Supersalários
Com novo salário, Adriane será a prefeita mais bem paga entre as capitais
Com um aumento de 96%, seu vencimento passará dos atuais R$ 21.263,62 para R$ 41.845,62 a partir de fevereiro
3 JAN 2025 • POR Marcio Roberto Fanti • 10h08A partir do próximo mês, a prefeita reeleita em Campo Grande, Adriane Lopes (PP), vai sacar o maior salário entre os gestores das capitais brasileiras. Com um aumento de 96%, seu vencimento passará dos atuais R$ 21.263,62 para R$ 41.845,62, superando o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que receberá R$ 38.039,38 mensais.
Na sequência, aparecem os prefeitos de Palmas (TO) e Porto Velho (RO), com salários já atualizados em 2025 para R$ 37.627,28 e R$ 37.366,93, respectivamente. Na outra ponta, o menor valor entre as capitais é o de Teresina (PI), onde o prefeito recebe R$ 17.690,57 mensais.
Ranking dos salários dos prefeitos das capitais brasileiras levantados pela reportagem:
Campo Grande (MS) – R$ 41.845,62
São Paulo (SP) – R$ 38.039,38
Palmas (TO) – R$ 37.627,28
Porto Velho (RO) – R$ 37.366,93
Florianópolis (SC) – R$ 36.980,70
Rio de Janeiro (RJ) – R$ 35.608,27
Curitiba (PR) – R$ 35.246,33
Manaus (AM) – R$ 35.000,00
Rio Branco (AC) – R$ 35.000,00
Porto Alegre (RS) – R$ 34.900,00
Belo Horizonte (MG) – R$ 34.604,05
Goiânia (GO) – R$ 34.556,93
Cuiabá (MT) – R$ 33.157,53
Salvador (BA) – R$ 32.000,00
Macapá (AP) – R$ 31.900,00
Aracaju (SE) – R$ 28.173,60
João Pessoa (PB) – R$ 28.051,52
Fortaleza (CE) – R$ 27.391,06
Natal (RN) – R$ 26.000,00
Belém (PA) – R$ 25.332,25
Recife (PE) – R$ 25.000,00
São Luís (MA) – R$ 25.000,00
Boa Vista (RR) – R$ 23.364,00
Maceió (AL) – R$ 20.000,00
Vitória (ES) – R$ 19.217,12
Teresina (PI) – R$ 17.690,57
O reajuste é resultado de um projeto de lei aprovado em fevereiro de 2023 pela Câmara Municipal e entrará em vigor no próximo mês. A medida também beneficiará a vice-prefeita e os secretários municipais, além de 408 servidores que recebem o teto salário do município, vinculado ao vencimento da prefeita.
A decisão, aprovada por 26 votos a dois após intensos debates, gerou polêmica, especialmente entre categorias de base do funcionalismo, como professores. A justificativa dos vereadores favoráveis ao aumento foi a necessidade de corrigir a defasagem salarial das autoridades municipais. O então presidente da Câmara Municipal, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), defendeu que o reajuste ajudaria a destravar o salário de profissionais efetivos, como médicos e diretores de escolas, cujos vencimentos estavam congelados.
O teto salarial do funcionalismo brasileiro está atrelado ao vencimento dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), que será de R$ 46.366,19 a partir de fevereiro de 2025. Assim, o reajuste em Campo Grande permanece abaixo desse limite, mas marca um patamar recorde entre os gestores municipais do país.