domingo, 22 de dezembro, 2024
(67) 99983-4015
O projeto Catedral Erudita realizou seu primeiro concerto de dezembro, de uma série que serão realizadas em Campo Grande e no interior, no último sábado à noite, na Igreja São José. O objetivo é encerrar o ano de 2024 com muita música de qualidade, e também com o objetivo de valorizar os espaços sagrados como locais para eventos culturais e ampliar o acesso à música clássica erudita, despertando o interesse em novos públicos.
Presente na apresentação, o diretor-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Eduardo Mendes, enfatizou a importância dos concertos nas igrejas para que as pessoas possam apreciar a música clássica. “Nós fizemos em 2023 o Catedral Erudita, e agora em 2024 podendo também trazer para dentro das igrejas de Campo Grande e do interior do Estado, fazendo com que as pessoas possam apreciar a música clássica, e num momento propício de Natal, onde a gente já se emociona, a música clássica é muito bem-vinda nas igrejas, muito bem-vinda também pela Fundação de Cultura neste projeto que chega ao fim de 2024 e continua em 2025 e 2026”.
O secretário estadual de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, disse que o Catedral Erudita é uma oportunidade de circulação para os grandes músicos de Mato Grosso do Sul. “É uma iniciativa muito bacana do Governo do Estado através da Fundação de Cultura para a gente mostrar esta música de qualidade, esta música erudita para a população. A gente começou o ano passado, deu muito resultado, gerando uma oportunidade de circulação para esses músicos fantásticos. A cada edição mais pessoas vão aderindo a esta música clássica, isso mostra o sucesso desse projeto, que valoriza nossa cultura, nossos artistas”.
O maestro Eduardo Martinelli sentiu a energia de celebração e festividade presente no público e em toda a igreja durante o concerto. “A gente fez o concerto aqui na Igreja São José, uma igreja muito tradicional, com uma importância cultural muito grande para a nossa cidade de Campo Grande. Foi um concerto muito comemorado, a gente toca o repertório em diversos lugares, mas sempre tem uma sensação diferente. Eu percebi que aqui na São José o concerto teve uma festividade muito grande, talvez pela proximidade do Natal, o espírito fraterno, e as músicas escolhidas também para uma situação de festividade, de comemoração, e percebi desde a recepção do padre e da reação das pessoas que estavam assistindo, o entrosamento da plateia com a gente, foi um concerto muito comemorado. É o primeiro dessa série de dezembro que vai também para Coxim e mais quatro igrejas de Campo Grande e a gente espera que, mais uma vez, pelo segundo ano consecutivo, o Catedral Erudita encerra a cena da música de concerto com chave de ouro”.
O padre Paulo Roberto de Oliveira, pároco da Paróquia São José, disse que a cultura faz parte da igreja, local onde surgiram grandes composições e grandes músicos no passado. “É uma grande alegria receber o concerto de hoje porque a cultura faz parte da igreja, surgiram na igreja as grandes árias, as grandes peças, os grandes compositores, as grandes apresentações, e a igreja continua isso no mundo, a estimular que a cultura cresça, da música erudita, para que não se perca essa raiz fantástica. Músicas que são cantadas há 400, 300 anos estão aí a pleno vapor, e as pessoas conhecem. Nós nos alegramos muito e a igreja católica se abre à cultura”.
Confira o cronograma das apresentações:
18/12 – 19h00 Paróquia Santo Agostinho de Hipona, Campo Grande. Madrigal MS, regência Jorge Geraldo.
Franklin Espíndola, 605 – Vila Taveiropolis.
20/12 – Catedral São José. 19h30.
Praça Silvio Ferreira, 20. Coxim.
Orquestra e Canto Lírico. Regência – Eduardo Martinelli.
22/12 - às 10h – Igreja Batista, Campo Grande, em Av Bom Pastor, 268. Vilas Boas.
Camerata Madeiras Dedilhadas. Regência – Marcelo Fernandes.
Artesanato
Uma história de superação e criação no interior do Brasil
5 de dezembro de 2024
No coração da cidade de Coxim, no Mato Grosso do Sul, a história de Emília Rivero, ou simplesmente “Emily”, como gosta de ser chamada, se revela como um belo quadro que mistura culturas, tradições e a força da mulher.
