Igor Duarte: o Shape de Rua quando a alegria é uma escolha de vida
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Sexta-feira | 30 de Agosto de 2024    09h30

Igor Duarte: o Shape de Rua quando a alegria é uma escolha de vida

NOSSO ENTREVISTADO DA SEMANA é uma pessoa generosa e de coração grande, que escolheu levar alegria e sorrisos por onde passar. Em um mundo de tanta notícias ruins, ele escolheu fazer a diferença no mundo.

Fonte: (Glenda Melo/ Diário do Estado)
Foto: Arquivo pessoal

NOSSO ENTREVISTADO DA SEMANA é uma pessoa generosa e de coração grande, que escolheu levar alegria e sorrisos por onde passar. Em um mundo de tanta notícias ruins, ele escolheu fazer a diferença no mundo. Predestinado para ser alegria ele se recusa ser visto de outra forma que não seja Feliz. 
Vamos conhecer a história do Igor Duarte, mais conhecido como o SHAPE DE RUA, 26 anos, Graduado em artes visuais Pós graduação em metodologia de ensino de filosofia e sociologia, formando do último semestre de pedagogia, professor na escola Marechal Rondon, no exército foi o melhor atirador combatente no ano de 2017, atleta de basquete pelo 47 BI nos anos de 2017 a 2024.

Diário do Estado: Como chegou esse nome para você, Shape de Rua? 
Shape de Rua:
Glenda, esse nome foi escolhido por um grande amigo meu, Willian, servimos juntos no quartel e nos tornamos grandes amigos, seguimos caminhos diferentes, eu vim para esse lado do humor e ele se tornou um grande bombeiro, um dia ele chegou para mim e disse: você precisa ter um nome artístico se você decidir por esse caminho do humor, então ele me disse: por que você não usa Shape de Rua? Já que seu trabalho é mais nas ruas e eventos? Foi a partir daí que nasceu o Shape de Rua, e esse nome tem me dado muita sorte, graças a criatividade do meu amigo Willian. 

Diário do Estado: E como começou sua história? 
Shape de Rua:
Começou em 2017 no exército. Comecei gravar os vídeos lá no quartel, e foi crescendo, as pessoas gostando, então as pessoas começaram a falar: por que você não faz disso sua profissão, você é divertido, todo mundo gosta de você, por onde você passa é bem recebido, mas eu nunca pensei que levar informação e bom humor juntos, pudesse se tornar um negócio.

Diário do Estado: Você disse uma coisa que me chamou atenção, sabemos que o exército é conhecido pelo sistema rígido e cheio de formalidades e regras, me explica como você conseguiu fazer seus vídeos dentro do 47°BI? 
Shape de Rua:
Glenda, era muito interessante exatamente por tudo que você falou na pergunta, as pessoas têm uma ideia que o exército é uma coisa feia, pesada, e não é, eu tinha autorização dos meus superiores para fazer alguns vídeos, desde que eu respeitasse o local e a instituição, inclusive fiz alguns vídeos dos meus superiores, claro, tudo com muito respeito, respeitando suas patentes e o quartel.

Diário do Estado: Mas os vídeos começaram no quartel? 
Shape de Rua:
Não, começaram em uma academia que eu treinava, comecei fazer vídeos das pessoas treinando, fazendo perguntas sobre seus treinos, claro tudo com muito respeito e também com autorização dos alunos. Os vídeos começaram a bombar nas redes, milhares de visualizações, comecei a ter muitos seguidores no instagram e foi quando eu percebi que eu havia me tornado mesmo sem querer um influenciador, eu não fazia os vídeos para ganhar likes ou seguidores, eu fazia os vídeos para mostrar a realidade de uma academia, perrengues, dificuldades dos treinos, coisas engraçadas e bizarras que aconteciam lá, nada foi com o intuito de ridicularizar alguém, desrespeitar ou expor, foi como um diário sobre as academias.

Diário do Estado: você recebeu alguma resistência nas academias? 
Shape de Rua:
Sim, muita, claro que existia as pessoas que gostavam e as que não gostavam e pediam para não serem filmadas, mas a grande maioria aceitava e participava das gravações com bastante simpatia.

