quinta, 05 de dezembro, 2024
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Todos os dias, 140 mulheres e meninas são mortas em todo o mundo por parceiros ou familiares próximos, segundo um relatório divulgado pela ONU nesta quinta-feira, em referência ao Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres. Esses dados alarmantes indicam uma morte a cada 10 minutos.
O levantamento revela que, em 2023, 85 mil mulheres e meninas foram assassinadas intencionalmente. Dessas, 51 mil (60%) perderam a vida pelas mãos de companheiros ou membros da própria família. O relatório destaca que a violência contra as mulheres, especialmente o femicídio, transcende fronteiras, classes sociais e idades, sendo um problema universal.
"Sabemos como prevenir a violência contra mulheres e meninas. Precisamos de legislação mais eficaz, coleta robusta de dados, maior responsabilização dos governos, cultura de tolerância zero e financiamento para organizações de defesa dos direitos das mulheres", afirmou Sima Bahous, diretora-executiva da ONU Mulheres, em comunicado.
África lidera com as maiores taxas de femicídio em relação à população, registrando 2,9 vítimas a cada 100 mil mulheres. Na Europa e nas Américas, o contexto doméstico predomina como cenário da maioria dos crimes, com 64% e 58% dos assassinatos ocorrendo por ação de parceiros íntimos. Em outras regiões, membros da família são, geralmente, os principais perpetradores.
O relatório também destaca que 59% dos assassinatos de mulheres e meninas globalmente são cometidos por parentes, enquanto 41% resultam de relações conjugais ou amorosas. Essa disparidade reforça a necessidade de ampliar os esforços de prevenção para além das relações íntimas, abrangendo também os ambientes familiares.
Além dos crimes cometidos no contexto doméstico, há outras formas de femicídio. Por exemplo, na França, entre 2019 e 2022, mais de 5% dos homicídios de mulheres não estavam relacionados a familiares ou parceiros íntimos. Na África do Sul, esses casos representaram 9% do total em 2020-2021.
A análise de longo prazo indica estabilidade nos índices de femicídio nas Américas desde 2010. Na Europa, houve uma redução de 20% no mesmo período, particularmente nos países do norte, oeste e sul do continente.
Com a aproximação do 30º aniversário da Plataforma de Ação de Pequim, documento em que governos se comprometeram a implementar políticas de igualdade de gênero, Sima Bahous reforça a necessidade de medidas mais ousadas. "É hora de os líderes mundiais priorizarem o compromisso, a responsabilização e os recursos para acabar com essa crise", declarou.
Denúncia
Na tarde da última quinta-feira (28), uma mulher de 30 anos compareceu à 1ª Delegacia de Polícia Civil de Coxim para registrar uma ocorrência de dano após...
3 de dezembro de 2024
Na tarde da última quinta-feira (28), uma mulher de 30 anos compareceu à 1ª Delegacia de Polícia Civil de Coxim para registrar uma ocorrência de dano após descobrir que areia foi colocada no motor de sua motocicleta.
De acordo com a vítima, o incidente teria ocorrido entre a manhã da última segunda-feira (25) e esta quinta-feira. A situação foi constatada ao levar o veículo para conserto em uma oficina da cidade, onde foi informada sobre o dano incomum no motor.
A mulher informou que possui câmeras de segurança em sua residência, que podem ajudar na identificação do autor do ato, mas afirmou não ter suspeitas sobre quem poderia ter praticado o vandalismo.
O caso segue em investigação pela Polícia Civil de Coxim, que busca esclarecer os detalhes e identificar o responsável pelo crime.
Denúncia
A mulher, de 46 anos, presa na quarta-feira (27) por ofensas homofóbicas contra um funcionário de Tribunal em Campo Grande, ganhou liberdade provisória. Em audiência de...
29 de novembro de 2024
A mulher, de 46 anos, presa na quarta-feira (27) por ofensas homofóbicas contra um funcionário de Tribunal em Campo Grande, ganhou liberdade provisória. Em audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (28), a Justiça determinou que a autora, que faz tratamento de saúde mental em um CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), continue a frequentar o local.
Conforme a decisão, a autora deve continuar o tratamento “pelo prazo e nas condições indicadas pelos profissionais do referido órgão”. Além disso, está proibida de se aproximar do supervisor administrativo vítima da homofobia.
O juiz considera que a soltura da autora não prejudicará o andamento do processo. Ainda, que o crime não foi praticado sob grave ameaça.
O caso
O registro policial descreve que a autora aguardava atendimento no fórum, que iniciaria a partir das 12h, quando passou a ofender o supervisor administrativo, dizendo: “desde que cheguei estou observando esse seu jeitinho. Vira homem, seu boiola. Toma vergonha na cara, bicha louca. Odeio gente como você”.
Uma outra funcionária do fórum contou que, antes do episódio de homofobia, a mulher também teria ofendido um funcionário com deficiência, responsável pela limpeza do Tribunal. A testemunha contou que a autoria lhe disse preferir “pessoas deficientes do que pessoas LGBT”.
Os seguranças do fórum a levaram para a sala de segurança até a chegada da PM (Polícia Militar), que a conduziu para a delegacia. A autora negou as ofensas LGBTfóbicas.