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Mais de 70% das lavouras de soja apresentam boas condições de desenvolvimento, atesta Projeto Siga/M

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16 de janeiro de 2025

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João Prestes, Comunicação Semadesc

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Relatório sobre as condições de desenvolvimento das lavouras da soja feito por técnicos do Projeto Siga/MS na segunda semana de janeiro mantém a expectativa de produção aproximada em 14 milhões de toneladas para a safra 2024/2025, com produtividade média de 51,7 sacas por hectare. Em média, as lavouras de soja em Mato Grosso do Sul estão em condições boas (70,9%) de desenvolvimento, enquanto 17,7% foram consideradas regulares e 11,4% ruins.

A Região Norte está em melhor condição, com 93,5% das lavouras em situação boa e 6,5% regular. Já as lavouras da região Sul apresentam as piores condições de desenvolvimento, com 39,5% consideradas boas, 34,6% regulares e 25,6% ruins. No total, foram cultivadas 4.501 milhões de hectares com soja na safra atual.

A escassez de chuvas impactou a Agricultura especialmente a região Sul do Estado, com cerca de 24 municípios considerados abaixo da produtividade média estadual estimada. Em 30 dias de seca moderada, ocorreram poucas chuvas variando entre 1,4 milímetro e 66,6 milímetros, e 10 dias de seca severa sem precipitações na região.

Entretanto, nos últimos dias foram registradas chuvas importantes em todo Estado. Observou-se um acumulado de chuva em 72 horas de 54,6 milímetros em Fátima do Sul, 76,6 milímetros em Cassilândia e 40 milímetros em Rio Verde de Mato Grosso. De qualquer forma, a estiagem entre setembro e meados de outubro afetou consideravelmente as lavouras da região Sul, que estavam na fase de desenvolvimento das plantas. Em dezembro, essas lavouras iniciaram o período de enchimento de grãos e, agora, em janeiro, estão no período de maturação e colheita.

Os técnicos do Siga/MS estimam que as próximas semanas serão decisivas para a região Sul. Nesta semana é previsto o retorno das chuvas em alguns municípios. Se a previsão de 16 dias se confirmar, espera-se volumes de até 203 milímetros para a região, “o que ainda pode salvar muitas lavouras que não iniciaram o período de enchimento de grãos, especialmente aquelas implantadas em outubro e novembro”, avaliam.

O Projeto Siga/MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) é coordenado pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) em parceria com a Aprosoja/MS (Associação de Produtores de Soja de MS) e Famasul (Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul).
 

Economia

Riedel promete "churrasco" em frente ao Carrefour para defender carne de MS

Após brincadeira, governador destacou que País deve receber selo livre de aftosa em maio

Riedel promete "churrasco" em frente ao Carrefour para defender carne de MS

16 de janeiro de 2025

Riedel promete "churrasco" em frente ao Carrefour para defender carne de MS

 

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Um churrasquinho em frente a uma loja qualquer do Carrefour em Paris, na França, é o que o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB) promete incluir no roteiro de viagem caso participe da agenda internacional que entregará o certificado de país produtor livre de febre aftosa em maio

A brincadeira foi feita durante agenda que o chefe do Executivo cumpriu hoje (16) na Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária e Animal) em mais uma resposta à declaração feita SEO da rede varejista fez na rede social X em novembro do ano passado, colocando em dúvida a qualidade da carne do Mercosul.
Após a fala, ele destacou que o rebanho bovino do Estado e de todo o Brasil receberá o selo dentro de alguns meses.


"Nosso crescimento passa pela credibilidade que o Mato Grosso do Sul tem e que o Brasil tem conquistado em relação aos seus produtos. É por isso que a hora que uma Danone ou um Carrefour [aparecer] na televisão falando bobagem, a gente pode, com altivez e credibilidade, responder à altura e a resposta vai ser lá em maio, em Paris, na assinatura do Mato Grosso do Sul livre de aftosa. Eles [produtores] estarão lá, vamos fazer um churrasquinho em frente ao Carrefour", brincou. 


O governador continuou. "É para garantir e mostrar que aquilo que o Senado francês falou em relação à nossa carne não é verdade, não colocamos lixo no prato de ninguém, a gente tem um produto de altíssima qualidade, exportado para mais de centenas de países, e isso a gente tem que mostrar para o mundo, não ter receio do que a gente construiu", completou. 


Ao finalizar a fala, Riedel defendeu o trabalho do produtor rural do Estado e afirmou que a carne sul-mato-grossense é uma das melhores no aspecto sanitário em todo o mundo.


"[A qualidade] é uma conquista de Mato Grosso do Sul, em que a Iagro e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento foram muito protagonistas, mas acima de tudo o produtor rural, que no dia a dia fez o seu dever de casa, o seu trabalho, conquistou e fez por merecer esse status que vem a benefício da própria produção rural, a partir do momento que a gente consegue atingir novos mercados, valorizar nosso produto e todo mundo está de parabéns nesse sentido", concluiu.


4º maior exportador, recorde e selo - Mato Grosso do Sul é o quarto estado brasileiro que mais exporta carne bovina. Em 2024, alcançou recorde no número de exportações.


Quanto ao selo que o Estado e o País receberão em maio, segundo o governador, o secretário de Desenvolvimento, Jaime Verruck lembra que Mato Grosso do Sul já tem a maior nota do Brasil em sistema de vigilância, de 3,95. Ele esclarece que, agora, se trata de conseguir uma certficação internacional.