Diário do Estado: Você treinava ou exercia mais alguma outra atividade na academia? 
Shape de Rua:
Eu vendia suplementos que grande parte dos alunos utiliza para terem uma performance melhor nos treinos, minha veia de vendedor e de comunicação já me coloca nesse caminho de lidar com pessoas, e por ser bastante comunicativo e fazer amizade fácil, uma coisa foi levando para outra que fez com que nascesse o Shape de rua. 

Diário do Estado: Hoje você tem quantos seguidores?
 Shape de Rua:
Hoje 9.498 seguidores fieis e subindo

Diário do Estado: Então, quando você estava no quartel você também estava nas academias fazendo suas gravações? 
Shape de Rua:
Sim, eu saia do quartel e ia para a academia, começou a ficar muito corrido para mim ainda mais porque começaram a aparecer eventos, festas para cobrir e então que tive que optar, ou seguia com o quartel ou sendo o Shape de Rua por tempo integral. Então decidi de vez assumir p Shape de rua e deixei o quartel recentemente, em janeiro de 2024.

Diário do Estado: Você se arrepende de ter deixado o quartel? 
Shape de Rua:
De maneira nenhuma Glenda, devo muito ao quartel, a oportunidade de emprego foi o quartel que me deu, dar valor as coisas em casa, a roupa lavada e passada, a comidinha caseira, a gente passa a valorizar mais a família, tudo que o exército me ensinou eu ainda levo para minha vida e sempre levarei, e foi o sonho do meu pai que pude realizar também, ele é militar aposentado e era vontade dele que eu também servisse, o que me ajudou a construí amizades verdadeiras que ainda mantenho e lembranças que levarei para sempre comigo.

Diário do Estado: Existe uma conversa aqui em Coxim que você queria ser cantor, é verdade? Pode dar uma palhinha para mim?
 Shape de Rua:
Nem pensar (risos) já cantei em barzinhos aqui em Coxim alguns anos atrás, já fiz teatro, mas acho que hoje é melhor esquecer a parte do cantor, acho que me saio melhor hoje como Shape de rua que cantor. 

Diário do Estado: Você acha que a música e o teatro te moldaram para hoje ser o shape de Rua? 
Shape de Rua:
Totalmente, a música e teatro nos ajudam a perder a timidez, a gente se solta mais em ambas as atividades, teatro é corpo, voz, coordenação motora, assim como a música, sem dúvida nenhuma música e teatro me deixaram mais solto, por que a gente precisa ser muito cara de pau para conseguir chegar nas pessoas sem conhecer e fazer com que elas falem, isso eu devo a música e ao teatro. 

Diário do Estado: Como é a sua abordagem? 
Shape de Rua:
Não tem um critério não Glenda, se eu estou em uma festa, um evento, eu já chego em qualquer pessoa e vou fazendo as perguntas, elas já começam a interagir e respondem de maneira muito positiva e o resto vai fluindo.

Diário do Estado: Quando foi que o Shape de rua ficou de fato conhecido? Quando foi que você pensou: eita !!!! 
Shape de Rua:
Foi no carnaval de 2023 Glenda, todo mundo chegava em mim e me chamava pelo nome Shape, pessoas que eu nem conhecia chegavam em mim e falavam: E aí Shape tudo bem? Shape grava nossa galera aqui, Shape vamos ali em um rolê com a gente, passei a ser convidado para as festas de pessoas que eu nem conhecia as pessoas me pararam durante a folia de carnaval, acredite ou não Glenda, gente pedindo autógrafo (risos) outras pessoas falavam: Meus pais adoram seus vídeos, foi uma coisa que me assustei bastante mas então eu percebi que era fruto daquilo que eu gostava de fazer, levar alegria para as pessoas, arrancar sorrisos, deixar as pessoas felizes.

Diário do Estado: Me fala de rolê que você foi que você pensou: isso não pode dar certo, isso não pode ser bom e no final te surpreendeu. 
Shape de Rua:
Os luais que acontecem na entrada do Cristo Redentor do Pantanal aqui em Coxim, quando você pensa nesse local a noite você vai pensar: só vai sair o que não presta, mas por incrível que pareça as pessoas vão para lá para curtir uma música, dançar, todas as vezes que estive nunca aconteceu nenhum acontecimento ruim, as pessoas vão para dançar, cantar, se divertir. Esse rolê me surpreendeu de forma positiva. 

Diário do Estado: Um rolê ruim? 
Shape de Rua:
Um rolê ruim é aquele que as pessoas não estão animadas, esse é um rolê ruim.

