O Rico Insensato - E para quem ficará o que tu acumulaste? Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 12,13-21
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Sexta-feira | 29 de Julho de 2022
O Rico Insensato - E para quem ficará o que tu acumulaste? Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 12,13-21

O Rico Insensato - E para quem ficará o que tu acumulaste?
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 12,13-21 - Naquele tempo, 13Alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: "Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo". 14Jesus respondeu: "Homem, quem me encarregou de julgar ou de dividir vossos bens?" 15E disse-lhes: "Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas,
a vida de um homem não consiste na abundância de bens".
16E contou-lhes uma parábola: "A terra de um homem rico deu uma grande colheita. 17Ele pensava consigo mesmo: 'O que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita'. 18Então resolveu: 'Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir maiores; neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. 19Então poderei dizer a mim mesmo: Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveita!' 20Mas Deus lhe disse: 'Louco! Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?' 21Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus". Palavra da Salvação, Glória a Vós Senhor! MENSAGEM - Todos nós desejamos segurança, felicidade... Mas onde a podemos encontrar? Muitos a procuram nas COISAS, nos bens terrenos e, para isso, se dedicam febrilmente em empreendimentos grandiosos e lucrativos.
Às vezes basta a simples visita de um ladrão, um fracasso nos negócios, o desemprego, uma doença..., e lá se vai o que acumularam. Ninguém sabe o que é ser feliz até se encontrar com Deus. Outros buscam segurança e felicidade nas PESSOAS..., e quantas vezes acabam depois decepcionados. Percebem que, que este mundo oferece, não é suficiente para estancar a sede de felicidade. Só Deus pode nos tornar plenamente felizes. As leituras aprofundam essa Verdade. Não devemos colocar a nossa segurança em coisas passageiras; devemos descobrir e amar outros bens, que dão verdadeiro sentido à nossa existência e nos garantem a vida em plenitude. A Primeira Leitura lembra a situação insuportável do povo de Deus pela ganância dos poderosos de então. Isso levou o autor sagrado a afirmar: “Vaidade das vaidades, tudo é vaidade” (Ecl 1,2;2,21-23) Essa afirmação é atribuída a Salomão que, apesar de ser um rei sumamente sábio, rico e poderoso, lembrava que as coisas terrenas são passageiras, uma “bolha” de sabão e convidava ao desapego delas. A Segunda Leitura, afirma que ser batizado é identificar-se com Cristo. Portanto renunciar ao egoísmo, ambição, injustiça, orgulho, morte e escolher uma vida de doação, de entrega, de serviço, de amor. Esse comportamento inclui maneira diferente de encarar a riqueza. – Devemos buscar as coisas do alto “Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto e não às da terra” (Cl 3. 1-5.9.13-21) No Evangelho Cristo denuncia a cobiça e a preocupação exagerada pelos bens terrenos (Lc 12, 13-21). Um desconhecido pede a Jesus para resolver um problema de herança. Jesus se recusa, porque é difícil fazer justiça quando existe cobiça, ganância. E adverte: “Tomai cuidado contra todo tipo de Ganância..., a vida de um homem não consiste na abundância de bens”. E ilustra com a Parábola do Rico Insensato, que construiu grandes celeiros para armazenar a colheita abundante, pensando assim ter segurança para viver tranquilamente. Pura ilusão: Naquela mesma noite veio a morrer..., e se apresentou de mãos vazias diante de Deus. E Jesus conclui: “Assim acontece com quem guarda tesouros para si e não é rico diante de Deus”. O pecado foi “acumular apenas para si”. Não agradeceu a Deus, nem partilhou com os irmãos. É uma catequese de Jesus sobre os bens materiais. O dinheiro não é fonte da verdadeira vida. A cobiça dos bens não conduz à vida plena, não responde às aspirações mais profundas do homem. A ganância pelos bens terrenos é a causa de muitos males. Quantas brigas e divisões em família, na divisão da herança! Quantas lutas para vencer o concorrente e ter mais! Quantas fraudes e injustiças no desejo insaciável de bens! Quantas discriminações: porque as pessoas valem pelo que têm! A fonte da vida está só em Deus... E a morte nos convence dessa dura realidade. Esta parábola não se destina só àqueles que têm muitos bens; mas destina-se a todos aqueles que (tendo muito ou pouco) vivem obcecados com os bens, orientam a sua vida no sentido do “ter” e fazem dos bens materiais os deuses, que condicionam a sua vida e seu agir. A Palavra de Deus nos questiona. O ensinamento de Jesus toca nos cristãos encantados com o capitalismo neoliberal e sua apologia do lucro. Ficam anestesiados diante das necessidades dos irmãos. Cristãos vivendo na riqueza, enquanto muitos irmãos na fé vivem na indigência, sem experimentarem a solidariedade dos seus irmãos e irmãs na fé abastados. Hoje em dia é muito comum pôr tudo no seguro. Há seguro de vida, para carros, roubos, incêndios, acidentes pessoais. A nossa vida, que continua na eternidade, também deve ser assegurada. Mas a vida eterna não pode ser assegurada com as riquezas desse mundo e sim com os tesouros reconhecidos por Deus. O dinheiro nos dá falsa sensação de segurança. O único seguro de nossa existência é Deus. E, nele, o próprio dinheiro adquire outro sentido: Não será mais instrumento de SEPARAÇÃO entre os homens, mas sim de COMUNHÃO, um sinal de amor. Onde estamos depositando a nossa segurança e construindo a nossa felicidade? Não nos esqueçamos: nosso coração foi feito por Deus, e apenas em Deus encontrará a verdadeira e plena felicidade. No mês de agosto, a Igreja celebra o Mês vocacional e o cartaz tem a representação de Cristo ressuscitado, que busca evidenciar a Boa notícia. O autor da nossa vida, do chamado vocacional e da missão. Coração e mãos chagadas representam o amor, a doação e os desafios na promoção e no cuidado para com a vida, dom vocacional. A Cruz – a vitória da vida sobre a morte, árvore da vida e esperança. A Mulher representa o primeiro anúncio e testemunho vocacional. A Luz e Caminho: a fé ilumina todo o nosso itinerário e a nossa missão vocacional.   Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa- CS – 31 07 2022.
 

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