Aí, todo esse material é levado para a Organização Mundial de Saúde Animal. Em maio, ela vai falar assim: vocês estão livres de febre aftosa. Ponto. Não tem mais o com ou sem. O Brasil está pleiteando essa designação, mas isso, isso não está garantido ainda pra nós. Entendemos que sim, o ministério de Agricultura e Pecuária entende que o país pelas notas que teve, pelas auditorias que teve", esclareceu. 


A última vacinação contra a aftosa foi realiza em novembro de 2022 no Estado. "Tem todo um critério, um planejamento estratégico pra você tirar a vacina. Ela deixou de ser uma ferramenta, ela é substituída por uma vigilância mais ativa, que é isso que nós estamos fazendo agora. Então com uma vigilância, com uso de inteligência, a vacina não se torna uma ferramenta, a ferramenta está na vigilância", justificou o diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold.


Agenda na Suíça - A viagem internacional mais próxima marcada oficialmente para o governador será para Zurique, a capital da Suíça. Em 23 de janeiro, ele participará do Brazil Economic Forum 2025.
Riedel foi convidado para falar no evento ao lado do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, além de Celso Fiori, diretor de soluções climáticas naturais e bioenergia da Mercuria no Brasil, sobre “o papel estratégico do Brasil na transição energética”. O tema será debatido em um dos painéis do fórum.
 

Economia

Brasil deve registrar 2º maior déficit nominal do mundo em 2025, projeta BTG

País é o único de seus pares emergentes no pódio que apresenta uma piora no resultado fiscal entre 2024 e 2025

Brasil deve registrar 2º maior déficit nominal do mundo em 2025, projeta BTG

15 de janeiro de 2025

Brasil deve registrar 2º maior déficit nominal do mundo em 2025, projeta BTG

 

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Porém, Giambiagi aponta que a mudança ainda não é suficiente para estabilizar a dívida pública.O Brasil caminha para se consolidar em 2025 como segundo país com maior déficit nominal do mundo, de acordo com relatório do BTG Pactual. A projeção macroeconômica coloca o saldo negativo do governo neste ano em 8,6% do Produto Interno Bruto (PIB).


O levantamento conta com 22 países e projeta que somente a Bolívia ficará na frente do Brasil neste ano, com déficit médio de 9,7% do PIB. Em 2024, é esperado que saldo negativo impacte 7,8% do PIB, segundo o relatório do BTG.


A Índia e China, com resultado fiscal negativo de 7,6% do PIB, seguem o Brasil no ranking com diferença de cerca de 1 ponto percentual, consolidando a vice-liderança brasileira.


O déficit nominal é o resultado das receitas menos as despesas do governo, incluindo o pagamento de juros da dívida pública, refletindo o resultado fiscal total. O indicador é importante para apontar a saúde financeira de um país e traz perspectivas sobre a trajetória da dívida pública.


O Brasil é o único de seus pares emergentes no pódio que apresenta uma piora no resultado fiscal entre 2024 e 2025. A expectativa é que os déficits tanto Bolívia quanto Índia caiam ao menos 0,7% e 0,2% entre os anos respectivamente.


O cenário fiscal negativo projetado para o Brasil também fica acima da média esperada para os países emergentes, cujo déficit é projetado em 5,7% do PIB dos países que se encaixam nessa denominação.
Para Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, o desequilíbrio nos resultados é consequência de um cenário contínuo nos gastos do governo.


“Esse é o resultado do desajuste fiscal dos últimos dois anos. Enquanto não entrarmos em um cenário de déficit primário mais elevado e que, consequentemente, traz mais estabilidade ao cenário econômico e a possibilidade de baixar a taxa de juros lá na frente”, explica.


Vale ressalta que a única escolha que não piora o cenário fiscal do Brasil é a melhora das políticas fiscais.
Na América Latina, países como México, Chile, Colômbia e Peru ficam abaixo dessa projeção, com déficits abaixo de 4% do PIB no mesmo período e em queda entre os anos.

Incertezas fiscais
Em novembro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou um pacote de medidas fiscais cuja intenção era dar fôlego ao arcabouço fiscal.
A regra limita os crescimento dos gastos do governo a 2,5% além da inflação – em momentos de expansão da economia. O que se argumentava é que algumas despesas do Executivo, porém, não se adequavam ao limitante.
Uma das soluções propostas pela equipe econômica – e aprovada pelo Congresso em dezembro – é a de limitar o crescimento do salário-mínimo a esta mesma taxa.


A regra antiga propunha uma correção mais generosa: o valor do ano anterior seria elevado corrigido pelo produto entre a inflação apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos últimos 12 meses e o Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes


Porém, Giambiagi aponta que a mudança ainda não é suficiente para estabilizar a dívida pública.
A nova regra de valorização do salário-mínimo proposta pelo governo no final de 2024 ainda não é suficiente para viabilizar o arcabouço fiscal, avaliou Fabio Giambiagi, economista e pesquisador do FGV/Ibre, em entrevista ao WW.


“Se a regra for mantida, nós iremos rumo a uma crise muito séria. É inviável a política fiscal do governo com essa regra”, afirmou.
Giambiagi pontua ainda que a mudança ainda não é suficiente para estabilizar a dívida pública.
“Em um ano, a taxa aumenta essa despesa em mais de R$ 14 bilhões. No segundo ano são R$ 29 bilhões, e o impacto na dívida, com o efeito inicial, já é de R$ 43 bilhões. No terceiro ano, o plus da dívida já será R$ 86 bilhões, e assim sucessivamente”, escreveu em artigo publicado no Brazil Journal.