​​​​​​​Domingo de Ramos - Hosana e Cruz - Bendito  seja o que vem em nome do Senhor! 
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Sexta-feira | 26 de Março de 2021
​​​​​​​Domingo de Ramos - Hosana e Cruz - Bendito  seja o que vem em nome do Senhor! 

A liturgia do Domingo de Ramos é como que um Pórtico de ingresso solene na Semana Santa.
O Começo da Semana Santa, com a leitura da Paixão de Jesus Cristo, segundo São Marcos... (Mc 14,1-15,47). Associa dois momentos entre si contrastantes: o acolhimento de Jesus em Jerusalém e o drama da Paixão; o “Hosana!” de festa e o grito repetido várias vezes: “Crucificai-O”; a entrada triunfal e a derrota aparente da morte na Cruz. Assim, antecipa o “momento” em que o Messias deverá sofrer muito, será morto e ressuscitará no terceiro dia (cf. Mt 16, 21), e prepara-nos para viver em plenitude o mistério pascal.
Com o Domingo de Ramos começamos a Semana Santa. Somos convidados a contemplar o grande amor de Deus, que desceu ao nosso encontro, partilhou a nossa humanidade, fez-se homem, deixou-se matar pela nossa salvação. É uma oportunidade para reviver os mistérios centrais da Redenção. 
A Liturgia lembra DOIS FATOS: A Entrada Triunfal de Jesus em Jerusalém montado num jumento. O povo o reconhece como Salvador e o aclama alegre... (Jo 12,12-16) Dois momentos da vida de Cristo: O Triunfo e a Humilhação... Ao longo dessa Semana Santa, teremos a oportunidade de ler 
as quatro narrativas da Paixão de Jesus Cristo. É preciso aprofundar aspectos específicos da narrativa de São Marcos. É a primeira, a mais antiga (± 65 dC): a mais breve e dramática... É a que mantém uma ordem cronológica mais exata... Introdução: Marcos introduz com duas referências à CEIA: A ceia de Betânia, na casa de Simão, na qual Jesus é ungido por uma mulher. O gesto generoso da Mulher contrasta com a atitude egoísta e traidora de Judas. A Ceia Pascal com os discípulos. Jesus mantém um SILÊNCIO solene e digno, aceitando o caminho da cruz. Não reage diante do beijo de Judas e ao gesto violento de Pedro. É a atitude de quem sabe que o Pai lhe confiou uma missão e está decidido a cumprir essa missão, custe o que custar. No tribunal, quando acusado, Jesus manteve silêncio. Mas quando perguntado se era o Messias, reponde prontamente: “Sim, eu sou”, e só. Durante o processo: nenhuma palavra. Jesus é o FILHO DE DEUS, que veio ao encontro dos homens para lhes apresentar uma proposta de Salvação. É o que Jesus responde ao Sumo Sacerdote: “Eu sou” e o que o Centurião afirma aos pés da cruz: “Verdadeiramente esse homem era Filho de Deus”. É o ponto culminante da narrativa de Marcos, que no seu evangelho procura responder: “Quem é Jesus?”. A resposta (a descoberta) não foi feita por um apóstolo, nem mesmo por um discípulo, mas por um pagão. Jesus é também HOMEM e partilha da fragilidade e debilidade da natureza humana: No Jardim, antes de ser preso, “começa a sentir grande pavor e angústia”. Mostra-nos um Jesus muito humano... muito próximo de nossas fraquezas. Sublinha a Solidão de Cristo: Abandonado pelos discípulos, escarnecido pela multidão, condenado pelos líderes, torturado pelos soldados, Jesus percorre na solidão, no abandono, na indiferença de todos o seu caminho de morte. Só Marcos faz questão de sublinhar que Jesus se sentiu completamente só, abandonado por todos, até pelo Pai: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”  
Fato curioso: Um jovem o seguia, coberto somente de um lençol. Quando os soldados tentaram agarrá-lo, livrou-se da roupa e fugiu despido. É possível que esse jovem fosse o próprio Marcos. Foi a atitude dos discípulos que, desiludidos e amedrontados, largaram tudo, quando viram o seu líder ser preso e fugiram sem olhar para trás. Atitude “corajosa” de José de Arimatéia em pedir à autoridade, que o condenou, a autorização para sepultar Jesus. “ABBA”: Pai: Essa palavra somente Marcos a coloca nos lábios de Jesus, exatamente na hora mais dramática da sua vida.... Mulheres seguem, servem e sobem com ele a Jerusalém... Marcos salienta a presença das mulheres que seguem e servem Jesus desde a Galiléia e sobem com ele a Jerusalém, até o pé da cruz. Elas são o modelo para os outros discípulos que tinham fugido.  Os RAMOS, que carregamos com alegria e entusiasmo na procissão e que levamos com devoção para nossas casas, são o sinal de um povo, que aclama o seu Rei e o reconhece como Senhor que salva e liberta. Devem ser o Sinal do compromisso de quem deseja viver intensamente essa Semana Santa. Não basta apenas aclamar o Cristo em momentos de entusiasmo e depois crucificá-lo na rotina de todos os dias. Que o Lava-pés nos motive a limpar o coração com a água purificadora da Penitência e a nos pôr a serviço dos irmãos. Que a Ceia do Senhor nos faça valorizar a presença permanente de Cristo em nosso meio na Eucaristia e seja o alimento constante em nossa caminhada. Que o Getsêmani (local de agonia e salvação) nos anime a fazer a vontade do Pai, mesmo pelos caminhos do sofrimento e da cruz. Que o Túmulo silencioso seja o nosso “deserto” para escutar mais forte a voz de Deus e um estímulo para remover todas as pedras que mantém ainda trancado o Cristo dentro do túmulo do nosso coração. Que a Vigília Pascal reanime nossa Esperança nas promessas do Senhor, enquanto aguardamos a sua vinda. Assim esta Semana será realmente santa e a PÁSCOA acontecerá em nós. Cristo realmente venceu as trevas do pecado e da morte. Aleluia!  Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa – (Adap.28/03/2021)

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