DESMATAMENTO E QUEIMADAS: A RESPONSABILIDADE COLETIVA DIANTE DO AQUECIMENTO GLOBAL E DA TRAGÉDIA AMBIENTAL.
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Sexta-feira | 17 de Maio de 2024
DESMATAMENTO E QUEIMADAS: A RESPONSABILIDADE COLETIVA DIANTE DO AQUECIMENTO GLOBAL E DA TRAGÉDIA AMBIENTAL.

DESMATAMENTO E QUEIMADAS: A RESPONSABILIDADE COLETIVA DIANTE DO AQUECIMENTO GLOBAL E DA TRAGÉDIA AMBIENTAL.
Em abril de 2020 o ex-ministro do meio ambiente Ricardo Salles declarou é hora de aproveitar que os olhos da impressa estavam voltados para o coronavírus, para “ir passando a boiada e mudando o regramento”. Apesar dele e seus seguidores estarem sumidos após a tragédia do Rio Grande do Sul, onde boa parte do Estado foi inundado; muitos se perguntam, mas, o que eu tenho a ver com o desmatamento e as queimadas na Amazônia e no Pantanal?
Muito embora a ciência tenha avançado vertiginosamente nos últimos séculos, uma parte considerável da população não evoluiu, e, ainda acredita em misticismo, ignorando a ciência, e, há, ainda, os que lutam contra a ciência em prol de suas crenças e dos seus bolsos. Todavia, a verdade é que desde 1896 já se sabia do aquecimento global, o cientista sueco Svante Arrhenius publicou artigo dizendo que à medida que a humidade emitisse mais gás carbónico iriamos aumentar a temperatura do planeta.
Esse aumento da temperatura do planeta é chamado de aquecimento global, que está relacionado diretamente às ações antrópicas (atividades do homem), desde a primeira revolução industrial. Como se sabe, a terra é coberta por uma camada de gases: gás carbônico (CO²), metano (CH4), óxido nitroso (N²O) e vapor d’água. É essa camada que impede que o calor dos raios solares absorvidos se disperse totalmente, mantendo equilibrada a temperatura do planeta. Parte da radiação solar que chega na Terra é refletida e retorna para o espaço. Outra parte é absorvida pela superfície terrestre e pelos oceanos. E outra parcela é retida por esta camada de gases, que causa o fenômeno natural denominado de efeito estufa, fundamental para a manutenção da vida no planeta.
Sem o efeito estufa a Terra seria extremamente gelada, o que não permitiria a existência das espécies. Ocorre que, essa camada de gases vem aumentando com o passar dos anos, devido a certas atividades humanas, iniciadas com a Revolução Industrial, que emitem uma grande quantidade de gases formadores do efeito estufa, os chamados GEE – gases de efeito estufa (o dióxido de carbono, o metano, o óxido nitroso e os CFCs – clorofluorcarbonos, causadores do “buraco” na camada de ozônio), fato que tem aumentado a temperatura da atmosfera terrestre e dos oceanos e provocado o aquecimento global.
As ações humanas que aumentam o aquecimento global são: a poluição do ar e das águas; a queima de combustíveis fósseis (derivados do petróleo, como diesel e gasolina, carvão mineral e gás natural) para geração de energia; certas atividades industriais e transporte; agropecuária; descarte de resíduos sólidos; queimadas e desmatamento.
Então, respondendo à pergunta inicial, qual é a nossa responsabilidade com o desmatamento e queimadas na Amazônia e no Pantanal? Diria que nossa responsabilidade é integral, pois, nós votamos nos políticos que definem as regras por meio de lei, estas que vão direcionar o desenvolvimento. Logo, ao votar em candidatos que desprezam o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável estamos votando no nosso fim enquanto espécie, haja vista que a Amazônia e o Pantanal são biomas que exercem influência direta no clima.
Infelizmente, a elite brasileira nunca pensou na nação, sempre pensou em seus bolsos, por isso que até hoje não fizemos a reforma agrária, e, a nossa desigualdade social é gigantesca. Mas, agora, com a tragédia do Rio Grande do Sul, que ignorou relatórios climáticos desde 2015, talvez a nossa cumplicidade com o que está errado chegue ao fim.
Mas não será tarefa fácil, pois, a nossa cultura é a do dinheiro, portanto, proibir a invasão das margens dos rios será uma dura batalha que todas as cidades deverão enfrentar.
 

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