Melhor ou pior o nível da Assembleia Legislativa?
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Terça-feira | 10 de Fevereiro de 2015
Melhor ou pior o nível da Assembleia Legislativa?

ENFIM... Esse é o parlamente que criamos. Presume-se para cuidar das nossas aflições, interesses e direitos. É produto nosso, constituído exclusivamente da nossa matéria prima disponível. Se decepcionar, seremos os primeiros culpados da tragédia. 
A PERGUNTA que mais ouço versa sobre o nível do debate desta nova legislatura. Convenhamos, é cedo para avaliar. Mas o eleitor é cético, tem visão crítica desconexa do mecanismo legislativo, acaba se precipitando e até comete injustiças.
VEJAMOS: Já é conhecido o perfil de cada um dos 15 parlamentares reeleitos. Agora quanto aos 9 deputados estreantes, com exceção de Rinaldo, evidentemente que ainda estão se ambientando e nem todos por exemplo ocuparam a tribuna.
PARÂMETROS Como avaliar o deputado? Frequência, indicações, projetos, moções e requerimentos contam? Dependerá dessas matérias. Quantidade em excesso implica em menos qualidade e mais perfumaria sem qualquer aplicação pratica. 
A PROPÓSITO Em 2014 nossos deputados aprovaram 133 projetos, 908 indicações, 367 moções e 18 emendas. Virada a página e no frigir dos ovos é de questionar com objetividade: qual o percentual deste trabalho que de fato beneficiou a população? 
LEMBRETE Vale à pena apreciar o painel de fotos dos ex-deputados no saguão da AL. Muitos deles simplesmente passaram pela casa  e não deixaram marca alguma – por despreparo ou  falta de aptidão  ao cargo. Mas nós pagamos seus gastos.   
É PENA! O eleitor vota, mas se distancia do deputado, criando um vazio nas relações. Se você pesquisar perguntando sobre o número de vezes em que o eleitor reencontrou o seu deputado após as eleições, verá que é simplesmente insignificante.
JÁ NOTOU? Esse comportamento indiferente do eleitor  facilita a postura do parlamentar em elitizar suas relações. Depois de eleito, ele se torna um homem sem tempo, embora tivesse sido eleito para ouvir os reclamos. Pode tal incoerência?
‘ VELOZES’ Os jornalistas que cobrem a Assembleia Legislativa deveriam promover o concurso do deputado mais veloz na travessia do saguão.  Alguns simulam falar ao celular e acenam na fuga habitual. Um dia serão ignorados.  Lei do Retorno. 
APROVADO Deputados e assessores da mesa diretora estão elogiando a postura equilibrada de Jr. Mochi na condução dos trabalhos. Uma missão complicada que requer atenção aos dispositivos legais, além de bom senso. Aliás, sua marca registrada. 
BATALHAS Sem elas os parlamentos perderiam a essência, seriam rebaixados a uma confraria qualquer. As disputas pelas comissões na Assembleia Legislativa sempre existiram. Quem melhor souber se articular vence. É do jogo democrático.  
BARBOZINHA Mestre em Direito, agradou na tribuna discorrendo sobre a questão hídrica. Articulado, ágil na fala é sem dúvida até aqui a surpresa mais agradável na Assembleia Legislativa. Vai ajudar a melhorar o debate. Bem vindo! 
BATISMO João Grandão, Grazielli Machado e Renato Câmara também já usaram da tribuna tranquilamente. Mas o eleitor precisa entender - há uma série de circunstâncias envolvendo o início de uma legislatura. Tudo no seu tempo. Certo?
ÂNGELO GUERREIRO Seu gabinete já é comitê eleitoral. A decoração explora seu estilo e origens, tendo a bota e o chapéu como marcas registradas. Ele quer conciliar o mandato com a candidatura à prefeito – irreversível – de Três Lagoas.  
CONSCIENTE A deputada Antonieta Amorim andará com as próprias pernas, para consolidar seu espaço. Mas o fato de ser irmã do empresário João Amorim e ex-mulher de Nelson Trad - de alguma forma pode criar-lhe embaraços políticos. 
VALDIR NEVES Como esquecê-lo no início desta legislatura? Sabia explorar como poucos os temas nacionais. Imagine ele na tribuna da Assembleia Legislativa falando da situação do país e da Petrobrás!  Marcos Trad é o que mais se aproxima dele. 
EXPECTATIVA É impossível separar os temas nacionais da realidade estadual. Aliás, o empresário José Carlos Bumlai, amigo íntimo de Lula, peça chave do Petrolão segundo a ‘Veja’, ficou mudo e invisível. Silêncio indefensável, comprometedor!
SENADO Apesar da derrota na eleição da mesa, a oposição ganhou musculatura. Só essa rebelião contra Renan e Cia já merece aplausos. Gostei da articulação do senador Moka; mostrou a cara, ao invés de preferir a comodidade da sombra do poder. 
OXIGENAR é preciso! Ninguém aguenta mais o comando de Renan Calheiros, cujo nome está envolvido em escândalos e praticas coronelista. Mas a opinião pública ficou ao lado do senador Luiz Henrique contra esse esquema palaciano enferrujado. 
‘É O PAÍS!’ Os defensores públicos também são filhos (privilegiados) de Deus com ganho de R$30 mil mensais. Desviando-se da fila do ‘Minha Casa Minha Vida’, se garantiram com o auxílio moradia. “Enquanto isso no Jardim Noroeste...”
SUGESTÃO: Azambuja deveria aproveitar o caso de corrupção nos projetos culturais para monitorar também, de perto, os gastos com shows artísticos dos festivais de Bonito e Corumbá, pagos pelo Governo. É dinheiro nosso que merece respeito.  
‘ALELUIA’ Finalmente a FM Educativa deixando de atender apenas aos interesses de grupos, saindo daquela mesmice. Não deve haver excessos, mas a emissora do Governo tem sim que abrir espaço para todas as tendências musicais do nosso Estado. 
“Sinto-me preparada”.  (Graça Foster, no discurso de posse em 13/02/2012)

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