Deputados denunciam falta de medicamentos e cobram melhorias na Saúde
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Quinta-feira | 26 de Setembro de 2024    09h08

Deputados denunciam falta de medicamentos e cobram melhorias na Saúde

Fonte: (Fernanda Kintschner/alems)
Foto: Foto: Wagner Guimarães

Imagine precisar de um tratamento de câncer e ao iniciar não é possível dar continuidade nas sessões de quimioterapia por falta do medicamento. Essa situação foi apenas uma das denúncias feitas pelos deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), na sessão da última terça-feira (24).
O assunto foi iniciado pelo deputado Pedro Kemp (PT) na tribuna. “Saúde tem que ser prioridade. Temos situações se repetindo. Há 5 anos denunciamos falta de medicamento do câncer no Hospital Regional, doença grave. Isso não pode acontecer. Ou é incompetência na gestão ou é negligência, porque o Estado não é pobre assim que não tenha dinheiro. Não pode ser interrompida. Isso é uma injustiça e violência com os pacientes. Sem contar os outros medicamentos e insumos em falta no Regional. Será isso provocado, para privatizar?”, questionou o deputado que apontou levantamento da Defensoria Pública Estadual, com quase 100 mil pessoas que já acionaram a justiça em busca de tratamentos de saúde.
O deputado Zé Teixeira (PSDB) concordou. “Tem cirurgia que você pode esperar e tem umas que não podem. Tem uma mulher com pedra no rim, tomando morfina, que o SUS não atende. Perigoso ela morrer, porque uma cirurgia dessa são R$ 30 mil reais. Eu entendo que se não fizer uma revisão do SUS, não funciona. O programa é lindo, mas do que adianta não ter acesso? Colocar uma molinha o cérebro da pessoa custa R$ 150 mil e o plano não cobre. É um absurdo ter que acontecer isso para salvar vida. A saúde é realmente uma coisa complicada, que precisa ser arrumada em âmbito nacional”, afirmou.
Lidio Lopes (PATRI) explicou que a fila de cirurgia ficou com uma demanda reprimida desde a pandemia, quando o uso de anestésico foi direcionado às pessoas entubadas e as cirurgias eletivas adiadas. “Tema relevante e contínuo que a gente acompanha há longos anos. Campo Grande tem 900 mil habitantes e 1,5 milhão de carteiras SUS. O estado inteiro vem para cá e vem buscar socorro. O sistema SUS do Brasil é o único no mundo que tem a gratuidade. Funciona e funciona bem, mas o valor da consulta ainda é R$ 10. Ou seja, o médico que cobra R$ 150 a consulta tem que atender 15 pacientes SUS. Os próprios médicos orientam alguns a judicializar cirurgias”, explicou.

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