‘EFEITO BOLSONARO’: Em 2018 e 2022 muita gente se elegeu no vácuo dele. Aqui vários exemplos. Hoje o cenário é outro por fatores notórios. Para 2024 ainda é imprevisível a eventual influência do ex-presidente (inelegível) por se tratar de eleição municipal onde – geralmente - pesa em primeiro lugar a pessoalidade das candidaturas.
NA CARONA: Em Campo Grande o esboço do quadro sucessório já indica razoável tendência ou influência do ‘Bolsonarismo’ caracterizado pela presença da senadora Tereza Cristina (PP) como madrinha da prefeita Adriane Lopes no seu ingresso na sigla. E mais, o fato da prefeita ser evangélica é um fator que agrega o conservadorismo.
VITIMIZAÇÃO: O que vai ocorrer com o ex-presidente? É cedo para dizer embora as previsões sejam sombrias pelo que traz o noticiário. Mas a reação do eleitor é sempre imprevisível como já vimos em outros casos. Daí não se pode afirmar, mesmo no caso da procedência das denúncias - que seus partidários irão abandoná-lo.
NOTE BEM: Em política a fidelidade (fanática ou não) não faz distinções da ideologia. Eleitores da direita e esquerda são movidos pelo mesmo sentimento de paixão. No caso do ex-presidente Lula a sua prisão acabou beneficiando-o politicamente. Mas quanto a Bolsonaro o desafio é encontrar um nome que encarne seu estilo de conduta. Quem?
O VÁCUO: Os governadores Romeu Zema (MG), Tarcísio de Freitas (SP) e Eduardo Leite (RS) surgem como pretensos nomes da linha ‘anti PT’. Mas há uma série de fatos que precisam ser avaliados. Existem dúvidas do eleitor na análise destes nomes. Há risco inclusive do desgaste deles se anteciparem o debate sucessório.
DECISIVO? Ainda não há diagnóstico comportamental do eleitor de centro que não vota na esquerda mas que se decepcionou com Bolsonaro. No caso de Campo Grande esse grupo de eleitores ainda não ganhou visibilidade a ponto de ser considerado decisivo. Um amigo denomina esse tipo de eleitorado de ‘órfãos do capitão’. “POR QUE NÃO?” Assim respondeu o deputado Pedrossian Neto (PSD) quando questionado se é candidato à prefeito da capital. E concluiu: “sou sim pré-candidato; há candidato da esquerda, da direita, do governador e a própria prefeita postulando a reeleição. Portanto há um vácuo no processo faltando o representante do centro”.
ANIMADO: Outro deputado que mira a prefeitura é Lucas de Lima (PDT) que tem consciência da oportunidade ‘sui generis’ que se abriu nestas eleições. Aliás, a direção nacional do PDT acompanha seu desempenho nas pesquisas e avalia suas chances de competir. Ao seu estilo, ele está gostando do ‘jogo’ onde a popularidade tem peso real.
ROSE MODESTO: É a nossa melhor representante no Planalto. Na Sudeco inova; nos próximos dias 28, 29 e 30 estará na capital com a ‘Caravana da Sudeco’ junto com 2 ministros para atendimento aos pequenos empresários. Outra boa notícia: a Sudeco deve liberar recursos para a preservar o Pantanal com juros especiais. Enfim, essa é a Rose.
FESTA DO PODER: Governador, deputados, prefeitos e vereadores no mesmo espaço. O clima não poderia ser diferente: abraços, tapinha nas costas, fotos, sorrisos largos e fofocas no saguão da Assembleia Legislativa. Momentos gratificantes para aqueles que lutaram tanto para chegar ao poder. Isso se chama política.
CAINDO DO CÉU: As emendas parlamentares sempre vem na hora certa para os deputados socorrerem prefeituras e entidades. É dinheiro para a compra de ambulâncias, equipamentos hospitalares, reformas de unidades de saúde, material cirúrgico, parque infantil, aquecedor de piscina, instrumentos musicais e outras necessidades.
MESMICE: Gosto de conversar com os vereadores interioranos. Ao seu estilo, fazem o relato sem retoques do quadro político em que vivem. As cidades, é claro, continuam divididas em 2 grupos: a favor e contra o prefeito. Mas todos eles reclamam da postura costumeira e insaciável do eleitor sempre à procura (diuturna) de alguma vantagem.
‘MORDIDAS’: Os vereadores questionam - ‘e como fugir delas?’ São os remédios, o dinheiro para pagar a prestação vencida, a passagem de ônibus, o botijão de gás, o conserto da moto, da bicicleta ou do celular. Os vereadores lembram que o dinheiro do salário normalmente desaparece transformando o status do mandato em mera ilusão.
REELEIÇÃO: Numa pesquisa informal dentre os prefeitos em condições legais de disputa, nenhum deles manifestou vontade de desistir da tentativa de reeleição em 2024. Os argumentos - variando apenas nos termos usados – se referem a necessidade de conclusão do projeto administrativo prometido nas eleições. O poder fascina mesmo!
CONCORRÊNCIA: É marcante no segmento religioso das aldeias indígenas. Segundo o vereador indígena (Kaiowá) de Douradina - Marcelo Quevedo (PSDB), eleito com 226 votos, na aldeia local de mil pessoas funcionam 10 igrejas. Portanto, presumo - não seria por falta de religiosidade que a comunidade deixaria de resolver suas demandas.
GETÚLIO VARGAS: “( - ) Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, as calúnias não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História”. (Trecho final da ‘Carta Testamento’)
DETALHES: Em 1897, aos 14 anos de idade Getúlio Vargas, estudou em Ouro Preto (capital mineira até 12/12/1897) no curso preparatória de Engenharia. Seus irmãos Protásio e Viriato também estudavam lá. Esse último, foi acusado de matar o estudante paulista Carlos Almeida Prado, com 2 tiros, motivando o retorno deles ao Sul do país.
CORUMBÁ: Em 1903 Getúlio ingressou no Exército chegando a 2º sargento. Como havia a disputa do Brasil e Bolívia pelo Acre ele veio para Corumbá como voluntário, mas com a solução diplomática do conflito, retornou a Porto Alegre. Não há detalhes de sua estadia na ‘Cidade Branca’, onde a maioria da população desconhece o fato. Pena!
LEITE AZEDO: Café amigo com o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL). Na pauta os excessos na importação (imposto zero) de leite dos países do Mercosul que prejudica os produtores brasileiros. Nogueira acredita na aprovação da PDL para derrubar aquela resolução do Governo Federal – sob pena do leite nosso perder a competitividade pelo preço baixo no mercado.
‘DROGAS’: Confusa essa questão do tráfico & consumo. A realidade difere da justiça que está discutindo a quantidade de maconha a ser permitida, como se os envolvidos e interessados no assunto tão delicado fossem sérios. Desse jeito a polícia, os usuários e os traficantes terão que usar a balança para aferir o peso da droga nas mais diferentes situações. Ora! Não é difícil prever no que isso vai dar.