sexta, 20 de dezembro, 2024
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As autoridades confirmaram na tarde de ontem quarta-feira (18) a identificação da terceira vítima fatal do grave acidente ocorrido pela manhã, no km 819 da BR-163, próximo ao município de Sonora. Trata-se de Maria Eduarda Ruppenthal, de 19 anos, filha de Luzimar Costa da Silva, de 40 anos, outra vítima fatal. Miguel Ruppenthal Gomes, de 10 anos, também morrreu no local.
O acidente, envolvendo um caminhão e uma caminhonete com placa de Tangará da Serra (MT), foi causado pelo estouro de um pneu do caminhão, que seguia no sentido Coxim/Sonora. O motorista perdeu o controle e invadiu a pista contrária, colidindo frontalmente com a caminhonete.
Foto: do Idest, Eder Pereira
Além das vítimas fatais, outras três pessoas ficaram feridas. O motorista do caminhão, Ivan Cristino dos Reis, de 48 anos, será transferido para Campo Grande devido a intensas dores e para a realização de exames mais detalhados, já que a Capital dispõe de maior estrutura hospitalar.
Foto: do Idest, Eder Pereira
O motorista da caminhonete, Antenor Ruppenthal, de 59 anos, sofreu fraturas no fêmur e nos dois braços. Ele será encaminhado a Rondonópolis (MT) para continuidade do tratamento, uma vez que possui plano de saúde.
Uma criança de 7 anos, também ocupante da caminhonete, sofreu apenas escoriações leves e permanece em observação no hospital, aguardando a liberação para alta médica.
ACIDENTE
Família é moradora de Tangará da Serra (MT) e seguia para o Rio Grande do Sul, onde passaria fim de ano
19 de dezembro de 2024
Luzimar Costa da Silva, de 40 anos, e a filha Maria Eduarda Ruphenthal, de 19, foram as vítimas fatais de acidente entre caminhonete e caminhão, na manhã de ontem quarta-feira (18), na BR-163 em Sonora, cidade distante cerca de 362 quilômetros de Campo Grande. Uma criança de 10 anos, neto do marido de Luzimar, também faleceu na hora.
A família é moradora da cidade de Tangará da Serra, em Mato Grosso, e seguia para o Rio Grande do Sul, onde passaria as festas de fim de ano. "Saíram de madrugada daqui de Tangará. O Antenor [motorista da caminhonete] sempre ia no fim de ano visitar os pais que estão já debilitados", conta uma familiar.
Na caminhonete Chevrolet S10, estavam o motorista, Antenor Ruppenthal, a esposa Luzimar, os dois filhos do casal, Maria Eduarda e uma criança de 7 anos, e o neto de Antenor. "Era neto de consideração da Luzimar, porque é de outro casamento que o Antenor teve", explica a familiar. "Eles conversavam com a gente pelo celular, sempre mandando onde estavam", completa.
Para a polícia, o motorista do caminhão contou que seguia sentido Coxim/Sonora quando um dos pneus dianteiros estourou e ele acabou perdendo o controle da direção. O veículo invadiu a pista contrária e bateu de frente com a S10.
Luzimar, Maria Eduarda e a criança de 10 anos morreram no local. A primeira informação que chegou à reportagem era que o casal havia morrido no acidente.
Uma das vítimas chegou a ser arremessada para fora da caminhonete. Antenor, a outra criança, e o motorista do caminhão foram socorridos em estado grave.
Segundo o que a familiar informou à reportagem, Maria Eduarda era estudante de Odontologia e Luzimar era dona de casa. "Estamos em choque, sem chão", lamentou.
Educação
Governo espera que medida já entre em vigor no próximo ano letivo. Texto restringe o uso do celular para fins didáticos, de acessibilidade ou para a segurança do próprio aluno.
19 de dezembro de 2024
O Senado aprovou nesta quarta-feira (18) o projeto que limita o uso de celulares nas escolas públicas e privadas de todo o país. O texto, antes de virar lei, precisará da sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A regra, de acordo com a proposta, valerá para educação básica — que abrange pré-escola, ensino fundamental e ensino médio.
O texto proíbe o uso dos smartphones durante a aula, mas também no recreio ou nos intervalos entre os cursos.
O Senado aprovou nesta quarta-feira (18) o projeto que limita o uso de celulares nas escolas públicas e privadas de todo o país. O texto, antes de virar lei, precisará da sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A regra, de acordo com a proposta, valerá para educação básica — que abrange pré-escola, ensino fundamental e ensino médio.
O texto proíbe o uso dos smartphones durante a aula, mas também no recreio ou nos intervalos entre os cursos.
A proposta também possibilita o uso de aparelhos eletrônicos pessoais em sala de aula para:
fins estritamente pedagógicos ou didáticos, conforme orientação do professor;
garantir a acessibilidade e a inclusão;
atender às condições de saúde dos estudantes e assegurar "direitos fundamentais" dos alunos.
Propostas semelhantes foram aprovadas em diferentes estados do Brasil.
Em São Paulo, por exemplo, os aparelhos celulares devem ser guardados de forma que os alunos não tenham acesso a eles e o uso será proibido para todo o período em que o aluno fica na escola, incluindo os intervalos entre as aulas, recreios e atividades extracurriculares.
A medida começa a valer no estado no início do próximo ano letivo.
O relator no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), citou, para defender a proposta, relatório do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) de 2022, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
De acordo com o documento, "alunos que usam smartphones ou outros dispositivos digitais por mais de 5 horas diárias se saíram pior na prova que aqueles que passaram apenas uma hora ou menos por dia utilizando esses aparelhos. Quem usa menos, assim, obteve, na média da OCDE, 49 pontos a mais em matemática do que os que passam (muito) mais tempo conectados".
Segundo o relatório do PISA, 65% dos estudantes, dos 690 mil avaliados, afirmaram ficar distraídos nas aulas de matemática devido aos aparelhos portáteis.
No Brasil, o percentual foi de 80%, bem acima de Japão (18%) e Coreia (32%).
Alessandro Vieira afirmou ainda que o consumo dos conteúdos das redes sociais em excesso está ligado a "distúrbios de ansiedade, transtornos alimentares e depressão".
Regulamentação
O projeto, de autoria do deputado Alceu Moreira (MDB-RS), tramita na Câmara desde 2015. O assunto ganhou mais força quando o Ministério da Educação informou que estava preparando uma medida para proibir o uso de celulares em escolas públicas.
Em outubro, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que apoiava o projeto e que o texto incluía o que defende o governo Lula. A expectativa do governo é que a medida já passe a valer no início do próximo ano letivo.
Santana explicou nesta quarta que a regra, após virar lei, precisará de uma regulamentação. De acordo com ele, um prazo será estipulado para que as escolas se adaptem, mas as que quiserem já poderão aplicar a norma a partir de fevereiro.
"Nós vamos aproveitar já o mês de janeiro pra traçar todas as orientações, diretrizes para as redes, mas vamos ter que dar um prazo para que as redes possam implementá-las", disse o ministro.