A PALAVRA - Evangelho segundo S. Mateus 21,33-43.
Naquele tempo, disse Jesus aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: «Escutai outra parábola: Um chefe de família plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar, construiu uma torre, arrendou-a a uns vinhateiros e ausentou-se para longe. Quando chegou a época das vindimas, enviou os seus servos aos vinhateiros, para receberem os frutos que lhe pertenciam. Os vinhateiros, porém, apoderaram-se dos servos, bateram num, mataram outro e apedrejaram o terceiro. Tornou a mandar outros servos, mais numerosos do que os primeiros, e trataram-nos da mesma forma. Finalmente, enviou-lhes o seu próprio filho, dizendo: ‘Hão-de respeitar o meu filho.’ Mas os vinhateiros, vendo o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro. Matemo-lo e ficaremos com a sua herança.’ E, agarrando-o, lançaram-no fora da vinha e mataram-no. Ora bem, quando vier o dono da vinha, que fará àqueles vinhateiros?» Eles responderam-lhe: «Dará morte afrontosa aos malvados e arrendará a vinha a outros vinhateiros que lhe entregarão os frutos na altura devida.» Jesus disse-lhes: «Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram transformou-se em pedra angular? Isto é obra do Senhor e é admirável aos nossos olhos? Por isso vos digo: O Reino de Deus ser-vos-á tirado e será confiado a um povo que produzirá os seus frutos.
A MESNAGEM - Estamos no mês de Outubro, dedicado ao ROSÁRIO e às MISSÕES, com o tema: “MISSÃO para libertar”. A Liturgia continua o tema da VINHA, que representa Israel, o povo eleito, precursor da Igreja, o novo Povo de Deus. Na 1ª Leitura, Isaías, com o “Cântico da Vinha”, narra a História do amor de Deus e a infidelidade do seu Povo. (Is 5,1-7) É um lindo poema composto pelo profeta, talvez a partir de uma canção de vindima. Através do profeta (o trovador), Deus (o Amigo) julga seu povo (a vinha), descrevendo o amor de Deus e a resposta do Povo. Um agricultor escolheu o terreno mais adequado, escolheu cepas da melhor qualidade, tomou todos os cuidados necessários. O sonho dele era a colheita dos FRUTOS do seu trabalho... Mas a decepção foi grande: só deu uvas azedas... “Que mais poderia eu ter feito por minha vinha e não fiz?” Reação: Seu amor se transforma em ódio: derruba o muro de proteção, permite que os transeuntes a pisem livremente e que o inço tome conta... Os Frutos, que o Senhor esperava, eram “o direito e a justiça”, respeito pelos Mandamentos e fidelidade à Aliança. Ao invés, viu “sangue derramado” e “gritos de horror”: infidelidade, injustiça, corrupção, violência... Muitas manifestações religiosas solenes, sem uma verdadeira adesão a Deus. Daí o castigo de Deus: a invasão dos assírios e depois dos babilônios, que destruíram a vinha e deportaram os israelitas como escravos. Hoje há ainda “sangue derramado” e Gritos de horror”? Na 2ª Leitura, Paulo apresenta virtudes concretas, que os cristãos devem cultivar na própria Vinha. São esses os frutos que Deus espera da sua “Vinha”. (Fl 4,6-9) No Evangelho, Jesus retoma e desenvolve o poema da VINHA. (Mt 21,33-43) Um Senhor planta uma vinha com todo o cuidado e tecnologia necessária e a confia a uns vinhateiros, conhecedores da profissão. Chega o tempo da vindima, manda buscar a colheita e vem a surpresa. Não entregam os frutos e maltratam os enviados... Não respeitam nem o próprio filho do dono. Chegam a matá-lo. A “Vinha” não será destruída, mas os trabalhadores serão substituídos... A parábola é uma releitura da História da Salvação: ilustra a recusa de ISRAEL ao projeto de salvação de Deus. A Vinha é o Povo de Deus (Israel). O Dono é Deus, que manifestou muito amor pela sua vinha. Os vinhateiros são os líderes do povo judeu... Os enviados são os profetas... o próprio Cristo “morto fora da vinha”. Resultado: A “vinha” será retirada e confiada a outros trabalhadores, que ofereçam ao “Senhor” os frutos devidos e acolham o “Filho” enviado. Reação do Povo: tentam prender Jesus, pois percebem que a Parábola se refere a eles... Quem são esses “outros”, aos quais é entregue a Vinha? Somos todos nós, membros do novo Povo de Deus, a Igreja, que tem a missão de produzir seus frutos, para não frustrar as esperanças do Senhor na hora da colheita. Que tipo de frutos está faltando? Os homens do tempo de Isaías e também de Jesus eram muito piedosos, zelosos nas práticas religiosas, no respeito do sábado... Mas não foi da falta disso que Deus se queixou... Isaías resume a queixa de Deus nas palavras do dono da vinha: “Esperei deles justiça, e houve sangue derramado; esperei retidão de conduta e o que ouço são os gritos de socorro de gente que foi explorada e maltratada...” Será que isso acontecia só no passado? Ainda hoje devemos testemunhar diante do mundo, em gestos de amor, de acolhimento, de compreensão, de misericórdia, de partilha, de serviço, a realidade do Reino, que Jesus veio propor. Não podemos reduzir tudo a apenas umas práticas religiosas? Os guardas da vinha quiseram até se transformar em “Donos”... Esse perigo não pode estar presente ainda hoje em nossas comunidades? Não somos “donos”, mas apenas administradores... Deus nunca desiste de sua obra de amor e salvação! Uma Verdade consoladora, mas também um Alerta: Diante do fracasso com alguns... Deus não desiste... Mas Ele recomeça com outros... Será que Deus está satisfeito dos frutos que estamos produzindo? Missão para libertar!... A Campanha Missionária desse ano concentra sua ação evangelizadora dentro da realidade do tráfico humano, propondo-nos o tema: “Missão para Libertar”, e o lema: “Enviou-me para anunciar a libertação”. Hoje as vítimas do trafico humano representam a escravidão moderna. Missão para libertar surge hoje como um grande desafio. Está no centro da mensagem cristã e denuncia toda prática perversa de exploração, em que os seres humanos são tratados como mercadoria. Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 05.10.2014
Notícias Diocesanas
03 de outubro - Início da Novena de N.S.Aparecida.
04 (14,00 hs.) - Encontro dos catequistas da Catedral.
07 - outubro - Crismas em Alcinópolis.
08 - outubro - Dom Antonino celebra o Dia do Nascituro na Sta. Maria (Coxim).
09 - outubro - Dom Antonino celebra na capela Aparecidinha (Coxim).