segunda, 20 de janeiro, 2025
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Embora os números finais da safra 2013/2014 só sejam fechados pelo IBGE no próximo dia 16, a projeção do Sindicato Rural é que Sidrolândia tenha colhido a maior safra de soja da sua história, atingindo 487 mil toneladas, com produtividade média de 50 sacas por hectare, melhor que as 44 sacas obtidas na safra 2012/2013.
Este rendimento é superior a média estadual que ficou em 45 sacas por hectare. A cidade é o terceiro maior pólo da sojicultura estadual, atrás apenas de Ponta Porã (onde foram cultivados 180 mil hectares) e Maracaju com área plantada de 230 mil hectares e colheita de 695,5 ml toneladas.
A produção atual foi 34% maior que a de 2012/2013, embora a área plantada tenha aumentado 14% (de 142 para 162 mil hectares). Este incremento reflete o crescimento da produtividade em 21,95% (de 41 para 50 sacas). O município responde por aproximadamente 7% de toda a soja produzida no Estado (7 milhões de toneladas).
Embora tenha havido problemas pontuais de quebra de produtividade com as variedades de soja de variedades super-precoce em função da falta de chuva na hora da colheita, o presidente do Sindicato Rural, Rogério Menezes, avalia como “positiva” a safra que combinou boa produção com bons preços competitivos. “Na região do Piqui tivemos casos de produtores com quebra de 50%, que colheram entre 20 e 25 sacas por hectare”, explica.
No outro extremo, há produtores como ele e o prefeito Ari Basso, com propriedades na saída para Nioaque, asseguraram produtividade entre 60 e 70 sacas. Cesar, que plantou 2 mil hectares, obteve produtividade de 63 sacas por hectare (a mesma da safra anterior), diz que para atingir este desempenho é necessário um investimento pesado em tecnologia, com correção do solo e adubação.
Preocupação
Embora o setor agrícola passe por um momento positivo, os produtores estão preocupados com a emenda de medida provisória criada pelo Governo Federal que prevê a criação de taxa de 9% sobre a exportação da soja. A medida é considerada pela Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul) como um desastre que trará impactos imediatos ao Estado e limitará as exportações.
A Federação classificou como irresponsável a forma discreta da tramitação da emenda que propõe cobrança de Programa de Integração Social (PIS) e de Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) sobre as exportações agrícolas no Congresso Nacional.
De acordo com o diretor tesoureiro da Famasul, Almir Dalpasquale, caso aprovada, a taxa servirá como precedente para a criação de novos tributos voltados para a agropecuária. “Além de tirar a competitividade de mercado, essa tentativa de tarifar as exportações atingirá significativamente a produção brasileira, em especial a Região Centro-Oeste, que depende diretamente da agricultura”, destaca Dalpasquale.
Junto com a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS), a Famasul busca apoio da bancada agropecuária do Estado para barrar a emenda. “Estamos mobilizando os parlamentares para evitar a tramitação da emenda. O produtor rural do Centro-Oeste tem um custo extra de transporte, devido à localização e à estrutura logística e portuária ineficientes. A aprovação de uma taxa de 9% sobre as exportações vai gerar um desequilíbrio econômico e social na região”, enfatizou o presidente da Aprosoja/MS, Maurício Saito.
Além da emenda sugerida pela União, o Ministério Público Federal pede a suspensão da comercialização de nove defensivos agrícolas no país, inclusive o glifosato, utilizado no controle de plantas daninhas nas lavouras. “O Brasil planta transgênicos e é dependente desses produtos para o desenvolvimento positivo das lavouras. É indiscutível o papel dessas moléculas na evolução dos números de produção e nas exportações que se consagram como o equilíbrio da balança comercial brasileira”, reforçou Dalpasquale.
Histórico da Produção de Sidrolândia
Ano - Área plantada - Produção Colhida
2004 - 85 mil hectares - 178.500 toneladas
2005 – 94.800 hectares- 199.800 toneladas
2006 – 93 mil hectares - 231.900 toneladas
2007 – 95 mil hectares – 267.900 toneladas
2008 - 95 mil hectares - 256.900 toneladas
2009 – 97 mil hectares - 238.620 toneladas
2010 – 115 mil hectares – 345.000 toneladas
2011 -120 mil hectares - 194.400 toneladas
2012 – 130 mil hectares – 358 mil toneladas
2013- 142 mil hectares – 361 mil toneladas
2014 – 162 mil hectares -486 mil toneladas
Economia
Economistas explicam que outros fatores têm mais peso no preço. Inclusão do alimento na cesta básica foi uma das principais polêmicas da reforma, que só vai ser totalmente implementada em 2033.
20 de janeiro de 2025
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta quinta-feira (16) a primeira lei que regulamenta a reforma tributária e manteve as carnes de boi, frango, porcos, bodes e cabras com alíquota zero dentro da cesta básica nacional.
