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Terça-feira | 08 de Outubro de 2019
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POLÍTICA & POLÍCIA Operação policial lembra campanha eleitoral; sabe-se como começa, mas não se sabe como termina. O recente episódio com prisões e o explosivo material divulgado pela mídia proporciona ao cidadão comum a oportunidade de um mergulho (de média profundidade) no universo social, econômico e político da cidade de quase 1 milhão de habitantes. Dele resulta em sua grande maioria, conclusões homogêneas independentemente do perfil do observador. Os respingos notórios, mas só o tempo dirá as outras consequências eleitorais do episódio ‘made in Chicago’. Como no trânsito – respeitar os sinais é preciso. Eu paro logo no amarelo. 

VERGONHA! A Federação dos Trabalhadores em Educação do MS continua rançosa e à serviço do PT. Apesar dos moradores do Jardim Anache e Los Ângeles apoiarem maçicamente a adesão de suas duas escolas ao Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, a entidade incentiva e apoia greve dos professores em prejuízo aos alunos como protesto a essa medida salutar. Ora! São duas regiões carentes e vulneráveis à violência. Escolas com gestão mais disciplinadoras serão benéficas na formação cultural e social dos alunos. Mas a população sabe qual o lado político da Fetems e na última eleição na capital o partido (PT) da entidade elegeu só um vereador na capital.

REGISTRO O Instituto Brasileiro de Pesquisa, a pedido do jornal Correio do MS, fez em Campo Grande – entre 12 e 22 de setembro – pesquisa eleitoral para a prefeitura da capital com os resultados já divulgados. Paralelamente realizou pesquisa para saber quais os 10 jornalistas e colunistas de maior credibilidade na nossa capital. Nosso nome aparece na liderança com 40,07% dos 1.400 entrevistados acima de 16 anos de idade nas 7 regiões urbanas. 21,35% dos pesquisados não responderam, não souberam ou citaram outros profissionais. Consciente do nível do nosso trabalho há vários anos em mais de 40 sites na capital e interior – na TV.MS Record e FM Cidade de Campo Grande – estamos honrados com essa distinção. Incentivo gratificante.

À ESQUERDA Depois da ‘Carta de Puebla’ a Igreja Católica fez ‘opção pelos pobres’ e pelas doutrinas socialistas. Mas os escândalos de pedofilia não foram suficientes para uma mudança de postura. Ela insiste em ser a guardiã exclusiva da entrada do Paraíso. Ainda há pouco o Vaticano emitiu sinais de apoio as críticas europeias sobre a questão da Amazônia. Século novo e a ‘Santa Madre’ é a mesma; ‘avermelhou’ No Brasil, a exemplo do resto da América Latina ela vai perdendo espaço para outras seitas que inclusive aumentaram a representação política. O atual Sumo Pontífice – após um início esperançoso, aquietou-se. Apenas mais um! As suas igrejas cada vez mais vazias.

AH! O PODER! Seduz, encanta. Errou quem apostou que o ex-secretário de Governo Marcelo Miglioli tivesse dado adeus à política após sua experiência como candidato ao Senado em 2018. Sua votação na capital também surpreendeu. Apesar de neófito em eleições obteve 96.483 votos (11,92%) – apenas 2.756 votos menos que os 99.239 votos de Waldemir Moka (MDB) com longa carreira como vereador, deputado estadual, deputado federal e senador. Foi superior a Zeca do P, que na capital obteve 76.465 votos e Delcídio do Amaral (PTB) - 23.989 votos (2,96%). Enfim, Miglioli – como revelou-me : quer disputar a prefeitura pelo Solidariedade em 2020. Vida que segue. 

RETROSPECTIVA Cada eleição é fato distinto do anterior. Todo mundo sabe disso. Mas apenas para embasar o exercício de comentarista de cada leitor, vamos lembrar o desempenho de candidatos ao Senado em Campo Grande. Sergio Harfouche (PSC) surfou na onda da moralidade com 163.314 votos (20,17%); Soraya Thronicke juntou-se a imagem de Bolsonaro e chegou aos 156.697 votos (19,35%); Nelsinho Trad (PSD) pontuou com 153.613 votos (l8,97%). Aliás, tanto Miglioli como Harfouche, levam em conta a votação recebida em 2018 como plataforma para alçar voos mais altos. A democracia é boa; proporciona a todos os mesmos sonhos e pesadelos – é claro!

INSISTO na tese – baseada nos resultados das pesquisas – de que a sucessão da capital caminha inexoravelmente para o 2º turno. O prefeito Marco Trad (PSD) é hoje o líder nas pesquisas. Mas teremos pelo menos 6 candidatos com bom desempenho no 1º turno e com potencial de transferir parte destes votos para os dois postulantes no turno final. Esse contexto exigirá muita habilidade dos candidatos durante a campanha em sua primeira fase, evitando confrontos graves que não possam ser recompostos na articulação para o 2º turno. Sem essa habilidade imprescindível poderemos ter surpresas e o favoritismo inicial correrá riscos.

A MISSÃO Em recente evento do MDB o ex-governador Puccinelli (MDB) tentou reanimar os companheiros conclamando que eles façam uma campanha de atração de eleitores e lideranças ao partido. Convenhamos: não será tão fácil se levarmos em conta os escândalos e prisões de políticos emedebistas em todos os níveis.. Na última eleição municipal em Campo Grande o MDB elegeu apenas o dr. Loester Nunes e só depois o suplente dr. Sami Ibrahim assumiu na vaga de Paulo Siufi. A situação do MDB é igual a do PT, cheio de escândalos, e que também elegeu só um vereador nas últimas eleições municipais da capital. Indaga-se: qual a motivação para se filiar ao MDB ou ao PT?

ALTERNATIVA Impera nas conversas no saguão da Assembleia Legislativa a tese de que a sucessão estadual está em aberto. Os observadores de plantão levam em conta que o governador Reinaldo (PSDB) passará o cargo ao vice Murilo Zauith (DEM) para postular o Senado. As notícias mostram um movimento discreto mas contínuo no sentido de atrair prefeitos e lideranças para o partido de Zauith – que após sentar no poder – terá todas as condições para naturalmente candidatar-se à reeleição. Indo bem o Governo Bolsonaro, os nossos dois ministros do DEM – da Saúde e Agricultura – por tabela ganharão ainda maior visibilidade no campo político-eleitoral. É o jogo.

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