“Vem Espírito Santo”
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Sexta-feira | 22 de Maio de 2015
“Vem Espírito Santo”

Evangelho segundo S. João 15,26-27.16,12-15. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Quando vier o Paráclito, que Eu vos enviarei de junto do Pai, o Espírito da verdade, que procede do Pai, Ele dará testemunho de Mim. E vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o princípio. Tenho ainda muitas coisas para vos dizer, mas não as podeis suportar por agora. Quando vier o Espírito da verdade, Ele vos conduzirá à verdade plena, porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. Ele Me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. Tudo o que o Pai tem é meu. Por isso vos disse que receberá do que é meu e vo-lo anunciará”.
Celebramos domingo a festa de PENTECOSTES. Recordamos o “Dom” do Espírito Santo e o final do tempo pascal.
PENTECOSTES era uma festa judaica muito antiga, celebrada 50 dias após a Páscoa. Inicialmente, era uma festa agrícola em agradecimento a Deus pelas colheitas. Depois o povo começou a celebrar nela a ALIANÇA, o dom da LEI no Sinai e a constituição do Povo de Deus, fato acontecido 50 dias depois da saída do Egito... acompanhado de trovões, relâmpagos, trombetas, vento forte... A 1ª Leitura e o Evangelho descrevem o PENTECOSTES CRISTÃO. O Espírito presente no início da vinda pública de Jesus, está presente também no início da atividade missionária da Igreja. As narrativas são diferentes e até divergentes, mas se completam: São Lucas faz coincidir o Pentecostes cristão com o Pentecostes judaico... para mostrar que o ESPÍRITO é a LEI da NOVA ALIANÇA e que, por ele, se constitui um NOVO POVO DE DEUS Por isso, relata o FATO entre raios e trovões, inspirando-se na narrativa da entrega da Lei no Sinai. (At 2,1-11) Os apóstolos estão reunidos... trancados numa casa... O fogo do Espírito se reparte em forma de línguas sobre cada um deles. Eles saem do cenáculo e, em praça pública começam a falar do Cristo ressuscitado, com grande entusiasmo e sabedoria. É a primeira e grande manifestação missionária da Igreja. E seus missionários são os doze apóstolos. E o povo espantado se questiona: “Como os escutamos na nossa língua?” O texto nos faz lembrar a Torre de Babel (Gn 11): Lá ninguém se entende mais... Aqui acontece o contrário: Por obra do Espírito Santo, todos falam uma língua que todos compreendem e que une a todos: a linguagem do amor. A intenção de Lucas é apresentar a Igreja como a Comunidade que nasce de Jesus, que é animada pelo Espírito e que é chamada a testemunhar aos homens o projeto libertador do Pai. São João colocou o Dom do Espírito Santo no dia da Páscoa. (Jo 20,19-23) Os Sinais (“anoitecer”, “portas fechadas”, “medo”) revelam a situação de uma Comunidade desamparada, desorientada e insegura. Jesus aparece “no meio deles” e lhes deseja a “PAZ”. Confia a Missão: “Como o Pai me enviou, eu VOS ENVIO”. “Soprou” sobre eles e falou: “Recebei o ESPÍRITO SANTO”.  Nessa perspectiva, Páscoa e Pentecostes são partes do mesmo acontecimento. A preocupação dos evangelistas não foi escrever uma crônica histórica, mas uma catequese sobre o Mistério Pascal e a Igreja afirmam a mesma coisa, expressando-se numa linguagem diferente. Para LUCAS: A Igreja é uma Comunidade que nasce de Jesus, é animada pelo Espírito e é chamada a testemunhar aos homens o projeto do Pai. O Espírito é a LEI NOVA que orienta a caminhada dos crentes. Ele criou uma nova comunidade, capaz de ultrapassar as diferenças e unir todos os povos numa mesma comunidade de amor. Para JOÃO, a Igreja é uma Comunidade construída ao redor de Jesus e animada pelo Espírito, que a torna viva e “recriada”. O Espírito é esse “sopro” de vida que a faz vencer o medo e as limitações e dar testemunho no mundo desse amor, que Jesus viveu até às ultimas consequências. Para PAULO, a Igreja é o “Corpo Místico de Cristo”. (1Cor 12, 3b-712-13) Apesar da diversidade dos membros e das funções, o Corpo é um só. Mas é o mesmo ESPÍRITO que alimenta e dá vida a esse corpo. O Salmista convida a bendizer o Deus Criador, que dá força e vida às criaturas por seu Espírito. (Sl 104) O Pentecostes continua: Diante desse fato grandioso, talvez invejamos a sorte dos apóstolos e esquecemos que o Pentecostes continua em nossa vida e na vida da Igreja... Em NOSSA VIDA houve um Pentecostes: A CRISMA, quando recebemos a plenitude do Espírito Santo para cumprir nossa missão... Na VIDA DA IGREJA, que nasceu no Pentecostes e continua a ser recriada pelo Espírito. O Espírito Santo é a alma da Igreja. O cristão é um enviado: “Como o Pai me enviou, eu também vos envio”. Para promover a PAZ. É um dom precioso e ausente muitas vezes no mundo. Cristo e seu Espírito são fontes de paz para que o mundo creia. Para experimentar o PERDÃO e a MISERICÓRDIA (dado e recebido). O perdão e a misericórdia são as atitudes da Igreja diante do mundo. Para construir a COMUNIDADE. O Espírito de Deus foi derramado em cada um para conseguir a unidade de todos no amor. FAZER MEMÓRIA do Pentecostes na vida a Igreja em sua origem, é tomar consciência que o mesmo Espírito que suscitou novas energias quando tudo parecia acabado, manifesta-se agora com toda a sua força, em meio aos desafios do nosso tempo, na fragilidade da própria Igreja. O papa Francisco tem se tornado um sinal desta fecundidade do Espírito, capaz de gerar vida, onde prevalecem sinais de desânimo e mediocridade. Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 24.05.2015
Notícias Diocesanas
Sexta-feira dia 22 de maio
19,00 hs. – Jambingo, na Paróquia São Francisco das Chagas.
Domingo, dia 24 de maio
Festa da Padroeira em Rio Verde. Dom Antonino celebra à noite.
Almoço, com bingo, na Paróquia Perpétuo Socorro.
Visita Pastoral - Do dia 26 a 31 de maio, Dom Antonino realiza a Visita Pastoral em Rio Negro.

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