SÓ SORRISOS: Em 2023 o presidente Jerson Domingos do TCE-MS ousou com o projeto ‘Primeira Infância’. Sonho que virou realidade. Agora com o PL do Executivo enviado ao Legislativo, o Governo Estadual garante recursos para não deixar uma só criança fora da escola. Elogiado pela classe política e opinião pública, Jerson tem bons motivos para comemorar.
CONFISSÃO: Durante o Congresso de Vereadores em curso, o presidente Jerson admitiu: “...Essa é a melhor notícia que eu recebi na minha vida pública. Cuidar das nossas crianças, melhorar a sua formação, para mim, é o mais importante legado que deixo em toda a minha vida pública. Fico grato ao governador e toda a sua equipe”.
‘DÚVIDA’: Punição ou premiação? A concessão de aposentadoria aos juízes de direito por infrações no cargo é uma bizarrice e revolta a opinião pública. Portanto, é oportuna a PEC do ex-senador Flavio Dino (PSB-MA) contra essas aposentadorias escabrosas. Mas essa PEC será mesmo aprovada? A OAB na moita. Nem um pio.
NO ALVO: O deputado Gerson Claro (PSDB) é autor de proposta que obriga os bancos a cumprirem as regras do Banco Central sobre a gratuidade de alguns serviços. Além de não informar os direitos do chamado pacote gratuito ao cliente quando da abertura da conta, o banco se aproveita cobrando taxas ao longo da relação. Caso de Procon.
CUIDADO: Lá atrás o fenômeno atingiu partidos que comandavam o Executivo e detinham a maioria das prefeituras e cadeiras na Assembleia Legislativa. Hoje o PSDB é o protagonista da tentativa de comandar a prefeitura da capital. Mas fatores sinalizam que o projeto, tido antes como fácil, enfrenta barreiras. A ‘fadiga de poder’ uma delas.
NO RETROVISOR: O MDB foi o ‘ Rei dos Anéis’ com Wilson B. Martins e André Puccinelli. Mas o excesso e tempo de poder cansou e o basta veio em 2012 com o então poderoso Edson Girotto, com mega estrutura e quase 50% do horário eleitoral (13,26 minutos) que perdeu para Alcides Bernal (PP) com apenas 03,01minutos na TV.
FADIGA: Na política ela fomenta a renovação, sem levar em conta possíveis riscos de insucesso administrativo. O eleitor – as vezes ingrato – ainda continua pragmático, indecifrável, ingênuo, irônico ou vingativo. Por tudo isso os candidatos envolvidos no processo precisam fazer a leitura correta dos propósitos do eleitor. Sob pena de...
ELEIÇÃO: Cada qual com seus personagens e roteiro próprio. Mas uma coisa é certa: indispensável a leitura de pleitos passados, para delas tirar lições a fim de se evitar um final desfavorável. Eleições passadas podem ser comparadas as decisões judiciais através da jurisprudência que mostra o rumo certo.
BOLA DE CRISTAL: Quem pretende disputar a vereança precisa escolher o partido onde terá chances maiores de se eleger. Com as novas regras o partido só pode lançar uma chapa com o número de vagas – mais um candidato. Exemplo: numa câmara de 11 vagas o partido só pode lançar 12 candidatos (4 mulheres). O ‘funil’ ficou mais estreito.
SEM VEZ: Agora serão descartados das chapas aqueles candidatos de poucos votos sabidamente sem chances de se elegerem, mas que antes contribuíam para a soma total. Principalmente nas cidades de porte maior é possível que esses personagens acabem aproveitados como ‘cabos eleitorais’ em troca de promessa de emprego na prefeitura.
INSISTO: Calculadora na mão. É preciso que o pré-candidato a vereador seja esperto: um olho no potencial dos postulantes do partido que pretende se filiar e outro olho nos adversários. As novas regras vão inclusive repercutir no horário eleitoral gratuito. Com menos gente concorrendo, os candidatos terão mais tempo no rádio e televisão.