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Segunda-feira | 21 de Julho de 2014
Aberta a temporada de mordidas

SORRIA A evolução patrimonial dos políticos prova a incrível capacidade de conciliar a atividade política com a iniciativa privada. Em cada um o histórico para você analisar e dar boas gargalhadas lavando o cachorro ou o carro aos sábados. 
DUENDES Acredita neles? Em matéria de ‘vencer na vida’, onde antes jogador de futebol e cantor eram referências e exemplos, acrescenta-se a ‘abnegada’ vocação de servir e defender o povo – apenas por idealismo puro. Aleluia. Deus é Fiel! 
EXPLICANDO Ao colunista Zé Teixeira lembrou: o valor de bens imóveis da maioria das declarações é o atribuído por ocasião da escritura, sem atualização. Ele admite que o valor de suas fazendas é várias vezes maior do que consta na J. Eleitoral.  
O VALOR dos bens assanha o apetite dos eleitores: do padrão de energia, do implante capilar, ao bilhete de avião para visitar parentes no nordeste. A cada eleição o rol dos pedidos dos eleitores vai ficando mais diversificado e até surrealista. 
E MUDA? O ideal seria que o pessoal que está saindo das faculdades, não utilizasse a velha pratica de ‘convidar’ os candidatos para pagar a festa de formatura. O parâmetro para avaliar a capacidade do candidato é dependente de seu poder financeiro. 
É GRAVE essa pratica justamente no segmento da educação, que deveria ser o núcleo propulsor de mudanças com geração de um novo pensamento cívico. Por consequência não se pode esperar coisa melhor nos segmentos sociais mais baixos. 
SEM MORAL A OAB/MS fala em fiscalizar as eleições, uma prerrogativa do TRE. Deveria cuidar do próprio quintal e dos interesses dos advogados que acabaram de ser premiados com o aumento médio de 15% na mensalidade da Unimed. 
A ENTIDADE lembra a figura do gigante com pés de barro. Depois que Júlio Cesar usou do cargo para se beneficiar profissionalmente, a OAB deveria enfiar a viola no saco e deixar de se postar como porta voz da moralidade e cidadania. 
A PROPÓSITO O Governo jogou no colo dos planos de saúde a responsabilidade que  é dele. Impôs regras que inviabilizam o atendimento. Quem precisa da Unimed sente o mesmo drama do SUS.  Mas os estádios da Copa são de 1º Mundo. Não é?
GRATIDÃO Temos que ter esse sentimento com alemães pela postura sóbria de seus jogadores no ‘Mineiraço’. Imagine se o resultado fosse o inverso! Lição de grandeza contra a arrogância e ufanismo de um time sem cumplicidade e preparo.
‘DAY AFTER’ É cedo para o diagnóstico preciso das consequências deste desastre nas  eleições. O fato da Copa ser no Brasil difere muito da situação vivida na Seleção de 70 no regime militar e das conquistas e derrotas do time em outras copas.
E MAIS... As vaias ecoarão na campanha e nas urnas? Até onde vai a memória deste povo sem cultura e consciência política? Esse pessoal do ‘Bolsa Familia’ pode não se influenciar pelo vexame dos atletas e pelos gastos astronômicos da Copa.
DUPLA PERDA A desistência de Dione  Hashioka pesa psicologicamente contra a candidatura de Azambuja, mas tem o outro lado: Em 2010 ela obteve 24.636 votos e seu marido Roberto (agora prefeito) 40.959 votos para a Câmara Federal. 
E AGORA? Apesar de condenado por improbidade administrativa Arruda é candidato ao governo do DF. A comparação do caso com a candidatura de Bernal já é inevitável nos corredores da AL. e deve render novos capítulos na Justiça Eleitoral.
É GRANA! Os números da LDO de Campo Grande prevê a receita de R$3,27 bilhões para 2015. Evidente: os encargos e gastos são proporcionais, mas é muito dinheiro que faz inveja aos prefeitos interioranos - sempre caminhando no fio da navalha. 
ÁLVARO SOARES Persegue o sonho de representar a fronteira na AL. Filiado ao PT do B tem boas chances de concretizá-lo pela biografia do ex-vereador e ex-vice prefeito de P. Porã, aliada ao cenário atual e a coligação de partidos que integra. 
‘INFLAÇÃO’ Vai além da economia e chega as eleições de MS com 210 candidatos a mais em relação a 2010, totalizando 552 postulantes. Entre eles: 126 candidatos a C. Federal e 396 a Assembleia Legislativa. Teremos mais opções de escolha. 
‘MILAGRES’ As campanhas eleitorais são espetaculares, generosas. Proporcionam situações interessantes como a foto (‘Correio’) do candidato Antonio João registrando seu encontro com os representantes do movimento afro. E vem mais por aí.  
FRANCAMENTE Como trafegar na av. Júlio de Castilho? Está difícil descobrir quem fez mais bobagens nestas mudanças. Outra absurdez é a pretensão de se retirar aquelas rotatórias nos altos do bairro São Francisco. A carnificina deve aumentar. 
MARCIANO LOPES Impossível não gostar dele. Alma leve, figura agradável, gentil e cativante por 40 anos no jornalismo (semanário ‘O Repórter’) da capital. Sua morte merece não só registro na mídia, mas as homenagens dos poderes públicos. 
OBSERVAÇÃO Até onde essa fórmula do candidato se apresentar na mídia funciona e ajuda a esclarecer seu programa? Não há improviso, tudo vem no pacote e o candidato está robotizado. O leitor não tem chances de questionar e participar. 
DEBATES Não há clima e nem tempo para uma comparação racional do eleitor que assiste na televisão. As perguntas são previsíveis e as respostas idem. Se não atraem o eleitor, também não conseguem reverter a tendência nas pesquisas.
“Colhemos o que plantamos”. (MIROSLAV KLOSE)

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