Os perigos por trás do jogo do “Tigrinho”
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Sexta-feira | 26 de Julho de 2024    09h07

Os perigos por trás do jogo do “Tigrinho”

As pessoas vivem o ‘Jogo do Tigre’ como uma proposta de aumento de rentabilidade, de lucratividade, até como se fosse uma ocupação e na verdade não é.

Fonte: (Glenda Melo/Diário do Estado)
Foto: reprodução - internet

Nos últimos dias ganharam destaque na mídia nacional operações da polícia contra grupos que divulgavam e comercializavam o famoso ‘Fortune Tiger’, também conhecido como “Jogo do Tigre” no Brasil. Operações no Paraná e no Maranhão chegaram a envolver até influenciadores digitais, além de prender três homens e apreender carros e motos de luxo, dinheiro, celulares e armas de fogo.
O vício em jogos é um transtorno caracterizado pela dificuldade em estabelecer limites na atividade de jogar. Neste transtorno, a pessoa se torna dependente de estar jogando, investindo muitas horas e até mesmo dinheiro nos jogos, demonstrando irritabilidade e sentimentos de angústia em situações em que não pode jogar.
Vamos falar sobre a febre do momento que é o “jogo do Tigrinho”, uma verdadeira explosão de casos e relatos sobre esse jogo têm virado constantemente notícia por conta das consequências que o uso desse jogo têm causado.
Fortune Tiger, popularmente conhecido como "jogo do Tigrinho", tem sido destaque devido aos diversos casos de pessoas que perderam uma quantia expressiva de dinheiro após se viciar no jogo de apostas, algumas pessoas chegaram a gastar mais de 100 mil reais.
As pessoas vivem o ‘Jogo do Tigre’ como uma proposta de aumento de rentabilidade, de lucratividade, até como se fosse uma ocupação e na verdade não é. Os jogos, tanto as apostas esportivas, quanto os jogos de fortuna, de cassinos, devem ser vistos como forma de entretenimento, de se divertir, e não uma maneira de ganhar dinheiro fácil.
O que temos visto no Brasil e inclusive aqui em Coxim, são histórias de pessoas que cada vez mais constroem dívidas, perdem bens, perdem famílias por conta do vício em jogos. Com jogo do Tigrinho têm sido assim, levando um morador de Coxim a perder seu maior bem, sua casa.  O jogo, que é uma espécie de caça-níquel online, ficou famoso no Brasil por causa da vasta campanha feita por influenciadores digitais
Entre os riscos do consumo de jogos on-line como esse estão a ilusão com as promessas anunciadas, já que é uma plataforma de fácil acesso, democrática por ser barata e de baixa complexidade, possibilitando que qualquer pessoa, de qualquer faixa etária e qualquer classe social tenha contato. São riscos que podem ser potencializados por algumas tendências humanas, como a sugestionabilidade.
 O Diário do Estado conversou com a psicóloga Mayara Christine Duarte em Coxim, que nos informou que até mesmo em nossa cidade pessoas têm procurado seus serviços por conta de vícios incontroláveis que tem levado a enormes prejuízos causado por esses e outros jogos. Ela nos disse que: Se tá na boca do povo, a gente pensa: vou aderir também. “E a gente também não pode esquecer que muitos desses jogos são anunciados e promovidos, hoje em dia, por influência. Influenciadores são pessoas que constroem uma certa relação com seu público e com os seus seguidores. Então imagina um produto, um jogo, que vira febre nas redes sociais e ainda tem o aval daquela pessoa que você segue diariamente? É muito difícil não aderir, observa”. Segundo ela, o risco nesse sentido aumenta não somente por ser on-line, mas também por envolver relações que são construídas no ambiente on-line.
A psicóloga Mayara Christine Duarte explica que fora do país existe a proposta de “jogo responsável”, a exemplo do que já acontece em outros países onde há regulamentação dessa atividade, com algumas limitações de publicidade, por exemplo. 
O que seria esse jogo responsável? 
“São um conjunto de políticas, ações e informações para gerar uma boa relação entre jogador e plataforma, exatamente para que o jogador entenda que ele está ali para se divertir, dizendo que ele não pode gastar mais do que deve, e ele tem que ter os períodos de pausa, tem que entender que o jogo não é a única atividade da vida dele”, complementa Mayara.
Portanto, todo cuidado é pouco e ficar atento aos primeiros sinais que a diversão começou a se tornar vício, trazer prejuízo e atrapalhar as relações são sinais que a pessoa precisa buscar ajuda e evitar usar os jogos.

 

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