PALAVRA - Evangelho segundo S. Marcos 9,30-37.
Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos caminhavam através da Galiléia. Jesus não queria que ninguém o soubesse, porque ensinava os discípulos, dizendo-lhes: «O Filho do homem vai ser entregue às mãos dos homens, que vão matá-l’O; mas Ele, três dias depois de morto, ressuscitará». Os discípulos não compreendiam aquelas palavras e tinham medo de O interrogar. Quando chegaram a Cafarnaum e já estavam em casa, Jesus perguntou-lhes: «Que discutíeis no caminho?». Eles ficaram calados, porque tinham discutido uns com os outros sobre qual deles era o maior. Então, Jesus sentou-Se, chamou os Doze e disse-lhes: «Quem quiser ser o primeiro será o último de todos e o servo de todos». E, tomando uma criança, colocou-a no meio deles, abraçou-a e disse-lhes: «Quem receber uma destas crianças em meu nome é a Mim que recebe; e quem Me receber não Me recebe a Mim, mas Àquele que Me enviou»
Mensagem
Com freqüência, as pessoas se deixam levar pela “sabedoria do mundo” e lutam com todas as forças para conseguir prestígio e poder... Essa busca provoca muitos conflitos... O que nos diz a “Sabedoria de Deus”? A 1a Leitura apresenta a atitude permanente do “ímpio” contra o “justo”. Sua presença, suas repreensões e sua conduta são incômodas... Por isso, o condenarão com uma morte ignominiosa... (Sb 2,12.17-20) Acena para a “morte vergonhosa” do Messias. No século 1º aC, os judeus praticantes de Alexandrina são hostilizados pelos pagãos e desprezados pelos judeus não praticantes. Isso provocou muitos conflitos entre eles. O autor sagrado reflete sobre o destino dos “justos” e dos “ímpios”. No Evangelho Jesus anuncia sua paixão e morte e dá a seus discípulos uma lição de humildade e serviço. Servir os pobres e as CRIANÇAS é servir o Senhor. (Mc 9,30-37) Ao longo da “Caminhada para Jerusalém”, Jesus vai catequizando os discípulos, ensinando-lhes que o projeto do Pai não passa por esquemas de poder e de domínio: Jesus faz o 2 º Anúncio da Paixão. Os Apóstolos não concordam e fecham-se num estranho silêncio: “Tinham medo de interrogá-lo...” Logo a seguir, surge uma animada discussão, um forte conflito, que revela a ambição de poder nos discípulos de Jesus… Chegando a Cafarnaum, Jesus questiona o assunto da conversa: “O que vocês estavam discutindo no caminho?” E eles: “Ficaram calados, porque no caminho tinham discutido quem seria o maior”. Jesus aponta o CAMINHO para ser o maior...: 1) Em primeiro lugar, o espírito de SERVIÇO... “Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último e o servo de todos”. A Comunidade cristã não o lugar apropriado para alcançar um posto de honra ou um lugar de prestígio e poder. É o lugar onde cada um deve celebrar a própria grandeza, servindo os irmãos. Só é grande quem é capaz de servir e de oferecer a vida aos seus irmãos. O que isso significa em nossa comunidade? 2) Em seguida, aponta o Modelo da CRIANÇA: “Pegou uma criança, colocou-a no meio deles, e abraçando-a, disse: Quem acolher em meu nome uma dessas crianças, é a mim que estará acolhendo...” Ser grande no Reino é ser pequeno e servir os pequenos. O discípulo é grande, não quando tem poder ou autoridade sobre os outros, mas quando abraça os pequenos, quando acolhe os carentes, os marginalizados, oprimidos, injustiçados e por eles se interessa. Quais são as crianças (ou “como crianças”) que devemos abraçar? Os conflitos continuam... E Cristo nos questiona: “Por que estais discutindo?” Na Sociedade competitiva, em que vivemos desde pequenos nos passam a idéia de que, se não tivermos beleza, inteligência, riqueza, simpatia, nunca conseguiremos sucesso na vida. O que admiramos numa criança: o poder, a riqueza, a sabedoria humana, ou a simplicidade, a transparência?
Na família? Há divisões, conflitos… ciúmes… separações…, por quê? Quando um ganha, os dois perdem!... Não há vencedores... Na Comunidade? Também há discussões, críticas, ambições, rivalidades? Por quê? Onde está a raiz de tudo? Desejo consciente ou inconsciente de ser o MAIOR? Busca de cargos, títulos, honrarias ou elogios? Tiago, na 2a leitura, denuncia a desunião na sua comunidade e aponta a raiz de tudo isso: “Onde há inveja e rivalidade, aí estão as desordens e toda a espécie de obras más…” (Tg 3,16-4,3) Uma oração realizada nesse clima não pode ser escutada por Deus... Na comunidade cristã, quem são os primeiros? As palavras de Jesus são claras: “Quem quiser ser o primeiro, seja o último e o servo de todos”. Na comunidade cristã, a única grandeza é a grandeza de quem, com humildade e simplicidade, faz da própria vida um serviço aos irmãos. Na comunidade cristã não há donos, nem grupos privilegiados, nem pessoas mais importantes do que as outras, nem distinções baseadas no dinheiro, na beleza, na cultura, na posição social... Na comunidade cristã há irmãos iguais, a quem a comunidade confia serviços diversos em vista do bem de todos. Aquilo que nos deve mover é a vontade de servir e de partilhar com os irmãos os dons que Deus nos concedeu. Qual é o tipo de grandeza que estamos procurando? Aos olhos de Deus, ou apenas aos olhos dos homens? Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 20.09.2015
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