REVIRAVOLTA: A decisão do Senado em manter o critério ( fim das coligações) de 2020 fará candidatos desistirem de mudar de partido. Indo para uma sigla forte correm o risco, mesmo com boa votação, de perderem por não atingirem o quociente eleitoral. Os partidos de aluguel perderão a força de – pendurados em partidos maiores – formarem alianças de ocasião.
SURPRESA: Após a alegria pela aprovação da matéria na Câmara, veio a bordoada com a derrota no Senado. Aqui no Estado, pretendentes ao pleito de 2022 devem recuar e repensar a estratégia. Afinal, seus partidos não poderão emprestar seu tempo de TV aos candidatos a governador em troca de cargos nos governos futuros e financiamento de campanha.
ALERTA GERAL: O impacto do fim das coligações em 2022 é tal que vale recordar: menos de 10% dos atuais deputados federais eleitos no país atingiram o quociente eleitoral sem depender dos votos obtidos pelo conjunto do partido ou da coligação. E muitos partidos, se não cumprirem as metas da ‘clausula de barreira’ perderão a grana do Fundo Partidário e o tempo na TV.
PRA PENSAR: E se Bolsonaro não for candidato em 2022? Para os observadores, a hipótese – hoje distante – não é impossível. Nesta tensão crescente dele com o STF há material para amparar condenação, inegibilidade e afastamento. O nome do ministro Tarcisio G. de Freitas da Infraestrutura teria potencial como candidato do Governo e de setores do Centro.
REFLEXO: Sobre essa possibilidade, talvez fantasiosa para muitos – alguns políticos experientes entendem que esse fato enfraqueceria o discurso da esquerda e do próprio ex-presidente Lula (PT). Acabaria a o antagonismo Bolsonaro e Lula, proporcionando o aparecimento e o fortalecimento de outros candidatos. Um exercício de especulação valido.
DETALHES: Para a oposição o ideal é Bolsonaro continuar sangrando e chegar às eleições em condições precárias. A ausência do atual presidente tiraria o combustível do discurso petista, principalmente se o candidato adversário for um representante da terceira via, sem nódoas no currículo. Aí o cenário eleitoral mudaria com clima para outro tipo de debate.
DEPUTADOS & AÇÕES: Paulo Corrêa (PSDB): recebeu a visita do embaixador do Paraguai Juan. Delgadilho em Brasília; lançou a obra impressa da Constituição de MS comentada; apresentou voto de pesar pela morte do ex-deputado Armando Anache; José Teixeira (DEM): destacou pontos positivos do discurso do presidente Bolsonaro na ONU abordando questões do meio ambiente; presente no lançamento da edição da Constituição de MS. Lucas de Lima (Sol): é seu projeto elegendo 18 de janeiro ( data da 1ª. vacina no MS contra Covid) como o Dia do Vacinador – a ser incluído no Calendário Oficial de Eventos. Pedro Kemp (PT): criticou as declarações eleitoreiras do presidente Bolsonaro na ONU. Evander Vendramini (PP): pede informações ao Incra e Mapa sobre assentamentos de Corumbá e Ladário; pede a Marinha os exames de habilitação de embarcações em 3 distritos navais de Corumbá; atento aos gastos federais na Santa Casa de Corumbá contra o Covid 19; seu projeto proíbe consentimento de cônjuge para método contraceptivo.
‘RED BULL’: As mulheres estão precisando do ‘energético’ previsto nas regras eleitorais para 2022. Nenhuma mulher se dispõe a disputar o Palácio do Planalto. A ex-senadora Marina Silva (Rede), candidata nas últimas 3 eleições sumiu após o vexame de 2018 – quando recebeu só 1 milhão de votos (1%) – menos que a votação do cabo Daciolo ( Patriota).