PALAVRA – Evangelho João 8:1-11
1Jesus, porém, foi para o Monte das Oliveiras. 2E pela manhã cedo tornou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os ensinava. 3E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério; 4E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando. 5E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? 6Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra. 7E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela. 8E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. 9Quando ouviram isto, redarguidos da consciência, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio. 10E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? 11E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.
MENSAGEM - A Liturgia de hoje nos lembra que a Quaresma não é um tempo para atirar pedras, mas para construir a fraternidade. O problema do mal e do pecado não se resolve com o castigo e a intolerância, mas pelo amor e a misericórdia. Na 1ª Leitura, Isaías anuncia a libertação do exílio e o retorno a Israel como um novo Êxodo para a Terra Prometida. (Is 43,16-21) Esse “caminho” é imagem de outra libertação, que Deus nos convida a fazer na Quaresma e que também nos levará à Terra Prometida, onde corre a vida nova. Quais são as escravidões que impedem, hoje, a liberdade e a vida? O que ainda nos mantém alienados, presos e escravos? Na 2ª Leitura, Paulo afirma que a única coisa que lhe interessa é conhecer Jesus Cristo. Tudo o resto é Lixo. (Fl 3,8-14) Qual é o lixo que me impede de nascer com Cristo para a vida nova? No Evangelho temos uma comovente cena da vida de Jesus, diante de uma Mulher PECADORA. (Jo 8,1-11) Com a Parábola do Filho Pródigo, Jesus nos mostrou o amor misericordioso de Deus.
Agora, Ele dá o exemplo, passando das palavras aos fatos... Jesus ensinava no templo. Os escribas fiscalizavam o Mestre, buscando pretextos para acusá-lo. Trouxeram uma mulher surpreendida em pecado de adultério e segundo a lei de Moisés tais pessoas deviam ser apedrejadas. Aproveitaram a situação, para deixar o Cristo numa situação embaraçosa: “Mestre, que vamos fazer dessa mulher, perdoá-la ou apedrejá-la, como manda a nossa lei?” Para os escribas e fariseus, era uma oportunidade para testar a fidelidade de Jesus às exigências da Lei. Para Jesus, foi uma oportunidade para revelar a atitude de Deus frente ao pecado e ao pecador. Jesus não aceita uma lei que em nome de Deus gera a morte, por isso não respondeu e ficou rabiscando no chão. Diante da insistência dos acusadores, ele se levantou e os desafiou: “Quem não tiver pecado, atire a primeira pedra...” E, inclinando-se de novo, continuou a escrever no chão. Não sabemos o que. Segundo uma tradição, Jesus escrevia os pecados de cada um deles... E então aqueles “cumpridores” da lei, envergonhados, foram saindo um a um, começando pelos mais velhos... Só ficaram no pátio do templo a mulher, os discípulos e ele, Jesus... Então Jesus perguntou: “Mulher, ninguém te condenou? Nem eu te condeno... Vai e não peques mais...” A mulher não tinha manifestado nenhum sinal de arrependimento. Assim mesmo, Jesus a convida a seguir um caminho novo de liberdade e paz. Jesus não aprova o pecado, mas não condena a pecadora. Mostra que o importante é a conversão das pessoas, não sua condenação. E ainda hoje, no Sacramento da Reconciliação, Deus continua nos dizendo: “Teus pecados estão perdoados. Vai em paz e não peques mais...” No episódio, Jesus nos oferece: Uma imagem de Deus, Um Deus que é mais misericórdia, do que justiça. Não quer a morte do pecador, mas a sua plena libertação. A força de Deus não está no castigo, mas no Amor. Um “NÃO” à Hipocrisia fiscalizadora dos escribas, de ontem e de hoje... Ainda hoje a intransigência fala mais forte do que o amor. Mata-se, oprime-se, escraviza-se em nome de Deus. Todos somos pecadores e não temos o direito de condenar, de nos tornar fiscais dos outros... Quando os acusadores ouviram as palavras de Jesus, largaram as pedras e foram embora. Nós, pelo contrário, ouvimos a Palavra do Evangelho, mas não soltamos as pedras, nem recolhemos a nossa língua. Um Apelo: Não devemos discriminar e condenar a gente caída à beira do caminho. Eles não precisam de juizes..., mas de salvadores... Qual é a nossa atitude, diante dessas pessoas? A de Cristo? Ele teve “compaixão e compreensão...” Ele não aprovou o pecado... mas não condenou a pessoa.... Eu também não te condeno... Vai e não peques mais...” Ou a dos escribas? (com Pedras nas mãos... ou melhor na língua...) Em Nossas comunidades, há ainda hoje pessoas, que continuam atirando pedras? Quais seriam as pedras, que ainda hoje continuamos atirando, machucando... e às vezes até destruindo o bom nome delas? E o que Cristo poderia estar rabiscando hoje, de nós, no chão? Poderíamos enfrentar o desafio de Cristo: “Quem não tiver pecado pode atirar a primeira pedra?” Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 07.04.2019
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05 a 07 abril: Encontro Diocesano da Pastoral da Juventude.
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Retiro dos Ministros da Cidade de Coxim, no Seminário.
10 abril - Mutirão de Confissões, na Catedral – 19,00 hs.