PROMETER? Pode e deve. Campanha sem acenos de realizações não tem graça. É igual beber cerveja quente e dançar com a irmã. Os candidatos precisam assanhar os desejos dos eleitores, ir ao encontro de seus sonhos. Mas não é sempre assim. Para candidatos tímidos, indecisos, engessados, prometer as vezes chega a ser um desafio e tanto.
PARANAÍBA: Eleições de 1988. Comício na ‘Cantina do Raimundo’. A obra sonhada do distrito era o poço artesiano. Mas o sistemático candidato Fabico (MDB) negava-se a prometer sem a garantia do governador Marcelo Miranda. Aí o companheiro Julinho de Melo desabafou na reunião final: “Pode prometer Fabico! Você não vai ganhar mesmo”. E ele perdeu por mais de 3 mil votos para Daladier Agi.
REGRA 3? Ex-prefeito Waldeli (MDB) de Costa Rica sonha disputar o Governo com eventual desistência de Puccinelli. Hoje investe na mídia elogiando seus próprios méritos de gestor público. Mas como convencerá a opinião pública se não conseguiu eleger o sucessor da sua cidade de 21 mil habitantes? Como diria Charles de Gaulle: “ c’est très complique”.
PECADOS na política. A soberba é um deles através da arrogância. O filósofo Mario Cortella lembra que ‘a soberba é a capacidade de supor que nada existe que seja superior a própria pessoa’. Já o filósofo Roberto Romano, diz que é pura arrogância o desejo de superioridade dos políticos em não serem julgados pelo juiz de primeira instância e sim no foro especial.
‘MALAS’: Os políticos fingem ignoram que o poder tem data de validade, que um dia irão todos para a mesma vala. Só pode. Na memória coletiva os arroubos de poder de Paulo Maluf, Jair Bolsonaro, Lula, André Puccinelli, Collor de Mello, Sergio Cabral, José Dirceu e Dilma Roussef. Alguns pelas falas, outros por posturas carregadas de excessos.
ELEIÇÕES: Com elas virão as mutações mecânicas na manada política. Políticos dissimulando o orgulho através de posturas interesseiras em busca do reconhecimento e do voto. Hora do eleitor olhar no retrovisor para efetivamente fazer o julgamento correto da personalidade e propósitos do candidato. Afinal, não faltam lobos com pele de cordeiro.
DEPUTADOS & AÇÕES: Paulo Corrêa (PSDB): cuida da vinda da TV Senado em integração com a TV Alems; discursou no lançamento da Caravana da Saúde elogiando a iniciativa governamental. José Teixeira (DEM): Lembra do Dia 1º Dezembro, consagrado no mundo ao Combate ao HIV e a Aids; pede recapeamento asfáltico no J. Canaã III em Dourados; declarada de utilidade pública a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Fátima do Sul. Amarildo Cruz (PT). Externa sua preocupação com os reflexos do Covid nas classes menos favorecidas da população; alerta a população sobre os perigos da nova variante do Covid oriunda da África do Sul. Gerson Claro (PP): elogia o ritmo das obras rodoviárias do Governo Estadual na região de Sidrolândia; participou do evento que marcou o lançamento da Caravana da Saúde. Lucas de Lima (Sol): manifesta sua preocupação pedindo cuidados da população contra a nova variante do Covid; elogia o Governo Estadual pelo lançamento da 2ª. edição da Caravana da Saúde.
PAULO DUARTE: Apesar da votação (17.343votos), superior a de 7 candidatos eleitos, acabou vítima do sistema das coligações em 2018 e ficou de fora. Aos 58 anos ele volta a Assembleia Legislativa com a visão maturada do contexto sócio político, em condições de qualificar o debate. Articulado, transita bem em todos os grupos e partidos.
JOGADA: Ao levar o deputado Eduardo Rocha (MDB) para a Casa Civil, o Governo abriu espaço para Paulo Duarte – ‘outro emedebista de casa’ – que deverá cumprir missões daqui para frente. Como se depreende, o governador Reinaldo (PSDB) continua de surpreender com suas articulações. Pelo visto, nesta virada de ano, teremos mais novidades.