quinta, 05 de dezembro, 2024
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Essencial para o tripé da sustentabilidade, atualmente a tecnologia é indissociável do campo, tanto para estimular e impulsionar a Governança ambiental, social e corporativa (ESG) quanto para facilitar a vida dos produtores. Em Mato Grosso do Sul, o drone tem feito parte da grande transformação da agricultura e pecuária quando o assunto é preservação ambiental e redução de gastos.
Quando ainda não existiam celulares, computadores, tampouco inteligência artificial, as técnicas convencionais utilizadas na agricultura tratavam o solo como uma única unidade. Ou seja, toda a plantação recebia o mesmo tipo de tratamento, a mesma quantidade e formulação de adubos e fertilizantes. A adesão de softwares e algoritmos ao campo permitiu que cada pedacinho de terra fosse analisado de forma única e recebesse a quantia necessária de cada produto.
Assim surgiu a agricultura de precisão, a técnica que usa a tecnologia para aperfeiçoar ao máximo a produção de grãos - ou de pastagens, no caso da pecuária.
Para o presidente do Sindicato Rural de Campo Grande (SRCG), Alessandro Oliva Coelho, a tecnologia transcende a apenas o pensamento de "máquinas" e permeia em cada aspecto da atividade agrícola, desde o solo até a genética das plantas.
Alessandro relatou ao g1 que, como produtor, utiliza o drone há dois anos e, apesar de lembrar a máquina de pulverização aérea, a ferramenta é hoje muito mais eficiente.
"O drone tem o poder de pulverização mais eficiente, onde opera nos horários melhores, trabalha com um pessoal mais enxuto e com muita segurança para os aplicadores dos insumos necessários. E não somente na parte de agroquímicos, mas também na questão de pulverização de sementes", afirmou coelho.
Voos que economizam insumos
Assim como Alessandro destaca a praticidade do drone, o pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Mateus Figueirêdo Santos, aponta as principais utilidades que o novo maquinário proporcionou ao agronegócio de Mato Grosso do Sul
"A principal importância do uso de drones nos campos de pastagens e cultivos é na automação das atividades que são normalmente feitas nessas áreas, onde você vai utilizar um veículo não tripulado, diferente dos aviões. Com esses veículos é possível cobrir grandes áreas, em menos tempo, com custo menor e com uma maior precisão na realização dessas tarefas. Além disso, você pode ter informações em tempo real de como estão diversas condições da sua pastagem ou da sua lavoura", explica.
Com o uso da tecnologia, o produtor consegue maior eficiência na aplicação de insumos e evita desperdícios. Ou seja, o drone faz com que uma menor quantia de produto se transforme em maiores resultados.
Desenvolvimento
A Cooperativa Agropecuária São Gabriel do Oeste (COOASGO), inaugurou a sua mais nova loja agropecuária, agora na cidade de Coxim. A unidade abriu suas portas nesta...
3 de dezembro de 2024
A Cooperativa Agropecuária São Gabriel do Oeste (COOASGO), inaugurou a sua mais nova loja agropecuária, agora na cidade de Coxim. A unidade abriu suas portas nesta sexta-feira, 29 de novembro, fortalecendo ainda mais a presença da cooperativa no setor agropecuário da região.
A solenidade de inauguração contou com a presença do presidente da Associação Comercial, Industrial e Agropastoril de Coxim (ACIAC), Gervalino Oliveira da Rocha, que declarou: " A COOASGO tem investido constantemente em infraestrutura, ampliando sua rede de atendimento e consolidando sua posição como uma das mais importantes no segmento agropecuário e suinícola, além de uma atuação crescente na região norte de Mato Grosso do Sul, proporcionando geração de emprego e renda para nossa gente, priorizando o crescimento e desenvolvimento de seus cooperados, colaboradores e também da nossa comunidade local".
Com sede em São Gabriel do Oeste, a COOASGO tem ampliado sua atuação na região norte do Mato Grosso do Sul. Além da nova unidade em Coxim, a cooperativa também inaugurou lojas em Camapuã e Rio Verde de Mato Grosso, demonstrando uma estratégia clara de expansão.
