A PALAVRA
Evangelho segundo S. Mateus 11,25-30.
Naquele tempo, Jesus exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do Céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque isso foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai; e ninguém conhece o Filho senão o Pai, como ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.» «Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de aliviar-vos. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.»
A MENSAGEM
Celebramos o Dia de Finados, impregnado de um profundo sentimento religioso, no qual se unem afeto e recordações familiares com a fé e esperança cristãs. Por esse motivo suscita sempre um profundo eco no povo de Deus. É uma oportunidade especial para rezar mais pelos nossos mortos e lembrar a alegre verdade sobre a qual está fundada a nossa fé: a RESSURREIÇÃO.
1. Celebramos a vida, não a morte. A religião cristã não celebra o culto à morte, mas à vida. Assim o ressalta a liturgia da palavra com suas muitas leituras. Todo o conjunto nos fala de ressurreição e vida; e a referência onipresente é a Ressurreição de Cristo, da qual participa o cristão pela fé e pelos sacramentos. Por isso, o dia de finados não é uma comemoração para a tristeza, provocando saudade dos seres queridos que já nos deixaram, mas uma recordação cheia de esperança que expressa e continua a Comunhão dos Santos, que celebramos. Pois “a fé oferece a possibilidade de uma comunhão com nossos queridos irmãos já falecidos, dando-nos a esperança de que já possuem em Deus a vida verdadeira”. (GS 18,2)
2. Lembramos nosso destino futuro: A Visão cristã da morte dá o verdadeiro valor da vida humana. O discípulo de Cristo identifica a vida futura na qual crê e espera, com um ser vivo, pessoal e amigo que é o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, e de cuja vida participará agora e continuará gozando em seu destino futuro. Instruídos pela palavra de Deus, cremos que: “O Homem foi criado por Deus para um fim feliz, além dos limites da miséria terrestre... Deus chamou e chama o homem para que ele dê sua adesão a Deus na comunhão perpétua da incorruptível vida divina. Cristo conseguiu esta vitória, por sua morte, libertando o homem da morte e ressuscitando para a vida. Para qualquer homem que reflete, a fé lhe dá uma resposta à sua angústia sobre a sorte futura”. (GS 18,2) Cristo é a Raiz da esperança cristã: Estaremos sempre com o Senhor. Jesus é a razão última do nosso viver, morrer e esperar como cristão. Uma vez que Ele se fez igual a nós em tudo, passou também pelo transe da morte para alcançar a Vida perene. Esse é o itinerário que o discípulo deve percorrer. Cristo é vida e ressurreição para aquele que nele crê. Tudo vem confirmar a afirmação do próprio Jesus na ressurreição de Lázaro: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá; e aquele que vive e crê em mim, não morrerá para sempre”. (Jo 11,25-26). Assim, diante da morte de nossos entes queridos, não devemos pensar numa perda irreparável, mas no destino esperançoso ao qual Deus nos chama: “Vou preparar-lhes um lugar, para que onde eu estiver, estejam vocês também”. (Jo 14,3). As LEITURAS sugeridas para o dia de finados são muitas e variadas. Todas comunicam a alegria de quem recebe do alto a luz da Páscoa, que ilumina cada sepultura. Fixemo-nos nessas três: Na 1ª Leitura, o Profeta afirma que Deus criou o homem para a VIDA. (Is 25,6-9) A morte será destruída para sempre. O profeta descreve a morte, como a entrada numa festa preparada por Deus para todos os povos. Na vinda do Messias toda situação de morte será transformada: O Senhor “enxugará as lágrimas de todas as faces”. Existirá apenas alegria, felicidade. Será a festa, o Banquete do Reino. Na 2ª Leitura, São Paulo, diante da incerteza de nossa salvação futura, afirma que a nossa esperança não se baseia em nossas obras, mas no amor incondicional de Deus, que nos amou e entregou por nós seu Filho à morte, quando ainda éramos seus inimigos. Quanto mais nos amará agora que fomos justificados. (Rm 11,25-30) No Evangelho, Jesus nos convida a vigiar, “pois não sabeis qual será o dia, nem a hora”. (Mt 25,1-13) A visita aos cemitérios não deve se reduzir em levar flores aos túmulos, ou acender velas. Convém rezar pelos nossos mortos. É a melhor flor. A Bíblia garante: “É santo e piedoso costume rezar pelos mortos” (2Mc 12,45). Cemitério significa dormitório. É o lugar de repouso, de descanso. Quem está sepultado ali, está como que dormindo, aguardando o dia de se levantar, para ressuscitar. CEMITÉRIO significa também hospedaria. Hospedaria é um albergue à beira do caminho, onde o peregrino passa algumas horas, ou uma noite, para depois continuar a viagem. O Cemitério é a hospedaria onde ficamos por um espaço de tempo, até o dia da Ressurreição.
Que o dia de finados reforce a nossa esperança cristã e nos leve a proclamar com firmeza o artigo de fé do Credo: “Creio na ressurreição dos mortos e na vida que há de vir” Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa.
Notícias Diocesanas
Romaria na Terra Santa.
Dom Antonino, dia 01/11 retorna da romaria que fez à Terra Santa, com mais 31 pessoas.
02/11 - Dia de Finados - Missa em todos os Cemitérios da Diocese.
Dom Antonino celebra no Cemitério central de Coxim.
08/11 - Crismas na Capela São Cristóvão (São Gabriel).
09/11 - Crismas em São Gabriel - (Matriz e São Sebastião).
14-16 - Assembleia Diocesana (Emaús)