Deus dos vivos
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Sexta-feira | 08 de Novembro de 2019
Deus dos vivos

PALAVRA – Evangelho Lucas 20:27-38 - E, chegando-se alguns dos saduceus, que dizem não haver ressurreição, perguntaram-lhe, Dizendo: Mestre, Moisés nos deixou escrito que, se o irmão de algum falecer, tendo mulher, e não deixar filhos, o irmão dele tome a mulher, e suscite posteridade a seu irmão. Houve, pois, sete irmãos, e o primeiro tomou mulher, e morreu sem filhos; E tomou-a o segundo por mulher, e ele morreu sem filhos. E tomou-a o terceiro, e igualmente também os sete; e morreram, e não deixaram filhos. E por último, depois de todos, morreu também a mulher. Portanto, na ressurreição, de qual deles será a mulher, pois que os sete por mulher a tiveram? E, respondendo Jesus, disse-lhes: Os filhos deste mundo casam-se, e dão-se em casamento; Mas os que forem havidos por dignos de alcançar o mundo vindouro, e a ressurreição dentre os mortos, nem hão de casar, nem ser dados em casamento; Porque já não podem mais morrer; pois são iguais aos anjos, e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição. E que os mortos hão de ressuscitar também o mostrou Moisés junto da sarça, quando chama ao Senhor Deus de Abraão, e Deus de Isaque, e Deus de Jacó. Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; porque para ele vivem todos.
MENSAGEM - Aproxima-se o final do ano litúrgico. A Liturgia nos oferece a oportunidade de aprofundar uma verdade importante de nossa fé: “Eu creio na Ressurreição dos mortos”. Os primeiros livros da Bíblia não falam claramente da Ressurreição dos mortos. Só mais tarde, começou-se a falar em Israel de um despertar daqueles que estão dormindo no pó da terra. Na 1a Leitura, temos a 1ª profissão de fé na Ressurreição. (2Mac 7,1-2.9-14) Na época da perseguição do rei Antíoco (± 170 aC), temos o belo testemunho da Mãe e os sete filhos Macabeus. Eles são obrigados a violar a prática religiosa dos antepassados. Fortalecidos pela esperança da ressurreição, eles preferem enfrentar as torturas e a própria morte,  transgredir a Lei... Vejamos as respostas corajosas dos primeiros quatro irmãos: Um deles, tomando a palavra em nome de todos, falou assim: “Estamos prontos a morrer, antes de violar as leis de nossos pais”. O Segundo, prestes a dar o último suspiro, disse: “Tu, ó malvado, nos tiras desta vida presente. Mas o Rei do universo nos ressuscitará para uma vida eterna, a nós que morremos por suas leis” Depois começaram a torturar o terceiro. Apresentando a língua e as mãos, diz: “Do céu recebi estes membros... no céu espero recebê-los de novo...” E o quarto quase a expirar: “Prefiro ser morto pelos homens, tendo em vista a esperança dada por Deus, que um dia nos ressuscitará. Para ti, porém, ó Rei, não haverá ressurreição para a vida”. São as afirmações mais claras do A.T. sobre a vida além da morte. Assim mesmo tinham uma ideia ainda muito imperfeita. Era apenas a ideia de uma “revivificação dos justos”, um readquirir no outro mundo uma vida semelhante a de antes. A ideia foi se desenvolvendo, até ser completamente iluminada por Cristo. No Evangelho, Jesus fala claramente da Ressurreição, afirmando que “Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos”. (Lc 20,27-38) Essa ideia imperfeita de Ressurreição existia ainda no tempo de Jesus. Alguns Saduceus, que não acreditavam na Ressurreição, inventaram uma história e fizeram uma pergunta capciosa que visava ridicularizar a doutrina da ressurreição e da vida futura: Uma mulher viúva sem filhos..., casou com sete maridos sucessivamente... Com quem ficará na vida futura? Jesus responde: 1. Aos Fariseus (que acreditavam numa ressurreição imperfeita): A Ressurreição não é apenas um despertar do sepulcro para retomar a vida de antes. A vida com Deus é uma realidade completamente nova e distinta. É um dom maravilhoso que o Pai reservou para todos os seus filhos. Seremos imortais, glorificados, não mais sujeitos às leis da carne. Por isso, será desnecessário o matrimônio para a conservação da espécie. 2. Aos Saduceus: Afirma a existência da vida futura: Deus se manifestou a Moisés como o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó, muitos anos depois de terem desaparecido deste mundo. Isso quer dizer que eles não estão mortos, mas vivem atualmente em Deus. Portanto, se Abraão, Isaac e Jacó estão vivos, podemos falar de Ressurreição. A RESSURREIÇÃO: A Ressurreição é a esperança que dá sentido a toda a caminhada do cristão. A fé cristã torna a esperança da ressurreição uma certeza absoluta, pois Cristo ressuscitou e quem se identifica com Cristo nascerá com ele para a vida nova e definitiva. A nossa vida presente deve ser uma caminhada tranquila, confiante, alegre, em direção a essa nova realidade. A Ressurreição não é a continuação da vida que vivemos neste mundo; mas é a passagem para uma vida nova onde, sem deixarmos de ser nós próprios, seremos totalmente outros... É a realização da vida plena. A certeza da Ressurreição não deve ser, apenas, uma realidade que esperamos; mas deve ser uma realidade que influencia, desde já, a nossa existência terrena. É o horizonte da Ressurreição que deve influenciar as nossas atitudes; é a certeza da ressurreição que nos dá a coragem de enfrentar as forças da morte que dominam o mundo, de forma a que o novo céu e a nova terra que nos esperam comecem a desenhar-se desde já. A Liturgia nos apresenta uma verdade consoladora: Viemos de Deus e, com a morte, voltamos para ele. A Morte não nos deve assustar: É o encontro maravilhoso com os amigos e parentes, que foram na nossa frente. E, sobretudo, vai ser o encontro com o melhor dos amigos: DEUS. Nossa vida não termina aqui: ressuscitaremos... “Nosso Deus é o Deus dos vivos e não dos mortos...” Cristo nos garante: “Eu sou a Ressurreição e a Vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”. (Jo 11,25) “A esperança cristã é a ressurreição dos mortos: Tudo o que nós somos, o somos na medida em que acreditamos na Ressurreição.” (Tertuliano) Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 10.11.2019
NOTÍCIAS DIOCESANAS
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Sábado 09 e domingo 10 - Crismas no Paraíso das Águas.
Terça feira dia 12 – Dom Antonino acolhe as Irmãs “Servas da Palavra” em São Gabriel.
15 a 17 de novembro ASSEMBLEIA DIOCESANA (Emaús).

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