O JOGO: Pode não parecer, mas o chamado jogo da política deve ser visto como um ‘esporte coletivo’. Afinal é difícil fazer política sozinho, das pequenas cidades, passando pelas disputas estaduais - até ao governo federal. Mas alianças devem ser bem pensadas, com políticos expressivos e com densidade eleitoral que faça a diferença nas urnas.
CALMA! Tem muito chão pela frente. Agora temos apenas flertes e paqueras entre os políticos de alguma afinidade. Convém lembrar que a 6 meses da eleição, na chamada janela partidária, os políticos poderão mudar de partido sem perder direitos. Quanto ao registro das candidaturas, ela ocorrerá só após 5 de agosto, o último prazo das convenções partidárias.
INTERROGAÇÃO: Após a estreia em 2020 nas eleições municipais, em 2022 teremos pela primeira vez a aplicação da nova lei vetando as coligações para Assembleia Legislativa e Câmara Federal. As siglas terão que concorrer de forma isolada às cadeiras disponíveis, aumentando assim a disputa entre os postulantes do mesmo partido.
PREOCUPANTE: Aqui temos 24 vagas para a Assembleia Legislativa e 8 vagas para a Câmara Federal. Cada partido poderá lançar apenas 25 candidatos a deputado estadual e 9 postulantes à Câmara dos Deputados. Mas um terço dos candidatos será de mulheres. Teremos então 9 candidatas ao legislativo estadual e 3 candidatas à Câmara Federal por cada partido.
DESAFIOS: Os partidos terão que atrair filiados para formação de chapas, lançar nomes de menor peso eleitoral para servir de escada e eleger os seus candidatos favoritos. Para isso os partidos terão naturalmente que dar apoio político e suporte financeiro para alavancar essas candidaturas. Mas eis o xis da questão: candidatura natimorta é utopia - não há idiotas na política.
DEPUTADOS & AÇÕES: Paulo Corrêa (PSDB): líder, agilizando os projetos do Executivo, promovendo diálogo com sindicatos e federações e defendendo o aumento salarial sustentável. José Teixeira (DEM): zeloso secretário do Legislativo Estadual; reivindica asfalto para rua do Jardim Alhambra, em Dourados. Lucas de Lima (Sol): recebeu aprovação da CCJR sua proposta elegendo Dia da Dignidade Menstrual a ser comemorado anualmente no dia 28 de maio; também de sua autoria o projeto criando o Dia do Vacinador a ser lembrado no dia 18 de janeiro. Neno Razuk (PTB); pede ampliação do atendimento da Central de Libras em Campo Grande; destacou a instalação de antena digital na zona rural de Aparecida do Tabuado; solicita a revitalização do CEPER do 2º Plano em Dourados. Marçal Filho (PSDB): pediu ao Governador a ampliação do teto de isenção do ICMS de veículos para pessoas deficientes a exemplo do Governo Federal.
ALERTA GERAL: Números oficiais da Justiça Eleitoral mostram que menos de 10% dos deputados federais eleitos no país em 2018, atingiram ou superaram o quociente eleitoral, ou seja, obtiveram a cadeira na Câmara Federal por meio de votação própria sem depender dos votos totais obtidos pelo conjunto do partido ou coligação.
CÂMARA FEDERAL: Se tivermos 1 milhão e 300 mil votos válidos serão necessários mais de 160 mil votos para eleger o primeiro dos candidatos de cada sigla no MS. Em 2018 nenhum deles se elegeu com a própria votação e para atingir o quociente eleitoral foram contabilizados os votos das legendas e coligações. Sinal de alerta aos pretensos candidatos.
ELEIÇÕES 2018: Com 528.268 votos a chapa com o PSDB, PSD, Patriota, PMB, PP, DEM elegeu Rose Modesto (PSDB), Fabio Trad (PSD), Beto Pereira (PSDB) e Tereza Cristina (DEM). A chapa do PSL, PPS, Pros, SD, PSB, Avante e PMN totalizou 261.732 votos elegendo Tio Truts (PSL) e Luiz Ovando (PSL). Com 130.094 votos a coligação PDT, Podemos, PRB elegeu Dagoberto Nogueira (PDT). A chapa pura do PT elegeu Vander Loubet graças aos votos somados dos candidatos e da legenda.