O Sofrimento – Curou muitas pessoas de diversas doenças. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos (Mc 1,29-39)
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Sexta-feira | 02 de Fevereiro de 2024
O Sofrimento – Curou muitas pessoas de diversas doenças. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos (Mc 1,29-39)

O Sofrimento – Curou muitas pessoas de diversas doenças. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos (Mc 1,29-39) Naquele tempo, 29Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, para a casa de Simão e André. 30A sogra de Simão estava de cama, com febre, e eles logo contaram a Jesus. 31E ele se aproximou, segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se. Então, a febre desapareceu;
e ela começou a servi-los. 32À tarde, depois do pôr do sol, levaram a Jesus todos os doentes e os possuídos pelo demônio. 33A cidade inteira se reuniu em frente da casa. 34Jesus curou muitas pessoas de diversas doenças e expulsou muitos demônios. E não deixava que os demônios falassem, pois sabiam quem ele era. 35De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi rezar num lugar deserto. 36Simão e seus companheiros foram à procura de Jesus. 37Quando o encontraram, disseram:
"Todos estão te procurando". 38Jesus respondeu: "Vamos a outros lugares, às aldeias da redondeza!
Devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim". 39E andava por toda a Galileia, pregando em suas sinagogas e expulsando os demônios. Palavra da Salvação, Glória a Vós Senhor.
A Liturgia Dominical procura sempre iluminar a nossa vida nas mais diversas situações. Uma situação concreta que aflige o ser humano de todos os tempos é o sofrimento. Por que no mundo há tantas pessoas sofrendo? Ninguém gosta de sofrer. Mas, o sofrimento existe: injustiças, guerras, calamidades, pobreza, fome, discórdias, doenças. Quem é o culpado? Os nossos pecados? É um castigo de Deus? Como explicar então os inocentes... O Cristo na Cruz? Por que Deus permite essas coisas sem intervir? Por que o justo sofre e o malvado parece estar em situação melhor? Qual é o sentido do sofrimento e da dor? As Leituras Bíblicas nos dão uma resposta. Na Primeira Leitura vemos a experiência do Sofrimento de Jó (Jó 7,1-4, 6-7). Jó é um homem justo e fiel ao Senhor. Possuía muitos bens e uma família generosa. Perdeu a família e foi atingido por uma doença grave. A experiência de Jó no sofrimento é um modelo para todos os que têm fé. O Sofrimento pode ser uma visita de Deus. E quando entendermos isso, tudo fica muito diferente. Não nascemos para sofrer, mas o sofrimento nos faz crescer! Na Segunda Leitura, a expressão “ai de mim se não evangelizar” traduz o princípio fundamental da vida de São Paulo (1Cor 9,16-19, 22,-23). No Evangelho, vemos Jesus, diante o sofrimento (Mc 1,29-39). O texto narra uma jornada messiânica de Jesus, no início de sua missão pública na Galileia. Inicialmente, mostra o Messias proclamando o Reino de Deus. A seguir, mostra a realidade do Reio atuando no mundo como salvação e libertação nas palavras e gestos de Jesus. Apresenta Jesus vence o mal Jesus agindo diante de uma multidão de sofredores: Ele aparece solidário à dor e atento às suas necessidades. Com autoridade que lhe vem do Pai e em comunhão total com o Pai, Jesus vence o mal e a dor que escravizam o ser humano e anuncia um mundo novo de liberdade e de vida plena. Sai da sinagoga e na casa de Pedro: “Aproxima-se da sogra de Pedro, estende a mão, e a levanta”. Ele retoma a vida anormal, acolhe e serve os hóspedes. Todos procuram cura. De madrugada, levanta-se e vai rezar, num lugar deserto”. Com a pregação: ilumina os espíritos, revela o amor de Deus, leva as almas à fé, dá sentido à dor, e mostra o caminho da salvação. Com os milagres cura os corpos enfermos. Expulsa demônios. Quer um mundo novo, sem qualquer forma de dor. Com a oração: compreende o plano de deus e aceita a vontade do Pai. Só a verdadeira oração pode nos iluminar o sentido da dor. O sofrimento continuará sempre sendo um mistério. Jesus não elimina o sofrimento, mas nos ensina a carregá-lo com amor e esperança, para que dê frutos de vida eterna. Jesus nos garante de que Deus nunca nos abandona. Resta-nos confiar em Deus e entregar-nos em seu amor. Os cristãos não descobriram o caminho para evitar o sofrimento. Sofrem como os outros e, às vezes, até mais do que os outros, mas descobriram que a Cruz de Jesus Cristo é redentora. Carregar a cruz sozinhos é desesperador. Mas unidos a Cristo, todo sofrimento é salvador, inclusive o nosso. Qual é a nossa atitude diante dos nossos sofrimentos? De aceitação, ou de revolta? Qual é a nossa atitude diante do sofrimento dos outros? Estendemos a mão e ajudamos a se libertar? No próximo dia 11 de fevereiro, memória de Nossa Senhora de Lourdes, comemoramos o Trigésimo Segundo Dia Mundial do Enfermo – «Não é conveniente que o homem esteja só» (GT 2,18). “Fomos criados para estar juntos, não sozinhos. “Em todos aqueles que permaneceram terrivelmente sós durante a pandemia de Covid-19: pacientes que não podiam receber visitas, mas também enfermeiros, médicos e pessoal auxiliar, todos sobrecarregados de trabalho e confinados em repartições isoladas. E não esqueçamos quantos tiveram de enfrentar sozinhos a hora da morte, assistidos pelos profissionais de saúde, mas longe das suas famílias”. “À condição de sofrimento e solidão de quantos, por causa da guerra e suas trágicas consequências, se encontram sem apoio nem assistência: a guerra é a mais terrível das doenças sociais e as pessoas mais frágeis pagam-lhe o preço mais alto”. “Torna-se então cultura do descarte, na qual «as pessoas já não são vistas como um valor primário a respeitar e tutelar, especialmente se são pobres ou deficientes, se “ainda não servem” (como os nascituros) ou “já não servem” (como os idosos)» (Francisco, Carta enc. Fratelli tutti, 18).” “Os doentes, os frágeis, os pobres estão no coração da Igreja e devem estar também no centro das nossas solicitudes humanas e cuidados pastorais. Não o esqueçamos! E confiemo-nos a Maria Santíssima, Saúde dos Enfermos, pedindo-Lhe que interceda por nós e nos ajude a ser artífices de proximidade e de relações fraternas”. Que Ela, da Gruta de Lurdes e dos inumeráveis santuários espalhados por todo o mundo, sustente a nossa fé e a nossa esperança e nos ajude a cuidar uns dos outros com amor fraterno. A todos e cada um concedo a minha benção (Papa Francisco). Pe Antônio Geraldo Dalla Costa – CS 04 de fevereiro de 2024. 
 

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