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As Aventuras de Peabody e Sherman

As Aventuras de Peabody e Sherman (2014): animação não decepciona

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30 de mar�o de 2014

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Bernardo Argollo

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Mesmo com muitos clichês, longa consegue divertir as crianças com seus personagens carismáticos e situações inusitadas.

 

Adaptar um desenho animado educativo dos anos 60 em um blockbuster familiar não é tarefa das mais fáceis. Mesmo assim, o cineasta Rob Minkoff, do eterno “O Rei Leão”, aceita o desafio e nos entrega este despretensioso “As Aventuras de Peabody e Sherman”. Contando uma historinha ingênua e bem intencionada, o filme cativa pela simpatia.

Dotado de inteligência e retórica admiráveis, o cão Peabody não conseguiu ser o animal de estimação de nenhuma criança quando filhote. Após ter sua carreira consolidada (incluindo um prêmio Nobel!), ele adota o menino Sherman. Ao longo de seus sete anos de vida, o garoto aprendeu História viajando em uma máquina do tempo construída pelo pai. Versado na disciplina, Sherman se envolve em uma briga com a antipática Penny no seu primeiro dia de aula. Eis que, para acalmar os ânimos e não perder a guarda do menino, Peabody chama os pais da garota para jantar. Pressionado, Sherman revela a máquina a Penny que, encantada com o dispositivo, resolve viajar para o Egito Antigo.

Como já esperado de uma animação da DreamWorks, o longa não decepciona em seus aspectos técnicos. Sem cometer o erro de querer criar uma aparência “real” demais para os personagens, algo que sabotou o razoável “Final Fantasy”, Minkoff aposta em figuras estilizadas que não só homenageiam a animação tradicional em seu design, como são incrivelmente expressivas. Cheio de trejeitos que oscilam do óbvio ao mais sutil, o elenco virtual do projeto não deixa a desejar. Sherman é muito carismático, o que não impede que os coadjuvantes também brilhem, com destaque para a galeria de figuras históricas que inclui desde uma Mona Lisa mau  humorada até um obstinado guerreiro grego.

O 3D do longa não chega a ser um exemplo de boa utilização do recurso, já que os realizadores abusam de planos criados apenas para que algo saia da tela. Há que se ressaltar, contudo, que Minkoff e seu diretor de fotografia compreendem que o 3D exige grande profundidade de campo em planos abertos, empregando-a na maior parte do tempo.

Embalado pela trilha sonora do mestre Danny Elfman (de “O Estranho Mundo de Jack”), o longa tem sua parcela de problemas. Além de apostar em diversas muletas narrativas, o roteiro investe em um arco dramático artificial e pouco convincente para a personagem Penny. Ainda mais complicado do que aceitar a súbita mudança de caráter da garota (do tipo menina-mimada-que-aprende-o-valor-da-amizade), é entender o afeto que Sherman passa a nutrir por ela, em uma situação que representa o clichê dos clichês. Parece até um caso de Síndrome de Estocolmo.

Aliás, “As Aventuras de Peabody e Sherman” é uma animação nitidamente voltada para crianças. Seus personagens repetem as mesmas informações várias vezes e as piadas se limitam a gags físicas. É provável, portanto, que os pais que levam seus filhos ao cinema (e os irmãos mais velhos) se sintam um pouco entediados durante a projeção, já que a película não se preocupa em entreter os mais “crescidos”.

Contando ainda com uma boa dublagem em português (dublador estreante, Alexandre Borges está muito bem como o Sr. Peabody), o filme consegue dialogar com algumas questões contemporâneas. A questão do preconceito direcionado às famílias diferentes do tradicional é levemente abordada, assim como o bullyingenfrentado por seus membros. Engraçadinhos e espirituosos, Peabody e Sherman ainda despertarão nas crianças a curiosidade sobre passagens importantes da história da humanidade. Os pais e professores agradecem.

 

Bernardo Argollo é estudante de Engenharia Mecânica pela UFBA, mas sempre teve o cinema como paixão e buscou entender seus mecanismos. Fez diversos cursos na área do audiovisual como roteiro, fotografia e linguagem cinematográficas.

