"Quem é minha mãe" Satanás será destruído - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos (Mc 3,20-35)
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Sexta-feira | 07 de Junho de 2024
"Quem é minha mãe" Satanás será destruído - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos (Mc 3,20-35)

"Quem é minha mãe" Satanás será destruído - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos (Mc 3,20-35) Naquele tempo, 20Jesus voltou para casa com os seus discípulos. E de novo se reuniu tanta gente que eles nem sequer podiam comer. 21Quando souberam disso, os parentes de Jesus saíram para agarrá-lo, porque diziam que estava fora de si. 22Os mestres da Lei, que tinham vindo de Jerusalém, diziam que ele estava possuído por Belzebu, e que pelo príncipe dos demônios ele expulsava os demônios. 23Então Jesus os chamou e falou-lhes em parábolas: "Como é que Satanás pode expulsar a Satanás? 24Se um reino se divide contra si mesmo, ele não poderá manter-se. 25Se uma família se divide contra si mesma, ela não poderá manter-se. 26Assim, se Satanás se levanta contra si mesmo e se divide, não poderá sobreviver, mas será destruído. 27Ninguém pode entrar na casa de um homem forte para roubar seus bens, sem antes o amarrar. Só depois poderá saquear sua casa. 28Em verdade vos digo: tudo será perdoado aos homens, tanto os pecados, como qualquer blasfêmia que tiverem dito. 29Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca será perdoado, mas será culpado de um pecado eterno". 30Jesus falou isso, porque diziam: "Ele está possuído por um espírito mau". 31Nisso chegaram sua mãe e seus irmãos. Eles ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo. 32Havia uma multidão sentada ao redor dele. Então lhe disseram: "Tua mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura". 33Ele respondeu: "Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?" 34E olhando para os que estavam sentados ao seu redor, disse: "Aqui estão minha mãe e meus irmãos. 35Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe". Palavra da Salvação, Glória a Vós Senhor! – MENSAGEM - A Liturgia, através das leituras bíblicas, vai nos introduzindo nos Mistérios de Deus e iluminando a realidade humana. No Mundo em que vivemos, existem muitos males. Nasce espontânea a pergunta: "Qual é a sua origem?" Na busca de um responsável, somos levados a ACUSAR alguém como culpado. A Bíblia tem uma resposta clara dessa situação e de todos os muros que separam e oprimem as pessoas: é o pecado. O homem rompeu a sua relação amorosa com Deus e surgiu uma mudança essencial em sua vida. Pretendeu libertar-se de Deus e tornou-se escravo de suas paixões e egoísmos. A Primeira Leitura fala do primeiro Pecado no mundo, com Adão e Eva.  (Gn 3,9-15) Esses capítulos da Bíblia não querem mostrar como aconteceu no início. Mas sim levar a refletir sobre o caos social em que viviam os homens no tempo em que o autor sagrado escreveu. Deus fez todas as coisas perfeitas. Por isso, esse mundo conturbado não poderia ser o que Deus queria... Então como deveria ter sido? Qual é a causa e a origem de tudo isso? A "serpente" seduziu e continua seduzindo o homem para se apropriar dos frutos proibidos... Consequência: surge a desarmonia na natureza, com os homens, com Deus... O HOMEM não se encontra mais no lugar que lhe foi designado na Criação. Teve medo e se escondeu... "Onde estás?" Adão acusa Eva, Eva acusa a serpente... Sente-se "Nu", despojado da dignidade com que foi criado... Abala a ordem da natureza: Perde a fertilidade e produz espinhos e ervas daninhas... Mas a narrativa termina com uma Mensagem de Esperança: a luta entre a "serpente" e o homem continuará até o fim dos tempos. Mas a descendência de uma mulher conquistará a vitória final, esmagará a cabeça da "serpente". O PECADO é a origem do mal: rompeu a harmonia da criação de Deus. O mal resulta das nossas escolhas erradas Na Segunda Leitura Paulo manifesta seu interesse pela Comunidade de Corinto e expõe os motivos pelos quais sofre com paciência: a esperança da ressurreição gloriosa e a fé no prêmio que espera. (2 Cor 4,13-5,1) No Evangelho, Jesus aponta o caminho para lutar contra o mal: Convida aos que formam a "sua família", como Maria, a fazer sempre a vontade de Deus. (Mc 3,20-35) Os familiares de Jesus chegam e, de fora, mandam chamá-lo. Não entram; ele que deve sair: querem levá-lo de volta a Nazaré. Estão preocupados... julgam que ele "está fora de si". Os próprios familiares ergueram um muro de descrédito e indiferença... Os Mestres da lei pretendem desprestigiar o Mestre diante do Povo e o acusam de endemoniado. Jesus contesta com duas imagens: "O reino dividido e a família dividida não poderão manter-se de pé". E indica a Nova família de Jesus. "Quem é minha mãe? Quem são meus irmãos?" A verdadeira família de Jesus, a partir de agora, é formada pelos que estão ao redor dele, numa atitude de companheiros na ação libertadora, e que fazem a vontade de Deus. É a Ponte que supera os muros para unir as pessoas em profundos laços de fraternidade... A relação mais intima com Jesus não se faz através do parentesco de sangue, mas na sintonia com sua prática libertadora. Quem faz a vontade de Deus será considerado irmão, irmã e mãe de Jesus. Maria era "Mãe" duplamente: porque gerou a Jesus e porque mais do que ninguém soube fazer sempre a vontade de Deus. O pecado nasce e é fruto do orgulho e constrói muros. Adão acusa Eva... Eva acusa a serpente... Os judeus não aceitaram a conversão e acusaram Cristo de endemoniado... Os familiares de Jesus o acusam de louco... Querem levá-lo para casa... Quem acusa está se autodefendendo. Quem acusa está querendo se esconder atrás da acusação. Quem acusa quer ser superior, quer dominar, quer destruir. Quanto esposo acusando a esposa e vice-versa. Quantos filhos acusando os pais e vice-versa. Quantos adultos acusando os jovens e quantos jovens acusando os adultos. Quantas pessoas acusando parente, vizinho... A acusação e as fofocas acabam com o diálogo entre as pessoas. São a morte do diálogo. Quem acusa se acha maior. Há uma necessidade de busca de diálogo e não acusação. Diálogo entre as comunidades. Sentar-se e conversar em pé de igualdade. Colocar as questões e juntos buscar as soluções para os problemas. 
Diálogo em família. Pais e filhos em pé de igualdade. Sentir juntos os problemas, conversá-los e encontrar maneiras melhores de convivência e de realização. Diálogo entre o casal. Os dois vivendo a experiência da diferença e da igualdade. Os dois comunicando-se e não se acusando. É a ponte que restabelece o verdadeiro espírito de família... 
Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa- 09.06.2024
 

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