Nada muda agora: a reforma tributária só vai ser totalmente implementada em 2033, depois de uma transição gradual que vai começar em 2026.
Até por isso, economistas e tributaristas entrevistados pelo g1 entendem que não dá para afirmar que a carne vai ficar mais barata apenas por ser parte da cesta básica na reforma.
Afinal, o preço da proteína não é decidido só por impostos: também pesam outros fatores, como o dólar, se existe mais ou menos oferta de carne no mercado e também a renda do consumidor. Até os eventos climáticos, como a seca, têm feito o alimento encarecer. Entenda mais abaixo.
Como é hoje
Atualmente, as carnes já são isentas de impostos federais, como o Programa de Integração Social (PIS), a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
A cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é um tributo estadual, e do Imposto Sobre Serviços (ISS), municipal, pode variar de acordo com a localidade.
Com a reforma tributária, todos esses impostos serão unificados. Para Cristiano Correa, professor de finanças do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec-SP), o objetivo não é baratear os produtos, mas tornar uma tributação complexa em algo simples.
A tendência geral é que o imposto zerado para carnes se reflita no preço final e, consequentemente, beneficie o consumidor, diz Victoria Rypl, da Andersen Ballão Advocacia e especialista em direito tributário.
Mas os empresários não são obrigados a repassar a isenção do imposto porque o tributo é um custo, assim como os materiais comprados para fazer o produto, o transporte, etc., complementa a advogada e professora de direito tributário na FGV-Rio Bianca Xavier.
“Ele pode passar a redução do custo tarifário para o consumidor e diminuir o preço final do produto ou pode manter o preço e aumentar o seu lucro, já que seu custo foi menor”, explica.
inda que haja repasse, em localidades onde o imposto é menor atualmente, essa isenção não deverá causar tanto impacto no preço final, avalia Cícero Zanetti, doutor em economia aplicada e pesquisador do FGV Agro.
Rypl entende que pode existir impacto maior no estado de São Paulo, onde a tributação é mais alta.
“Em São Paulo, por exemplo, é cobrado um ICMS de 11% sobre as carnes comercializadas para o consumidor final dentro do estado e 7% para as que saem do estado. Com a reforma e a isenção, provavelmente o seu preço vai diminuir”, diz a tributarista.
Agronegócio
Relatório sobre as condições de desenvolvimento das lavouras da soja feito por técnicos do Projeto Siga/MS na segunda semana de janeiro mantém a expectativa de...
16 de janeiro de 2025
Relatório sobre as condições de desenvolvimento das lavouras da soja feito por técnicos do Projeto Siga/MS na segunda semana de janeiro mantém a expectativa de produção aproximada em 14 milhões de toneladas para a safra 2024/2025, com produtividade média de 51,7 sacas por hectare. Em média, as lavouras de soja em Mato Grosso do Sul estão em condições boas (70,9%) de desenvolvimento, enquanto 17,7% foram consideradas regulares e 11,4% ruins.
A Região Norte está em melhor condição, com 93,5% das lavouras em situação boa e 6,5% regular. Já as lavouras da região Sul apresentam as piores condições de desenvolvimento, com 39,5% consideradas boas, 34,6% regulares e 25,6% ruins. No total, foram cultivadas 4.501 milhões de hectares com soja na safra atual.
A escassez de chuvas impactou a Agricultura especialmente a região Sul do Estado, com cerca de 24 municípios considerados abaixo da produtividade média estadual estimada. Em 30 dias de seca moderada, ocorreram poucas chuvas variando entre 1,4 milímetro e 66,6 milímetros, e 10 dias de seca severa sem precipitações na região.
Entretanto, nos últimos dias foram registradas chuvas importantes em todo Estado. Observou-se um acumulado de chuva em 72 horas de 54,6 milímetros em Fátima do Sul, 76,6 milímetros em Cassilândia e 40 milímetros em Rio Verde de Mato Grosso. De qualquer forma, a estiagem entre setembro e meados de outubro afetou consideravelmente as lavouras da região Sul, que estavam na fase de desenvolvimento das plantas. Em dezembro, essas lavouras iniciaram o período de enchimento de grãos e, agora, em janeiro, estão no período de maturação e colheita.
Os técnicos do Siga/MS estimam que as próximas semanas serão decisivas para a região Sul. Nesta semana é previsto o retorno das chuvas em alguns municípios. Se a previsão de 16 dias se confirmar, espera-se volumes de até 203 milímetros para a região, “o que ainda pode salvar muitas lavouras que não iniciaram o período de enchimento de grãos, especialmente aquelas implantadas em outubro e novembro”, avaliam.
O Projeto Siga/MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) é coordenado pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) em parceria com a Aprosoja/MS (Associação de Produtores de Soja de MS) e Famasul (Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul).
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