Cinema

Famosos marcam presença na pré-estreia do filme 'Grande Sertão', no Rio

O evento aconteceu em um cinema da Zona Sul do Rio de Janeiro.

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7 de junho de 2024

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Diversos famosos marcaram presença, nesta quarta-feira, 5 de junho, na pré-estreia do filme “Grande Sertão”. O evento aconteceu em um cinema da Zona Sul do Rio de Janeiro e atraiu nomes como Antônio Fagundes e sua esposa, Alexandra Martins, além de outros membros do elenco e celebridades do entretenimento brasileiro.
Presenças ilustres
Além de Antônio Fagundes e Alexandra Martins, a pré-estreia contou com a presença dos protagonistas Caio Blat e Luisa Arraes. Outros integrantes do elenco, como Rodrigo Lombardi, Vittória Seixas, Anna Rita Cerqueira, Vitória Strada, Emanuelle Araújo, Heloísa Périssé, Carolina Dieckmann e seu marido Tiago Worcman, Eduardo Sterblitch e sua esposa Louise D’Tuani, e Luís Miranda, também compareceram ao evento.
O Filme
“Grande Sertão” é uma adaptação para a realidade da periferia urbana do clássico romance “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa. No filme, a comunidade “Grande Sertão” é controlada por facções criminosas, onde uma luta entre policiais e bandidos assume ares de guerra.
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O roteiro, escrito pelo diretor pernambucano e Jorge Furtado, transpõe a violência dos jagunços para o cenário das organizações criminosas em uma periferia urbana cercada por muros gigantescos. A história, ambientada em um tempo indeterminado, busca fazer jus ao texto de Guimarães Rosa, utilizando elementos do teatro e do cinema para dar vida à narrativa.
Filipe Bragança sobre feminilidade de Magal: ‘Acho necessário’
“Grande Sertão” chega aos cinemas nesta quinta-feira, 6 de junho, mostrando como as questões abordadas por Guimarães Rosa em 1956 continuam atuais e relevantes. A adaptação promete trazer uma nova perspectiva para um clássico da literatura brasileira, contextualizando-o em uma realidade contemporânea.
Caio Blat
Rodrigo Lombardi
Luisa Arraes
Guel Arraes
 

Cinema

Crítica: ‘Jogos Mortais X’ refresca a engrenagem cansada da franquia

Muito se perguntou como isso iria acontecer, mas o bom do universo do terror é que sempre existem lacunas que podemos preencher com novas histórias.

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4 de outubro de 2023

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O retorno da franquia “Jogos Mortais” veio e com força, estreando no final de setembro e com muita expectativa, já que seria o grande retorno de Jigsaw, desde o último longa em 2017, com Tobin Bell como John Kramer. É verdade, em 2021 tivemos um spin-off, fraquíssimo e que mal podemos chamar de parte da franquia oficial, chamado de “Espiral”.  Em 2010 foi anunciado que o encerramento do slasher policial aconteceria com o seu sétimo filme. Depois, com a popularização de reboots e remakes de clássicos, era hora de ‘jogar mais um jogo’. Por isso, o décimo filme veio carregado de expectativas: Primeiro com o anúncio de que seria uma história direta da franquia. Segundo, dois personagens clássicos estão de volta: Kramer e Amanda (Shawnee Smith), sua fiel e amada discípula que morreu no terceiro filme ao perder a cabeça e não jogar conforme as regras. Muito se perguntou como isso iria acontecer, mas o bom do universo do terror é que sempre existem lacunas que podemos preencher com novas histórias. Veja “Premonição”: O último filme lançado faz par com o primeiro e assim o ciclo se mostra ainda mais abrangente, já que tudo pode ser colocado e ninguém morre de fato em um mundo. Basta um pouco de imaginação. Pois bem, “Jogos Mortais X” é um retorno grandioso da franquia, promissor, mas apresenta mecânicas cansativas que deixa a desejar em alguns pontos.