Diário do Estado: Você me disse que está namorando certo? Como sua namorada reage sabendo que seu trabalho é gravar outras pessoas, por que na maioria das vezes as festas são a noite, você sempre cercado por muitas pessoas, festas com muitas mulheres, como é para ela namorar um influencer? E você pode nos falar o nome dela?
 Shape de Rua:
Ela é muito tranquila, paciente, super parceira, me acompanha na maioria dos lugares, me apoia em tudo, está sempre com uma palavra carinhosa, o nome dela é Camila, um grande presente que a vida me trouxe.

Diário do Estado: Faça uma avaliação sobre você, quem é o Shape de rua? 
Shape de Rua:
Glenda, o Shape de rua é um cara de só 26 anos de idade, que gosta de arrancar o sorriso das pessoas, que ama estar rodeado sempre por pessoas, não gosto de ver ninguém triste, se vejo alguém triste eu já vou lá e já dou um jeito de fazer a pessoa rir, eu acho mesmo que vim nesse mundo para levar diversão e alegria para as pessoas.

Diário do Estado: Muitas pessoas não sabem, mas você leciona, você é professor, como é o Shape de rua professor?
 Shape de Rua:
Eu dou aula para os alunos do 4 e 5° ano da escola municipal Marechal Rondon, não dá para viver só de Shape de rua né? Empresas me chamam para fazer divulgação, eu faço alguns trabalhos usando o personagem Shape de rua, mas preciso pagar as contas e minha formação acadêmica hoje é a minha principal fonte de renda, meus alunos me seguem, com a autorização dos pais alguns aparecem em vídeos meus, muitos pais de alunos me seguem também por que meu trabalho é um trabalho que sabe que crianças assistem, não existe nos meus vídeos nada que seja um mau exemplo para as crianças, isso é uma coisa que eu levo muito a sério, respeito acima de tudo e sabemos que hoje em dia as crianças tem acesso muito fácil a internet, então todo cuidado é pouco.

Diário do Estado: Nós vamos fazer agora um bate bola para as pessoas te conhecerem mais um pouco, topa? 
Shape de Rua:
Bora !!!!

 Diário do Estado: Uma música? 
Shape de Rua:
Pais e filhos, Legião Urbana 

Diário do Estado: Um cheiro? 
Shape de Rua:
Essa é fácil né Glenda, da minha namorada claro 

Diário do Estado: Uma comida? 
Shape de Rua:
Vaca atolada 

Diário do Estado: Uma Cor? 
Shape de Rua:
Verde

 Diário do Estado: Seu filme preferido? 
Shape de Rua:
O resgate do soldado Ryan 

Diário do Estado: Um poder que você gostaria de ter? 
Shape de Rua:
Ressuscitar as pessoas 

Diário do Estado: Um sonho? 
Shape de Rua:
Conquistar uma vida financeira tranquila para ajudar muitas pessoas 

Diário do Estado: Família para você é? 
Shape de Rua:
Tudo!!!! 

Diário do Estado: Pelo que você é grato?
 Shape de Rua:
Por ter nascido na família que eu nasci 

Diário do Estado: O que te irrita profundamente e acaba com seu bom humor? 
Shape de Rua:
Preconceito

Diário do Estado: O que mais te deixa feliz?
 Shape de Rua:
Pessoas 

Diário do Estado: De quem você é fã? 
Shape de Rua:
Do meu pai 

Diário do Estado: De quem você não é fã? 
Shape de Rua:
De pessoas pessimistas, negativas, pessoas que reclamam de tudo.

Diário do Estado: O que te move? 
Shape de Rua:
Eu sou movido pela misericórdia de Deus.

Diário do Estado: Suas considerações finais por favor
 Shape de Rua:
Glenda, gostaria de agradecer vocês aqui do Diário do Estado pela oportunidade de falar um pouco sobre a minha vida, as pessoas não conhecem o começo do Shape de Rua e vocês me deram a oportunidade de falar que eu não estou atrás de curtidas, eu quero fazer as pessoas sorrirem, os personagens mais importantes desta história são meus seguidores, são as pessoas que me acompanham, eu devo tudo para elas. Que Deus possa me permitir continuar levando alegria para as pessoas, se temos alguma missão para cumprir na terra, essa é a minha. Muito obrigada.
 

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