Nascida na província de Angel Sandoval, município de San Matias, na Bolívia, Emily sempre teve uma relação íntima com o artesanato.
Desde jovem, aprendeu as técnicas de corte e costura, desenvolvendo suas habilidades até conseguir abrir seu próprio ateliê.
Há cerca de 10 anos, o destino lhe apresentou Alcides Germano, conhecido na cidade como Boca Som, um brasileiro que trabalhava com maquinário agrícola em fazendas bolivianas.
Com a formação de uma linda família, Emília e Alcides decidiram se mudar para a cidade de Coxim em 2018, já com um pimpolho na mala, um passo que mudaria não apenas suas vidas, mas também a rotina da família com sua entrada no mundo do artesanato da região.
A nova casa, vizinha do Espaço das Artes, uma associação de mulheres ceramistas, despertou em Emília uma nova paixão: o artesanato cerâmico.
Fascinada pelas técnicas e pela modelagem em argila, ela decidiu se aventurar e aprofundar seus conhecimentos através de cursos oferecidos no Centro Municipal de Artesanato da cidade.
A transição do ateliê de costura para a produção de cerâmica foi um passo significativo, mas Emily não deixou suas raízes para trás, pois hoje seu ateliê é um espaço híbrido onde máquinas de costura e ferramentas para modelagem de argila coexistem em harmonia.
O cotidiano de Emily é uma verdadeira dança entre suas diversas responsabilidades: mãe, esposa, dona de casa e artesã.
Em meio à produção de suas peças cerâmicas, seus dois filhos pequenos costumam observar curiosos, participando de forma inocente desse universo criativo.
Recentemente, Emília foi reconhecida por seu talento, obtendo sua carteirinha nacional de artesã após um processo de avaliação pela Gerência de Artesanato de Mato Grosso do Sul.
Essa conquista simbolizou não apenas um reconhecimento pessoal, mas também um alicerce para as muitas mulheres que, como ela, buscam se afirmar no mundo da arte e do artesanato.
Emília Rivero não é apenas uma artista, ela é um farol de inspiração
Sua jornada, marcada por desafios e superações, prova que a arte é um espaço onde se pode transformar a vida e fortalecer laços comunitários.
Hoje, ela é uma referência para muitas mulheres que sonham em se expressar e encontrar seu lugar no mundo do artesanato.
A história de Emília ressoa com a força e a beleza do cotidiano, mostrando que, mesmo em meio às dificuldades, a arte e a criatividade sempre encontrarão um caminho para florescer.
Que as suas mãos continuem a criar e a inspirar, construindo não apenas peças de cerâmica, mas também um legado que transcende fronteiras e une corações.
Cultura
Peixe de 162 centímetros (1,62 m), foi fisgado nos encontros dos rios Brilhante e Dourados, no início desta semana
10 de outubro de 2024
A pescadora amadora Sabrynne Mariot, de 34 anos, vivenciou nesta semana a emoção que poucos conhecem: fisgou um jaú de 162 centímetros (1,62 m). O peixe, maior que muita gente, e com 11 centímetros a menos que ela, foi fisgado no encontro dos rios Dourado e Brilhante, no município de Rio Brilhante, a 161 quilômetros da Capital.
Sabrynne contou que já era final de tarde, na segunda-feira (7), quando sentiu o jaú "na ponta da vara". Ao todo, foram 20 minutos de "briga", com o peixe que não queria sair da água. "Ele era muito grande e pesado, eu estava com medo de perder ele, mas o guia Rony, estava me orientando até que deu certo e embarcamos o monstro", detalhou ela, sem saber quantos kg o peixe pesava.
Essa foi a primeira vez que a pescadora utilizava uma isca artificial, e a experiência foi "incrível". A alegria se estendeu à família e amigos que a acompanhava naquele momento especial. "Ter conquistado aquele troféu, ao lado de pessoas tão especiais, que são meu filho e marido, e amigos. Depois ver o vídeo, a vibração deles, foi o meu maior presente", contou Sabrynne.
Segundo ela, a pesca virou hobby quando passou a acompanhar o marido em pescarias. "Amo a sensação de paz, é um momento onde a gente descansa a mente. Além de proporcionar momentos em família e amigos, que ficam guardados na memória", finalizou a pescadora. Após os registros, o animal foi devolvido ao rio.