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Avião que explodiu em Ubatuba pertence a fazendeiro investigado por fraude em MS

A Justiça determinou inicialmente o bloqueio de bens no valor de R$ 423 milhões, mas a decisão foi revisada, restringindo o confisco a uma fazenda em Costa Rica

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10 de janeiro de 2025

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Jhefferson Gamarra/CGNEWS

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Cidades

O avião que explodiu após ultrapassar a pista durante tentativa de pouso em Ubatuba, litoral de São Paulo, na manhã desta quinta-feira (9), pertence à família Fries, que atua no ramo do agronegócio nos estados de Goiás e Mato Grosso do Sul. A aeronave PR-GFS, registrada junto à  Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), tem como proprietários o produtor rural Nelvo Fries, além de membros de sua família, como Maria Gertrude Fries, Mireylle Fries, Celso Fries, Leyna Fries e Crystopher Fries 
 

Nelvo Fries, que não estava no avião no momento do acidente, foi alvo da Operação Grãos de Ouro, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) em Mato Grosso do Sul em 2018. A operação investigava fraudes fiscais relacionadas ao ICMS no setor agrícola. À época, o produtor rural foi acusado de obter vantagens financeiras ilícitas, estimadas em R$ 44 milhões, por meio de sonegação tributária.

A Justiça determinou inicialmente o bloqueio de bens no valor de R$ 423 milhões, mas a decisão foi revisada, restringindo o confisco a uma fazenda em Costa Rica, na região norte de Mato Grosso do Sul, avaliada em R$ 51 milhões. O processo que envolve Nelvo Fries tramita na 1ª Vara Criminal de Campo Grande, com audiências para ouvir testemunhas marcadas para maio e junho deste ano.

Acidente - O avião decolou do Aeroporto Municipal de Mineiros, em Goiás, e tentou pousar em Ubatuba sob condições meteorológicas adversas, com chuva e pista molhada, conforme informações da administradora do aeroporto Rede Voa. A aeronave colidiu na Praia do Cruzeiro, causando uma explosão. 
Cinco pessoas estavam a bordo. O piloto, Paulo Seghetto, que foi resgatado com vida, mas morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Entre os passageiros estavam Mireylle Fries, filha de Maria Gertrude Fries, o genro Bruno Almeida Souza, e dois netos da fazendeira, que também foram socorridos.
Uma pessoa que estava na orla foi atingida pelos destroços e sofreu uma fratura, sendo socorrida pelo Samu. A Santa Casa de Ubatuba informou que os feridos estão estáveis e seguem em atendimento. 
 

Economia

Entenda se a reforma tributária vai deixar a carne mais barata

Economistas explicam que outros fatores têm mais peso no preço. Inclusão do alimento na cesta básica foi uma das principais polêmicas da reforma, que só vai ser totalmente implementada em 2033.

Entenda se a reforma tributária vai deixar a carne mais barata

20 de janeiro de 2025

Entenda se a reforma tributária vai deixar a carne mais barata

 

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta quinta-feira (16) a primeira lei que regulamenta a reforma tributária e manteve as carnes de boi, frango, porcos, bodes e cabras com alíquota zero dentro da cesta básica nacional.

Nada muda agora: a reforma tributária só vai ser totalmente implementada em 2033, depois de uma transição gradual que vai começar em 2026.

Até por isso, economistas e tributaristas entrevistados pelo g1 entendem que não dá para afirmar que a carne vai ficar mais barata apenas por ser parte da cesta básica na reforma.
Afinal, o preço da proteína não é decidido só por impostos: também pesam outros fatores, como o dólar, se existe mais ou menos oferta de carne no mercado e também a renda do consumidor. Até os eventos climáticos, como a seca, têm feito o alimento encarecer. Entenda mais abaixo.

Como é hoje
Atualmente, as carnes já são isentas de impostos federais, como o Programa de Integração Social (PIS), a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

A cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é um tributo estadual, e do Imposto Sobre Serviços (ISS), municipal, pode variar de acordo com a localidade.
Com a reforma tributária, todos esses impostos serão unificados. Para Cristiano Correa, professor de finanças do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec-SP), o objetivo não é baratear os produtos, mas tornar uma tributação complexa em algo simples.

