Bolsonaro estender o tapete vermelho para alguém com a ficha policial do Delgatti já é grave em si
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Sexta-feira | 18 de Agosto de 2023    11h04

Bolsonaro estender o tapete vermelho para alguém com a ficha policial do Delgatti já é grave em si

Hacker disse à CPI que em agosto de 2022 teve um encontro no Palácio da Alvorada com Bolsonaro, quando recebeu dele um pedido para tentar fraudar as urnas eletrônicas.

Fonte: G1
Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

 A avaliação acima é de Bernardo Mello Franco, colunista do jornal O Globo e comentarista da rádio CBN, em entrevista ao podcast O Assunto desta sexta-feira (18) ao falar sobre o encontro do ex-presidente Jair Bolsonaro com o hacker Walter Delgatti Neto.
Mello Franco explica como o hacker Delgatti, que foi ouvido na CPI dos Atos Golpistas nesta quinta-feira (17), foi procurado pela deputada Carla Zambelli e se aproximou do bolsonarismo até ser recebido no Planalto no ano passado às vésperas da eleição.

"E, veja, a gente tá falando de um criminoso, um sujeito que já tinha ido para cadeia, pelo menos três vezes, que era conhecido como invasor de celulares, de computadores, que foi recebido dentro do Palácio da Alvorada pelo presidente da República faltando menos de dois meses para eleição."

Delgatti disse à CPI que teve um encontro no Palácio da Alvorada com Bolsonaro, quando recebeu dele um pedido para tentar fraudar as urnas eletrônicas. Do Alvorada, por ordem do ex-presidente, teria ido diretamente para o Ministério da Defesa. Segundo Delgatti, a reunião com Bolsonaro foi no dia 10 de agosto de 2022 e durou cerca de uma hora e meia.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, confirmou que o pai se encontrou com Delgatti para discutir supostas vulnerabilidades nas urnas eletrônicas.

À CPI, Delgatti também citou uma promessa de indulto feita por Bolsonaro caso fosse punido por tentar invadir o sistema da Justiça Eleitoral, um plano do ex-presidente para forjar fraude nas urnas eletrônicas, e a existência de um grampo contra Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Mello Franco ressalta que é preciso buscar as provas do que Delgatti diz, mas avalia que "não dá pra simplesmente dizer que pelo fato dele ser criminoso nada do que ele diz deve ser levado em conta", nas suas palavras.

 

"A gente tem o perfil de um criminoso que está preso e que está negociando delação premiada. Agora, por outro lado, são esses personagens, justamente os criminosos, que têm história pra contar sobre os crimes."

 

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