EMOÇÃO Marcante o evento dos 40 anos da Carta Constituinte tão bem idealizado pelo deputado Paulo Correia (PSDB). Ex-políticos reapareceram na comemoração justa e oportuna. Mas muita gente ficou de olhos molhados com a presença do ex-deputado Roberto Orro (PSDB) em cadeira de rodas e com apenas 10% de sua visão. Aos 80 anos de idade, tendo formado em Direito em 1966 no Rio de Janeiro, o ex-deputado se porta como um bravo, não se entrega apesar da fragilidade da saúde. Seu filho, o deputado Felipe Orro (PSDB) conta boas passagens do seu pai na política de Aquidauana, onde, aliás, o ex-deputado ainda mantém uma casa mobiliada, embora resida na capital.
NAS VEIAS O deputado Felipe Orro fala com orgulho do pai e de toda sua família sempre envolvida com a vida política de Aquidauana. Lembra que seu avô Fernando Luiz A. Ribeiro - o Tico Ribeiro - foi o primeiro deputado federal de Aquidauana, tendo sido eleito em 1958 pela UDN ( União Democrática Nacional). Antes fora prefeito de Aquidauna em 1952 e ainda por dois mandatos após deixar a Câmara Federal. Na sua primeira gestão Tico revolucionou a cidade implantando a rede de esgoto, calçando as ruas e implantando uma companhia telefônica municipal dotada de aparelhos automáticos, coisa rara naqueles tempos. Tico morreu em 1995 aos 76 anos de idade.
NA BALSA Eu já advogava em Cassilândia quando o meu colega de faculdade e de turma (1972) da faculdade de direito de São José do Rio Preto, Onevan de Matos (PSDB), reafirmou em cima da antiga balsa do Porto Itamaraty (Aparecida do Tabuado) sua disposição de se eleger deputado naquele ano de 1978. Por competência e sorte foi eleito e começou a jornada como deputado constituinte e prefeito de Naviraí. Na semana passada ele lembrava ao colunista desse encontro que tivemos na Balsa, que ficou na saudade de um tempo que não volta. Ficou também na memória a imagem do seu fusca verde (1978) ostentando um grande alto falante. Onevan – ousou e venceu!
BOA PARCEIRA! Ainda bem que a indústria farmacêutica vem se superando em matéria de calmantes e outras drogas que aliviam a tensão da humanidade e em especial dos políticos envolvidos em denúncias e procedimentos judiciais. É o caso por exemplo do ex-governador Puccinelli (MDB) que viu o TRF-3 (4ª. turma) confirmar o bloqueio de seus bens no valor de R$2.544.409,00 referente a multa civil que lhe foi aplicada naquele episódio das eleições municipais da capital em 2012, onde ele é acusado de ter coagido em reunião servidores públicos comissionados a votarem no candidato Edson Girotto (PR). É a velha busca pelo poder que a gente sabe onde termina.
ECOLOGIA & MORTE As capivaras de Campo Grande viraram vedetes nas redes sociais. Mas essa convivência com a população urbana é perigosa segundo me relata o vereador Francisco Veterinário (PSB). Os frequentadores de locais como o Parque dos Poderes, Lago do Amor, Mata do Segredo e vários condomínios estão sob risco letal de contrair a ‘Febre do Carrapato (ou Maculosa)’ que ataca também cães e gatos. Aliás, pessoas já morreram por causa dela que provoca também a paralisia dos membros. É preciso rever a questão urgentemente. Um passeio pode provocar uma tragédia. Com a palavra os ecologistas, autoridades sanitárias e o Ministério Público Estadual. De leve...
ELAS POR ELAS Como reverter ou melhorar esse quadro? Temos apenas 7.803 vereadoras no país contra um batalhão de 57.814 vereadores. Nas prefeituras a situação não é muito diferente. São 683 mulheres comandando nossas cidades contra 4.932 homens sentados na cadeira prefeitural. Com a obrigatoriedade dos partidos reservar 30% de suas candidaturas para elas, a situação tende a melhorar na representação parlamentar do país. Vereadoras que se elegerem em 2020 serão nossas futuras parlamentares, prefeitas e governadoras no mínimo. Aqui no MS são apenas 108 vereadoras e 15 prefeitas. Quinze cidades não tem vereadora. Pode isso Arnaldo?
