou que um dos exemplares havia se alimentado recentemente e estava em estado de repouso, economizando energia para a digestão. A cobra, aparentemente, não se incomodou com a presença da equipe de filmagem, continuando a descansar na margem do rio.
Como as Sucuris Digerem Presas de Grande Porte?
A digestão das sucuris, especialmente depois de ingerir presas de grandes dimensões, é um processo fascinante. Juliana de Souza Terra, doutora em Ecologia e especialista em répteis, explica que essas cobras possuem várias adaptações anatômicas para engolir animais grandes. A flexibilidade de sua mandíbula permite que possam abrir a boca em ângulos surpreendentes, em alguns casos até 180°, tornando possível a ingestão de presas como capivaras.
A elasticidade da pele e as costelas móveis também são fatores-chave que auxiliam na capacidade de consumo dessas serpentes. Após uma refeição substancial, sucuris podem levar semanas, ou até meses, para completar a digestão, devido à complexidade e ao tamanho dos animais ingeridos.
O Habitat e Comportamento das Sucuris
As sucuris habitam regiões como o Pantanal, sendo frequentemente encontradas nas águas calmas dos rios, como o Formoso. Durante a expedição, Martinez encontrou uma segunda sucuri em seu habitat natural, aproveitando a tranquilidade da vegetação ao redor. Esses répteis são mestres em movimentar-se através de túnel, uma habilidade que lhes permite viajar por locais inacessíveis aos predadores.
O comportamento discreto das sucuris é uma característica que fascina pesquisadores e biólogos. O fotógrafo conseguiu capturar imagens da serpente em sua toca, uma das experiências mais emocionantes da expedição. Caminhar em meio a uma vegetação densa e rastejar por sistemas de túnel só reforçou o respeito e a admiração que Martinez, e muitos outros, têm pela biodiversidade local.
Por que as Sucuris Causam Tanto Fascínio?
As sucuris representam um componente vital do ecossistema do Pantanal e são vistas com misto de temor e fascínio pelo público geral. Seu imponente tamanho, aliado ao comportamento singular, suscita muitas perguntas e teorias. A obra de Eli Martinez evidencia não apenas a majestade dessas criaturas, mas também a rica biodiversidade de Mato Grosso do Sul.
A exploração e estudo contínuo desses animais contribuem para o desenvolvimento de um maior entendimento sobre seu papel no meio ambiente. À medida que o conhecimento se amplia, cresce também o interesse pela conservação e respeito a esse animal tão intrigante. Os registros de Martinez servem como testemunho do delicado equilíbrio natural e a importância de preservá-lo. Seja em suas andanças aquáticas ou repousando entre as margens verdejantes, as sucuris permanecem como símbolos poderosos da dinâmica e vigorosa fauna brasileira.
Desenvolvimento
Formação em Fruticultura é oportunidade para aproveitar o "boom" da produção de laranjas no estado
14 de janeiro de 2025
Com o desenvolvimento econômico impulsionado, principalmente, pelo setor agropecuário, Mato Grosso do Sul deve ser um dos estados de maior destaque no país em 2025. A projeção do Produto Interno Bruto (PIB) de MS, segundo a Semadesc, para este ano indica um aumento de 6,8%, superando os R$ 227 bilhões, impulsionado pela chamada revolução do agronegócio e da agroindustrialização.
Além dos grandes empreendimentos no setor de florestas e celulose, a citricultura se destaca como um expoente de crescimento e investimentos na região. O Senar/MS oferece oportunidades de capacitação gratuita nas cadeias produtivas mais promissoras do estado.
De acordo com o Departamento Técnico do Sistema Famasul, o setor cítrico apresenta um potencial significativo de expansão em Mato Grosso do Sul, com a possibilidade de alcançar cerca de 30 mil hectares de laranja plantados nos próximos anos. A região conta com condições climáticas e de relevo favoráveis, disponibilidade de terras para cultivo, condições fitossanitárias adequadas e uma legislação rígida de controle de doenças, principalmente contra a ameaça do “greening”, que afetou pomares em todo o mundo, incluindo o maior produtor nacional, o Estado de São Paulo.
O ambiente favorável fez com que Mato Grosso do Sul fosse considerado o novo “cinturão citrícola” do país, atraindo grandes investimentos. O Grupo Cutrale, por exemplo, líder nas exportações brasileiras de cítricos, anunciou um aporte de R$ 500 milhões para o plantio de 5 mil hectares na Fazenda Aracoara, localizada na BR-060, entre Sidrolândia e Campo Grande. Já o Grupo Junqueira Rodas iniciou um projeto em Paranaíba, na região do Bolsão, com a meta de cultivar 1,5 mil hectares. Além disso, a Citrosuco, uma das maiores produtoras de suco de laranja do mundo, está avaliando a instalação de um empreendimento no estado, considerando municípios como Campo Grande, Três Lagoas e Paranaíba.
Incentivo
Com o intuito de impulsionar ainda mais a expansão da citricultura, desde dezembro, o Governo do Estado reduziu a carga tributária nas operações interestaduais com laranjas destinadas à industrialização. Até 2032, vigora a redução de 80% sobre o valor do ICMS próprio debitado na operação de saída com o produto, a título de montante do imposto cobrado nas operações ou nas prestações anteriores.
A medida de incentivo à citricultura coloca o estado em posição de destaque em nível nacional. O Brasil já é o maior produtor de suco de laranja do mundo, responsável por 80% de todos os copos consumidos globalmente. A cadeia é uma alternativa estratégica para a diversificação agrícola do estado, promovendo desenvolvimento com práticas sustentáveis e melhorando a qualidade do solo.
Senar capacita
A expansão do mercado de cítricos exige mão de obra qualificada para atender à demanda criada pelos novos empreendimentos. Pessoas que buscam capacitação formal para trabalhar nas lavouras de citros ou desejam uma mudança de carreira para iniciar uma jornada no agro têm à disposição o Curso Técnico em Fruticultura.
O Senar/MS está com inscrições abertas para a formação gratuita e semipresencial: 70% da carga horária acontece a distância e 30% de forma presencial, no polo de Campo Grande. A organização curricular oferece o desenvolvimento das competências profissionais referentes à produção, gestão e controle do processo produtivo de frutíferas.
O diretor do Centro de Excelência em Bovinocultura de Corte do Senar/MS, Gustavo Cavalca, destaca a oportunidade. “É evidente o crescimento da citricultura em Mato Grosso do Sul com a produção de laranja, e o limão também vem expandindo. Empresas do mercado mundial anunciam investimentos e empreendimentos no nosso estado. A expansão agroindustrial vai demandar muita mão de obra. Nosso curso técnico é perfeito para quem quer aproveitar o momento, entrar no agro, ser um técnico novo e diferente. Basta estudar conosco.”
Além da formação em Fruticultura, há outros seis cursos disponíveis, com 480 vagas abertas ao todo para 13 municípios.
As oportunidades incluem os cursos de Agropecuária, Florestas, Sistemas de Produção de Animais Ruminantes, Agronegócio, Zootecnia, Agricultura e Fruticultura. Com duração de dois anos, as formações têm como objetivo preparar os profissionais para as demandas do mercado e as inovações do setor agropecuário.
As inscrições vão até o dia 17 de janeiro de 2025, e todas as demais informações sobre os editais dos processos seletivos podem ser obtidas no site: etec.senar.org.br.