08 DE MARÇO, DIA INTERNACIONAL DA MULHER. A LUTA É CONSTANTE!
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Sexta-feira | 10 de Março de 2023
08 DE MARÇO, DIA INTERNACIONAL DA MULHER. A LUTA É CONSTANTE!

08 DE MARÇO, DIA INTERNACIONAL DA MULHER. A LUTA É CONSTANTE!
O 8 de março, o dia internacional das mulheres, é mais do que ressaltar a beleza e a força das mulheres. É dia de relembrar a luta por igualdade de direitos. Pois apesar de metade das pessoas do mundo ser de mulheres, e a outra metade serem filhos delas, o que se tem de direitos para elas hoje é o resultado de muita luta, em que muitas deram sua vida na jornada. 
É valido lembrar que só em 1934 a Constituição passou a estabelecer a igualdade entre homens e mulheres de forma específica e não genérica. Entretanto, a Carta de 1937 retrocedeu. Somente com a Constituição de 1967 o país começou a firmar a igualdade entre mulheres e homens. Tendo a Constituição de 1988 reafirmado a igualdade de gênero.
O Código Civil de 1916 deixava bastante claro os papéis dos cônjuges. O marido era provedor do lar, cuidava do mundo exterior. À mulher, era a dona de casa, submissa ao regime patriarcal, os domínios das lides domésticas. O casamento era uma instituição que previamente determinava as atribuições e condutas dos cônjuges. Ao marido, a palavra final, à mulher a submissão. A mulher era considerada relativamente incapaz.
A mulher somente teve o direito de votar em 1946; somente em 1962 a mulher passou a não precisar mais da autorização do marido para trabalhar, receber herança, comprar ou vender imóveis, assinar documentos, e viajar; só em 1977 o casamento deixou de ser indissolúvel; só em 1988 a equiparação salarial foi registrada em norma (art. 7º, XXX, da CF/88); e só em 2022 a mulher teve o direito de fazer a laqueadora sem a autorização do seu cônjuge. 
Mesmo com a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06), uma mulher a cada 6 horas e meia é vítima de feminicídio, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2020). Segundo a ONU, o Brasil ocupa o 5º lugar, entre 84 países, no ranking dos que mais matam mulheres em decorrência da violência doméstica. O 15º Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostra que 1.350 mulheres brasileiras foram assassinadas pelo fato de serem mulheres em 2020, e em relação às agressões registradas como lesão corporal dolosa, o ano passado contabilizou 230.160 registros.
Por isso, não há dúvida de que muito ainda precisa ser feito, se todo homem passar a respeitar às mulheres como respeita a sua mãe, ou, como quer que a sua filha seja respeitada, aí sim podemos ter uma mudança de paradigma na nossa triste realidade. Resta-nos esperar uma conscientização geral, mas, sobretudo, das mulheres, que não traiam a sua classe social, que se conscientizem de que o feminismo não é o contrário de machismo, mas sim uma luta por igualdade de gênero, igualdade de direitos entre homens e mulheres.
 

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