O presidente da COOASGO, Rainer Josef Ruiz de Goehr, explicou que a decisão de expandir se deu a partir das solicitações de produtores que frequentemente visitavam a sede da cooperativa e desejavam acesso a seus serviços em outras cidades. “Identificamos um mercado carente de produtos de qualidade e assistência técnica, e esta expansão é nossa resposta a essa demanda”, destacou.
Com o crescimento projetado, a cooperativa planeja trazer profissionais como agrônomos, veterinários e técnicos agrícolas para atender a demanda dos produtores rurais na região. “Esperamos que, em cerca de seis meses, a unidade tenha um impacto considerável na geração de empregos e no desenvolvimento econômico”, afirmou Goehr.
Fundada em 5 de março de 1993, a COOASGO nasceu do sonho de 25 produtores rurais que buscavam construir um legado para gerações futuras. Hoje, a cooperativa é uma força vital no cooperativismo, promovendo o desenvolvimento regional de forma sustentável. A meta da COOASGO é diversificar sua matriz produtiva e atingir R$ 2 bilhões em faturamento até 2030, priorizando sempre a excelência dos resultados para cooperados, colaboradores e a comunidade
Desenvolvimento
Com a contagem regressiva aberta, organizações negras aproveitaram as últimas semanas para realizar encontros regionais preparatórios.
3 de dezembro de 2024
No dia 25 de novembro de 2025, mulheres negras de todo o país estarão em Brasília para a 2ª Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver, dez anos depois da primeira e histórica mobilização. Com a contagem regressiva aberta, organizações negras aproveitaram as últimas semanas para realizar encontros regionais preparatórios.
A inauguração do escritório operativo da marcha ocorreu em Brasília, na última terça-feira (26), no Museu da República, com a presença da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, representantes do Movimento Negro Unificado, e da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq).
“A partir de agora, a gente sabe e tem a certeza de onde nós vamos trazer milhões de mulheres negras em novembro para essa cidade. A gente tem que ter um movimento de maior valor em escala nacional”, explica a coordenadora executiva da Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), Vinólia Andrade.
Entre as reivindicações das ativistas, estão políticas públicas para mulheres negras, o direito à vida e a promoção da igualdade racial. A ativista Thanisia Marcella Alves Cruz também faz parte do comitê organizador e explica o nome da marcha.
"A reparação denuncia as inúmeras políticas públicas e táticas que institucionalizaram o tráfico de pessoas, a perda de direitos, o desgaste da saúde da população negra e o genocídio. Sabendo que vidas jamais serão recuperadas, chamamos o Bem Viver para uma mudança radical de nossas práticas e para uma vida em dignidade.”
A construção da 2ª Marcha por Reparação e Bem Viver é liderada por diversos comitês regionais e tem um Comitê Impulsor Nacional formado pela AMNB, Fórum Nacional de Mulheres Negras, Rede Nacional de Mulheres Negras no Combate à Violência, Rede de Mulheres Negras do Nordeste e Rede Fulanas – Negras da Amazônia Brasileira. Os estados e municípios podem formar seus comitês conforme suas necessidades.
Naiara Leite, ativista e Coordenadora Executiva do Instituto da Mulher Negra Odara da Bahia, ressalta a importância da organização para incentivar a participação feminina na política. “Esse ano foi um ano eleitoral no Brasil, que mobilizou mais de 5.300 municípios e que as mulheres negras aproveitaram a chamada da marcha para fortalecer a importância de eleger mulheres negras para as câmaras municipais, para as prefeituras e para a ocupação desses espaços institucionais”, diz.
A assistente social Keka Bagno, militante do coletivo Juntas e membro do Comitê DF, também destaca a participação feminina na política. “Para além do Distrito Federal, o nosso encontro regional contou com a participação das mulheres de Goiás e de Mato Grosso. Dialogamos sobre as situações das políticas públicas, reparação e bem-viver e o desafio da conjuntura nacional e locais. Levanta e marcha rumo a 2025”.