COMPARANDO: Para os nossos políticos ‘justificarem a evolução’ do patrimônio basta um bom contador. Diferente daqui, Ângela Merkel (18 anos no poder) mora no seu apto sem sacada, mordomias/empregada; vai as compras com o marido, cozinha e dirige seu carro. Seu patrimônio inalterado. Enfim, há pessoas realmente ricas e aquelas que só têm o dinheiro. No caso do Brasil – do povo.
AQUELE vídeo no Youtube sobre o dia a dia dos parlamentares na Dinamarca deveria ser divulgado nas nossas escolas e faculdades para incentivar a comparação. Não é por acaso; o país é o líder em honestidade dentre 176 nações catalogadas. O Brasil é o 79º. A diferença entre Copenhague e Brasília não se limita apenas ao clima.
UM EXEMPLO: Alheio à crise que atravessamos, o presidente da Câmara Federal Arthur Lira aumentou de cara de R$50 mil para R$134,4 mil a cota de cada deputado nos gastos com saúde na rede particular. Mas o plano exclusivo da Câmara já permite aos parlamentares o atendimento em vários hospitais particulares. ‘Todo$ doente$’ ?
UMA PÉROLA a justificativa de Lira: “ ( ) o valor encontra-se defasado...a Medicina tem avançado cada vez mais com uso de tecnologias modernas, o que tem pressionado os custos para cima...Some-se a isso a maior demanda do público pelo acesso a serviços de saúde e o envelhecimento da população, tudo contribuindo para a elevação dos custos com a saúde...” ( o texto é como estivesse se referindo à população brasileira)
VEXAME: Brasília enterra o político que esquece quem o elegeu ou não tem projeção nacional. Juvêncio C. da Fonseca (PSDB) enclausurou-se no Senado. Em 2006 tentou a A. Legislativa e obteve só 8.267 votos (8º suplente), atrás de Sinval Martins, Luizinho, Oscar Goldoni, Semy Ferraz, Ribeiro, Valdenir Machado e Dilson Deguti. Uma lição aos atuais parlamentares federais.
DEPUTADOS & AÇÕES: Paulo Correia (PSDB); homenageado pelo Instituto Administrativo de MS pela sua trajetória pública: destinou emenda de R$100 mil a Aquidauana. Zé Teixeira (DEM); quer manter a 7ª. Vara Cível de Dourados; Pediu doação de veículo ao Conselho Tutelar de Caarapó; criticou a FUNAI e SESAI pela situação dos indígenas no MS. Lucas de Lima (Sol): Virou lei seu projeto criando a Semana do Lixo Zero; quer o doador de sangue como prioritário na vacinação anti Covid. Cabo Almi (PT): defende a valorização e o piso salarial justo às categorias de enfermagem, técnicos, auxiliares e parteiras.
‘CARENTE$’?: Impre$$iona a $audade do poder. Com a proximidade das eleições vários ex-detentores de mandato já se manifestam desejosos pela volta. No fundo, além das múltipla$ vantagen$ financeira$, eles não conseguem viver no anonimato e não se adaptam aos sacrifícios da sofrida iniciativa privada, segmento que sustenta a nação.
CLARO! Assim como os políticos podem expor suas narrativas ( e justificativas) sobre esse e aquele assunto, a opinião pública tem o direito de acreditar ou não, até ironizando com sorriso de canto de boca. Faz parte do princípio do livre convencimento na relação trepidante entre a classe política e a população - já contaminada pelo ceticismo.