DARCY RIBEIRO Vale lembrar esse grande brasileiro quando vemos as velhas elites políticas do país vergonhosamente apressar projetos que lhe interessam. Dizia Darcy: “ O ruim no Brasil – e efetivo fator do atraso, é o modo de ordenação da sociedade estrutura contra os interesses da população, desde sempre sangrada para servir a desígnios alheiros e opostos aos seus... O que houve e há é uma minoria dominante, espantosamente eficaz na formulação e manutenção de seu próprio projeto de prosperidade, sempre pronta a esmagar qualquer ameaça de reforma da ordem social vivente.”
‘PROFISSIONALISMO’: “ O PT não era um partido puro que, uma vez no poder, se deixou corromper para ter alguma governabilidade. Já nos anos 1990 o partido comandava o esquema de propina de empresas de transporte no ABC Paulista, numa relação entre políticos e empresários em tudo igual ao que tantos outros partidos fazem Brasil afora. Em seus anos de poder, o PT elevou esses esquemas de propina à escala internacional. Trouxe uma nova ordem de grandeza e profissionalismo ao que já era prática corrente. Nisso o discurso ideológico radical foi uma ferramenta perfeita, capaz de cegar militantes e apoiadores. ( do artigo de Joel Pinheiro Fonseca na Folha de São Paulo)
BOQUINHAS Porque os políticos sem mandato não querem voltar para os desafios da iniciativa privada? E não é só o PT que pode ser taxado de ‘partido das boquinhas’ como cravou um dia o advogado Carmelino Resende. O velho e manhoso MDB (e PMDB) mama desde a ‘Constituição Cidadã’. Agora vem a notícia que o ex-deputado Osmar Serraglio (MDB-PR), ex-ministro na gestão de Michel Temer (MDB) insiste em ser nomeado diretor jurídico de Itaipu, mesmo após o veto do diretor geral, gal. Joaquim Silva e Luna. Os críticos lembram de outro emedebista peso pesado (de MS) - também ex-ministro – que continua sonhando em voltar para Itaipu como Conselheiro. Sei não.
BOA VONTADE Na análise comedida do comportamento dos novos deputados estaduais pode-se dizer que é manifesta a boa vontade deles em entender princípios e regras da máquina legislativa e dela participar. Também não há afoitos ou precipitados em determinadas situações e eventuais pedidos de orientações aos colegas veteranos ocorrem naturalmente sem constrangimento. Pelo andar da carruagem neste segundo semestre a dinâmica das sessões já estará melhor assimilada. Vida que segue.
1-PREPARATIVOS O deputado capitão Contar (PSL) lembra que na política não se deve se acomodar em cima dos louros. Entende que é preciso avançar nas ideias e nas praticas políticas, sempre com ética acima de tudo. Neste 6 de julho (sábado) o partido realizará um evento na Câmara Municipal de Campo Grande para incentivar novas filiações, preparando assim a sigla para as eleições de 2020. A intenção dos dirigentes partidários é estender essa pratica para o interior, onde aliás o PSL obteve desempenho excelente.
2-PREPARATIVOS Estive com o dirigente Paulo Matos na Assembleia Legislativa. A pauta da conversa foi o papel do Democratas no próximo pleito municipal. Ele lembra que o partido não pode ficar só dependente das lideranças máximas no Estado, representadas principalmente pelo vice governador Murilo Zauthi e os ministros Tereza Cristina e Luiz H. Mandetta. Paulo quer reestruturar o diretório aqui da capital e posteriormente repetir o trabalho no interior onde as ideias e programa da sigla são bem vistos pela sociedade. De olho contra o tempo, Paulo Matos quer acelerar esse processo. Senti firmeza e consciência da luta a ser travada em 2020. Um partido com boa imagem.
‘TERRA ARRASADA’: “A rigor, o que se publicou até agora de conversas hackeadas de expoentes da Lava Jato confirma o que já sabia. As figuras principais da Lava Jato percebiam como hostil à operação parte das instituições, incluindo o Supremo. Entendem decisões no STF como resultado de intricadas lealdades políticas e pessoais por parte dos ministros – ou mesmo inconfessáveis. Portanto, raramente de natureza “técnica”. O material publicado até aqui sugere Moro e Dallagnol tinham clara noção de que seu entrosamento, coordenação e atuação eram passíveis de forte contestação “técnica” pela defesa dos acusados e, como se verá, pelo STF. Esse mesmo material hackeado deixa claro, porém, que a preocupação maior deles ia muito além da batalha jurídico-legal...” (William Waack)