Lucia da AAVC, Transformando vidas e escrevendo histórias
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Sexta-feira | 21 de Junho de 2024    09h51

Lucia da AAVC, Transformando vidas e escrevendo histórias

A nossa Entrevistada Da Semana, ex-vereadora, Lucimeire Elias da Silva Ramos Barbosa

Fonte: ( Jornalista:  Glenda Melo/Diário do Estado)
Foto: Lucia e Magali Tamborelli (Presidente interina da AAVC)

A nossa Entrevistada Da Semana, ex-vereadora, Lucimeire Elias da Silva Ramos Barbosa (Lúcia da AAVC), casada, 60 anos, pedagoga, ocupou o cargo no Legislativo de Coxim de 2012 a 2020, fundou da Associação dos amigos voluntários e colaboradores (AAVC) em 1.999, desde então atende milhares de pessoas durante o ano inteiro. Lúcia da AAVC, é uma pessoa generosa que não mede esforços para ajudar o próximo. E hoje ela vai falar um pouquinho sobre a AAVC. 

Diário do Estado: Lúcia, como nasceu a ideia da AAVC?
Lúcia da AAVC: A ideia da AAVC não existia, nunca existiu, um dia fui até o lixão de Coxim, vi as pessoas revirando lixo por materiais recicláveis, roupas e até alimentos, imagina, ver pessoas revirando lixo atrás de comida? Aquilo me doeu demais, saí do lixão e fui nos supermercados de Coxim pedir doação de alimentos, produtos que pudessem ajudar essas pessoas. Os empresários então me doaram caixas de legumes e verduras e mais alguns itens, e tudo começou desse dia, alí nasceu a AAVC sem que eu soubesse que hoje nossa ONG atenderia hoje 5.000 famílias.

Diário do Estado: 5.000 famílias é o número que vocês da AAVC atendem por ano?
Lúcia da AAVC: Sim, hoje são cadastradas na Associação 5.000 famílias, atendemos todas as 6 regiões de Coxim, em cada canto de Coxim têm de alguma maneira nossa contribuição com a cidade.

Diário do Estado: Quais serviços vocês prestam?
Lúcia da AAVC: Somos um braço para ajudar o poder público que sozinho não conseguiria, ajudamos famílias que precisam de remédios, muletas, camas hospitalares, fraldas, alimentos, vestuário, kits para gestantes que não têm condição de comprar o enxoval para seu bebê, Campanha Do Agasalho que nos permite aquecer aquelas pessoas que passam frio,  cestas básicas, brinquedos para as crianças, leite, verduras, frutas e etc.., são vários serviços oferecidos para as famílias em situação de vulnerabilidade de Coxim.

Diário do Estado: Quais os critérios usados pela associação para receber ajuda da AAVC?
Lúcia da AAVC: Temos uma assistente social que faz as visitas domiciliares e ela faz essa avaliação sobre as famílias, eu também faço as visitas, vejo se realmente aquela família necessita de ajuda para sermos justos e oferecer para quem realmente precisa receber as doações.

Diário do Estado: Hoje Lúcia, quantos supermercados da cidade de Coxim são parceiros da AAVC? E você têm uma estimativa de quantos kg de alimentos entre cestas básicas, frutas, legumes e verduras, leite e etc..., são entregues por mês na AAVC?
Lúcia da AAVC: Em média 800 kg mês, as vezes até mais são entregues para as famílias cadastradas na AAVC.

Diário do Estado: Fale um pouco sobre o “Projeto Barriga Cheia Lúcia”
Lúcia da AAVC: O “Projeto Barriga Cheia” é um projeto voltado somente para o atendimento alimentar dessas famílias, elas recebem cesta básica, leite, frutas, verduras e legumes, tudo que os supermercados de Coxim nos doam vão para o projeto. Nada é mais triste que a fome, nada é mais triste que uma mãe que não pode alimentar seus filhos, é muito doído uma criança pedir comida para uma mãe e ela não saber o que falar por não ter o alimento em casa, muitas vezes o básico, o arroz e feijão e um copo de leite, nossa luta diária é para que nenhuma família coxinense passe pela tristeza que é a fome.

Diário do Estado: vamos falar sobre os cursos que a AAVC oferece
Lúcia da AAVC: Em 2023 foram oferecidos 161 cursos, inclusive o primeiro curso Mãos Na Massa que foi para mulheres pedreiras, mulheres na construção civil, temos mais de 20 cursos que são oferecidos pela AAVC. Existem um curso específico para a área que cada um se identifique, nós não damos o peixe, nós ensinamos a pescar, nós fomentamos em cada um aprender para empreender e se tornar auto suficiente e independente. Nossa responsabilidade é entregar para o mercado de trabalho bons profissionais, é fazer com que cada um sobreviva do seu trabalho com dignidade, temos que alimentar o pensamento de cada um, para que cada um chegue lá com pensamento de ser independente financeiramente, andando com suas próprias pernas depois, nos dias de cursos as pessoas recebem café da manhã, almoço e lanche na AAVC pois muitas pessoas vem de muito longe para realizar os cursos e por não terem como ir e voltar por conta da logística, então nós oferecemos alimentação para que a pessoa não deixe de fazer o curso.

Diário do Estado: Quais cursos a AAVC oferece?
Lúcia da AAVC: Bordado em chinelo, cabelereiro, manicure e pedicure, pesos de porta, culinária, faixas pantaneiras, informática, curso na área de artesanatos pintura, bordados, costura, crochê, karatê, atividades físicas para idosos e alfabetização. 

