Quero Misericórdia - Não vim para chamar os justos, mas os pecadores.
Domingo | 24 de Novembro de 2024  |    (67) 3291-3668  |    67 99983-4015   
 (67) 3291-3668  |    67 99983-4015   
Expediente  |  Anuncie  |  Assine  |  Contato
mais colunas de Dom Otair Nicoletti
Sexta-feira | 09 de Junho de 2023
Quero Misericórdia - Não vim para chamar os justos, mas os pecadores.

Quero Misericórdia - Não vim para chamar os justos, mas os pecadores. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus (Mt 9,9-13) - Naquele tempo: 9Partindo dali, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: "Segue-me!" Ele se levantou e seguiu a Jesus. 10Enquanto Jesus estava à mesa, em casa de Mateus, vieram muitos cobradores de impostos e pecadores e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos. 11Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: "Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?" 12Jesus ouviu a pergunta e respondeu: "Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. 13Aprendei, pois, o que significa: 'Quero misericórdia e não sacrifício'. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores". Palavra da Salvação, Glória a Vós Senhor! MENSAGEM - A Liturgia desse domingo nos convida a refletir sobre o Espírito com que devemos viver a nossa Religião. Essa vivência não pode se reduzir ao cumprimento eterno de uns Mandamentos e uns atos de culto. A Religião deve ser baseada na MISERICÓRDIA de Deus e vivida com espírito de Autenticidade e Acolhida. As leituras ilustram com alguns exemplos: Na Primeira Leitura Oséias exorta o Povo à conversão (Os 6,3-6). O povo, diante do perigo iminente de uma invasão Síria começou a oferecer muitos sacrifícios, mas a conversão não era sincera. Por isso o Profeta denuncia: “Que farei de ti, Judá? O vosso amor é como o orvalho, que se desfaz aos primeiros raios do sol...” “Eu desejo amor, bondade e Misericórdia, mais que sacrifícios e holocaustos”. Não defende uma Religião sem culto, mas reprova um culto vazio de espírito, de verdade e de vida. Deus quer um coração em comunhão com ele e capaz de gestos concretos de amor, ternura, bondade, misericórdia em favor dos irmãos. Deus não pode se tornar um Pronto Socorro para as emergências. E continua nos dizendo: “Desejo amor, bondade e misericórdia, bem mais que vossos sacrifícios, e muitas práticas de piedade”. Se essas práticas não tiverem uma profunda motivação interior tornam-se vazias e até desprezadas pelo próprio Deus. Na Segunda Leitura, Paulo apresenta o exemplo de Abraão: O que o tornou um modelo, não foram as suas obras, mas sua adesão total e incondicional a Deus e aos seus projetos, (Rm 4,18-25).
 O Evangelho narra o chamado de Mateus e a Refeição de Jesus com os “pecadores”. (Mt 9,9-13) Mateus era um cobrador de impostos. Por isso, era um excluído da vida social e religiosa. Jesus passou diante dele e o convidou para “segui-lo”. No reino, há lugar para todos, mesmo os desclassificados”. Mateus aceitou imediatamente... E para agradecer a atenção recebida, ofereceu um jantar ao Mestre, convidando amigos e conhecidos.” “Sentar-se à mesa com alguém significava estabelecer laços familiares com essa pessoa...” Os fariseus criticaram severamente o mestre: “Por que o vosso Mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?” Cristo explica: “As pessoas que têm saúde não precisam de médico, mas só as que estão doentes.” Citando palavras de Oséias, lembra que para Deus não basta o cumprimento das leis e dos atos de culto. Ele prefere uma religião baseada no amor e na misericórdia divina. “Eu quero misericórdia, e não sacrifícios. Não vim chamar os justos, mas os pecadores.” No Evangelho notamos: A Preferência de Cristo pelos pecadores, o Desprezo de Cristo pelos fariseus “fiéis praticantes”. Por que será? Porque nos pecadores, uma vez esclarecidos, encontrava humildade, sinceridade e generosidade. E nos fariseus encontrava muito orgulho, falsidade, formalismo: “Esse povo me louva com os lábios, mas seu coração está longe de mim.” Duas tentações, que também n´os podemos ter: Ficar satisfeito por “praticar” uns ritos e mandamentos. Considerar-se melhor do que os outros e excluir do grupo quem não pensa ou faz como nós. Jesus propõe que a comunidade deve ser espaço de acolhida para que os que o mundo exclui e marginaliza. Quais são as nossas motivações religiosas? As Cristo ou as dos fariseus? Procuramos ser Autênticos naquilo que professamos e Acolhedores para os afastados? O nosso modo de ser e de agir Atrai ou Repele os afastados de nossa comunidade?
Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa, CS 11/06/2023

www.diariodoestadoms.com.br
© Copyright 2013-2024.