‘FIEL ESCUDEIRO’ Ao ver o patrão – o ex-deputado Valdomiro Gonçalves raspar o cabelo na luta contra o câncer de laringe, seu motorista João tomou a mesma atitude como ato de solidariedade. Um gesto que emocionou os familiares e amigos.
‘JURUNA’ Assim Valdomiro é chamado pelos políticos. Presidente da Al no MT uno e no MS; deputado federal e promotor de justiça. É da espécie em extinção: carismático, culto, bom orador e fiel ao seu grupo político. Vencerá mais essa batalha!
DESTAQUE Em 2015 MS deverá ter ao menos 3 políticos na lista dos 100 influentes no Congresso e segundo o Diap, o senador Moka está em ascensão, posição que significa estar a um passo de entrar nesta seletiva e cobiçada relação.
RAZÕES Nos dois últimos anos Moka se destacou na presidência da Comissão de Assuntos Sociais do Senado, onde se discute temas que mexem com a vida das pessoas, como questões previdenciárias, trabalhistas, assistência social e saúde.
SENADO Lá a disputa por espaço é gigantesca. Explico: grande parte das cadeiras daquela Casa é ocupada por políticos experientes e graduados, ex-governadores, ex-ministros e até os casos atuais de ex-presidentes, como Collor e Sarney.
O TEMPO É implacável também na política, mostrando que o poder não é eterno. Daquela velha guarda restaram com mandato apenas Figueiró, Londres, Moka, André e Akira. Os demais, por motivos diversos saíram de cena. Assim é a vida.
DICA Nessa época pré-eleitoral é necessário que os que tentam a reeleição, estejam preparados psicologicamente para o pior. A derrota irá remetê-los ao mundo de ontem vieram: dos anônimos, dos comuns, ignorados pela mídia inclusive.
NO ESPELHO É restrita a parcela dos políticos que conseguem fazer a autocrítica correta de sua imagem aos olhos implacáveis da opinião pública. Despreparados, muitos são levados pela ambição de poder e vaidade fundada em falsos elogios.
GUERREIRO Obteve 24.141 votos a prefeito (45,32%-votos válidos) e tem chances de se eleger. Mas eleito terá mecanismos para tentar a prefeitura? Não teria sido melhor ter ficado como injustiçado, sem mandato para disputar a sucessão?
VEJA BEM! Hoje o mandato de deputado estadual tem mais ‘status’ do que poder. Se Azambuja não ganhar, Guerreiro não terá musculatura para corresponder a expectativa de seu eleitorado e sua candidatura à prefeito perderá a áurea de vítima.
TRADIÇÃO Quanto mais o Executivo é forte, menos ouve o legislativo. Pedrossian e Wilson faziam e desfaziam e os deputados diziam amém. Refém de antigos adversários Zeca se garantiu numa curiosa parceria para garantir a ‘governabilidade’.
‘PEPINO Pior cargo na Al é de líder do governo. A denominação fantasiosa do cargo atrai, mas o seu exercício desgasta. Vi muitos deles ficarem de ‘saia justa’ em plenário na defesa de matérias controvertidas ou delicadas do Executivo.
PRESSÃO é que não falta por parte dos oposicionistas e da imprensa quando se trata de projetos polêmicos. O pior: em algumas situações não há tempo bastante para o líder estudar profundamente e assim fazer uma defesa tranquila, convincente.
A VÍTIMA Quando Artuzi caiu, Resende defendia a candidatura do PMDB, mas aí o experiente Londres ponderou: “A vez agora é do Murilo, um injustiçado. O povo está doido para pedir-lhe perdão por ter votado no Artuzi para prefeito”. E pediu.
PERGUNTO: Qual será o futuro do PSB no cenário político de MS se Dilma ou Aécio vencer as eleições? Murilo aproveitará a legenda para tentar outros voos ou o partido se acomodará no esquema da futura administração estadual? A conferir.
VOO LIVRE José Ancelmo (PSB) aproveita o espaço provocado pela desistência de Akira e a pausa de Tita na prefeitura. Acha que há votos disponíveis no Bolsão e que com um bom trabalho pode chegar à AL. Experiência não lhe falta.
O IMAGINÁRIO popular é algo complexo, livre de regras, como mostram as eleições. Ontem aplausos, hoje vaias! Aliás, as pesquisas nos Estados já sinalizam: o eleitor comporta-se como um nelore incontrolável quando quer sair do curral.
KAYATT Se mantida a sua condenação, a coligação de Azambuja, somada as desistências de Dione e Tereza, perderia 100 mil votos, ou seja: 2 deputados a menos na AL. Naturalmente que isso provoca inquietações no núcleo da campanha.
DESAFIO Transferir o prestígio político pessoal é tarefa para poucos, vai depender de uma série de fatores. A cada eleição vemos exemplos de sucesso e derrota. Hoje existem candidaturas que dependem mais do apoiador do que do próprio candidato.
‘POSTES’ Lula se gabava de eleger figuras desconhecidas e opacas. Lembra? Mas todo ciclo político tem fim, principalmente pela fadiga. É preciso ver a político com outros olhos levando em conta a pressão econômica financeira sobre a população.
CONVENHAMOS: Viver está cada vez mais difícil e perigoso. O tal conforto custa muito caro; os governantes e candidatos não falam em reduzir impostos. A propaganda induz ao consumo e os juros cobrados por aí são pornográficos.
VOTAR Sem a obrigatoriedade – que não combina com a democracia – como é que seria? No glorioso Congresso existem temas imexíveis, como as reformas política e fiscal. Engraçado: o PT falava tanto em mudanças, mas esqueceu esse papo.
“As razões de poder transformam crimes em heroísmo”. (Rubem Alves)