Diário do Estado: Sobre o curso de alfabetização, como funciona?
Lúcia da AAVC: O curso de alfabetização é nosso queridinho, já formamos 3 turmas e agora em julho formaremos mais uma, temos alunos de 50 anos até 80 anos, para mim é a maior emoção do mundo ver uma pessoa que não sabia nem escrever o seu nome, ali sentado aprendendo, muitos alunos chegam para a gente e dizem: quero aprender a ler para ler a bíblia e poder escrever o nome do meu filho e do meu neto, escrever meu nome.

Diário do Estado: Os professores são pagos pela AAVC?
Lúcia da AAVC: Não, os professores são pagos pelo SENAR um grande parceiro da AAVC assim como a prefeitura municipal de Coxim que também nos ajuda muito.

Diário do Estado: Estamos entrando no inverno quais ações vocês estão programando?
Lúcia da AAVC: Entramos na Campanha Do Agasalho, estamos recebendo doações de roupas de inverno e cobertores, e na sede da AAVC também temos peças de roupas para doação, cada pessoa pode levar até 20 peças de roupas para familiares que realmente estejam precisando.

Diário do Estado: Final do ano a AAVC organiza alguma ação?
Lúcia da AAVC: Sim, em agosto começamos as ações direcionadas para o Natal Sem Fome, que acontece todos os anos na semana do natal. O Projeto Adote Uma Cartinha todo ano recebe mais de 2.000 cartas de crianças e adolescentes com pedidos de presentes de natal. Essas cartas são entregue na AAVC, podem ser entregues nos nossos parceiros que todos os anos nos acompanham, são eles: FM pantaneira, Jornal Diário do Estado, Florita modas, Consystem e escapamentos são Jorge, esses são os pontos em que a AAVC irá coletar as cartinhas para o natal 2024.

Diário do Estado: Como funciona Lúcia, qualquer pessoa pode adotar uma cartinha?
Lúcia da AAVC: Sim, a pessoa vai até um desses comércios ou na sede da AAVC e escolhe uma ou mais cartinha, desde que se comprometa realmente em atender o pedido daquela criança, pois ela conta com aquele presente e que será atendida pelo papai Noel. Não ficamos só nas cartinhas, entregamos também no dia que realizamos o Natal Sem Fome, centenas de cestas básicas para um natal mais digno para essas famílias

Diário do Estado: Lúcia, mudando um pouco de assunto, vamos falar sobre eleições 2024, você é pré-candidata pelo PP (Partido Progressista) mesmo partido do Pré-candidato a reeleição para prefeitura de Coxim Edilson Magro, você já foi vereadora por 2 mandatos, o que levou você novamente disputar uma vaga para câmara municipal?
Lúcia da AAVC: Olha Glenda, eu acredito que meu chamado, minha missão seja cuidar de pessoas, na Câmara Municipal de Coxim temos mais chance de ajudar as pessoas que precisam de várias formas, no poder legislativo temos várias ferramentas e parcerias que podem se formar para ajudar pessoas, independente de ser vereadora ou não, eu faço meu trabalho de voluntariado todos os dias diante da AAVC, desde 1.999 quando fundei a ONG eu não imaginei que meu trabalho iria impactar tanto e mudar a vida de tantas pessoas no9 municipio. Meu intuito era ajudar, mas não imaginava que tantas pessoas em Coxim precisam de ajuda, então seja na câmara ou na AAVC, meu trabalho irá continuar.

Diário do Estado: Para você a mulher na política é mesmo mais difícil que para os homens?
Lúcia da AAVC: Sem sombra de dúvidas, tudo para nós é mais difícil, algumas pessoas acham que só homens sabem fazer política, infelizmente ainda existe aquele pensamento que mulher foi feita para ficar em casa, limpando, cozinhando cuidando dos filhos e marido, sendo que nós podemos fazer tudo que quisermos e ainda darmos conta de cuidar dos nossos lares e da nossa família.

Diário do Estado: O que você gostaria de deixar para Coxim que ainda não pode fazer?
Lúcia da AAVC: Tenho um sonho muito antigo, que só vou estar realizada quando se transformar em realidade, a capela municipal ao lado do cemitério do bairro Vila Bela, este é um sonho antigo para os moradores daquela região, um sonho meu também, a construção dessa capela significa muito para mim, muitas vezes nos sentimos enfraquecidos pelas lutas diárias e o que nos ajuda é nossa fé, nada mais justo que fortalecer nossa fé e para os moradores daquela região terem um local para pedir, agradecer e cuidar da vida espiritual, mas não é só isso, quero ajudar na construção de uma Coxim ainda melhor em todos os segmentos, saúde, educação, esporte, lazer, assistência social e etc...

Diário do Estado: Suas considerações finais para população Coxinense
Lúcia da AAVC: Quero primeiro agradecer vocês do jornal Diário do Estado pelo espaço concedido para que eu falasse um pouco da minha vida e dos desejos que tenho para Coxim, do combustível que move minha vida chamado amor ao próximo, eu gosto de atender pessoas, cuidar de pessoas, ajudar o próximo, é isso que me move, me mantém viva e disposta todo dia, saber que posso fazer alguém mais feliz, mudar seu dia, mudar sua vida, dar dignidade e uma nova chance de escrever uma nova história para cada pessoa que busca a AAVC, eu sozinha não posso, mas existe uma rede de pessoas junto comigo que me ajudam nessa missão e é dessa forma que me sinto útil, ajudando a transformar vidas sem esperança em um futuro melhor.

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