A tendência geral é que o imposto zerado para carnes se reflita no preço final e, consequentemente, beneficie o consumidor, diz Victoria Rypl, da Andersen Ballão Advocacia e especialista em direito tributário.
Mas os empresários não são obrigados a repassar a isenção do imposto porque o tributo é um custo, assim como os materiais comprados para fazer o produto, o transporte, etc., complementa a advogada e professora de direito tributário na FGV-Rio Bianca Xavier.


“Ele pode passar a redução do custo tarifário para o consumidor e diminuir o preço final do produto ou pode manter o preço e aumentar o seu lucro, já que seu custo foi menor”, explica.
inda que haja repasse, em localidades onde o imposto é menor atualmente, essa isenção não deverá causar tanto impacto no preço final, avalia Cícero Zanetti, doutor em economia aplicada e pesquisador do FGV Agro.
Rypl entende que pode existir impacto maior no estado de São Paulo, onde a tributação é mais alta.
“Em São Paulo, por exemplo, é cobrado um ICMS de 11% sobre as carnes comercializadas para o consumidor final dentro do estado e 7% para as que saem do estado. Com a reforma e a isenção, provavelmente o seu preço vai diminuir”, diz a tributarista.

Agronegócio

Mais de 70% das lavouras de soja apresentam boas condições de desenvolvimento, atesta Projeto Siga/M

Relatório sobre as condições de desenvolvimento das lavouras da soja feito por técnicos do Projeto Siga/MS na segunda semana de janeiro mantém a expectativa de...

Mais de 70% das lavouras de soja apresentam boas condições de desenvolvimento, atesta Projeto Siga/M

16 de janeiro de 2025

Mais de 70% das lavouras de soja apresentam boas condições de desenvolvimento, atesta Projeto Siga/M

 

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Relatório sobre as condições de desenvolvimento das lavouras da soja feito por técnicos do Projeto Siga/MS na segunda semana de janeiro mantém a expectativa de produção aproximada em 14 milhões de toneladas para a safra 2024/2025, com produtividade média de 51,7 sacas por hectare. Em média, as lavouras de soja em Mato Grosso do Sul estão em condições boas (70,9%) de desenvolvimento, enquanto 17,7% foram consideradas regulares e 11,4% ruins.

A Região Norte está em melhor condição, com 93,5% das lavouras em situação boa e 6,5% regular. Já as lavouras da região Sul apresentam as piores condições de desenvolvimento, com 39,5% consideradas boas, 34,6% regulares e 25,6% ruins. No total, foram cultivadas 4.501 milhões de hectares com soja na safra atual.

A escassez de chuvas impactou a Agricultura especialmente a região Sul do Estado, com cerca de 24 municípios considerados abaixo da produtividade média estadual estimada. Em 30 dias de seca moderada, ocorreram poucas chuvas variando entre 1,4 milímetro e 66,6 milímetros, e 10 dias de seca severa sem precipitações na região.

Entretanto, nos últimos dias foram registradas chuvas importantes em todo Estado. Observou-se um acumulado de chuva em 72 horas de 54,6 milímetros em Fátima do Sul, 76,6 milímetros em Cassilândia e 40 milímetros em Rio Verde de Mato Grosso. De qualquer forma, a estiagem entre setembro e meados de outubro afetou consideravelmente as lavouras da região Sul, que estavam na fase de desenvolvimento das plantas. Em dezembro, essas lavouras iniciaram o período de enchimento de grãos e, agora, em janeiro, estão no período de maturação e colheita.

Os técnicos do Siga/MS estimam que as próximas semanas serão decisivas para a região Sul. Nesta semana é previsto o retorno das chuvas em alguns municípios. Se a previsão de 16 dias se confirmar, espera-se volumes de até 203 milímetros para a região, “o que ainda pode salvar muitas lavouras que não iniciaram o período de enchimento de grãos, especialmente aquelas implantadas em outubro e novembro”, avaliam.

O Projeto Siga/MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) é coordenado pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) em parceria com a Aprosoja/MS (Associação de Produtores de Soja de MS) e Famasul (Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul).